Intervenção em Agressores
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Psicologia |
Ocorrência: 2010/2011 - 2S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
MIPSI |
55 |
Plano Oficial 2007/2008 |
2 |
- |
3 |
33 |
81 |
3 |
4 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
No final do semestre, o aluno deverá:
- conhecer principais teorias explicativas, as causas, dinâmicas e consequências da violência e da vitimação e compreender as dimensões interaccionais do fenómeno;
- compreender as dinâmicas específicas da violência intra-familiar;
- dominar os conhecimentos básicos necessários à intervenção psicológica e psicossocial junto de perpetradores de violência física e sexual, entre outras, quer em casos de violência intra-familiar quer em casos de violência extra-familiar;
- dominar alguns conhecimentos em áreas conexas (e.g., Direito e Criminologia);
- ter desenvolvido competências mínimas de intervenção em contextos profissionais diversos, como os serviços prisionais, as instituições de reeducação de menores, serviços de consulta psicológica, instituições policiais ou projectos comunitários e de integração em equipas multidisciplinares;
- compreender a interrelação entre a intervenção em vítimas e a intervenção em agressores.
Programa
- Violência, agressão e vitimação.
- A violência criminalizada; processos de criminalização primária e secundária.
- Principais correntes teóricas psicológicas, psicossociais e criminológicas explicativas da violência e da agressão.
- Tipos de violência; contextos e formas de vitimação.
- Violência doméstica e conjugal.
- Maus tratos a crianças e jovens.
- Tipos particulares de crimes sexuais – violação e abuso sexual. Abuso sexual vs pedofilia.
- Modelos de avaliação e de intervenção psicológica e psicossocial em agressores (jovens e adultos) – realidade internacional e nacional.
- Especificidades da intervenção em agressores de violência doméstica/conjugal e em agressores sexuais.
- Especificidades da intervenção junto de jovens que cometeram crimes sexuais.
- Punição, psicoterapia e reinserção social.
Bibliografia Obrigatória
Manita, Celina; A intervenção em agressores no contexto da violência doméstica em Portugal : estudo preliminar de caracterização, Lisboa : Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, 2005. ISBN: 972-597-269-4
Hampton Robert L. ed. lit.;
Substance abuse family violence and child welfare. ISBN: ISBN 0-7619-1458-7
Wolfe David A.;
Child abuse. ISBN: ISBN 0-8039-2833-5
Geffner, R.A & Rosenbaum, A. (Eds.); Domestic Violence Offenders. Current Interventions, Research, and Implications for Policies and Standards, New York: The Haworth Press., 2001
Hersov L.A.;
Aggression and anti-social behaviour in childhood and adolescence. ISBN: ISBN 0-08-021810-5
Pryor, D.W.; Unspeakable acts. Why men sexually abuse children, New York: New York University Press., 1996
Hasselt Vincent B. Van ed. lit.;
Handbook of family violence. ISBN: ISBN 0-306-42648-X
Finkelman Byrgen ed.;
Child abuse. ISBN: ISBN 0-8153-1818-9
Lee, M.Y; Sebold, J. & Uken, A.; Solution-focused treatment of domestic violence offenders, New York: Oxford University Press, 2003
Paymar, M.; Violent No More. Helping Men End Domestic Violence, Alameda: Hunter House., 2000
Budrionis Rita;
The^sexual abuse victim and sexual offender treatment planner. ISBN: 0-471-21979-7
Bibliografia Complementar
Wiehe Vernon R.;
Understanding family violence. ISBN: ISBN 0-7619-1645-8
Salter, Anna C; Treating child sex offenders and victims : a practical guide., London : Sage Publications, 1988. ISBN: 0-8039-3182-4
Pallone, N.J.; Young Victims, Young Offenders. Current Issues in Policy and Treatment, New York: The Haworth Press., 1994
Cicchetti Dante ed. lit.;
Child maltreatment. ISBN: ISBN 0-521-37969-5
Knutson John F.;
The control of aggression. ISBN: ISBN 0-202-25077-6
Bloomquist Michael L.;
Helping children with aggression and conduct problems. ISBN: 1-57230-748-X
Salter, A.C.; Pedofilia e outras agressões sexuais, Lisboa: Ed. Presença, 2003
Lee-Chai Annette Y.;
The use and abuse of power. ISBN: ISBN 1-84169-023-6
Briggs David;
Managing men who sexuality abuse. ISBN: 1-85302-807-X
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Aulas teórico-práticas com participação activa dos/das alunos/as, individualmente e em grupos.
Discussão de casos práticos.
Elaboração de um trabalho prático pelos/as alunos/as, com uma proposta de avaliação e intervenção para um caso prático apresentado nas aulas, trabalho que exige análise e partilha de conteúdos bibliográficos e reflexão crítica sobre conhecimentos e práticas.
Para além das aulas, Orientação tutorial dos trabalhos teórico-práticos a desenvolver pelos/as alunos/as e criação das condições para que estes realizem estudo/trabalho autónomo, incluindo pesquisa e revisões de literatura e assimilação de conhecimentos.
Visionamento e discussão de vídeos com conteúdos relativos aos comportamentos violentos/crimes e à intervenção em agressores.
Palavras Chave
Ciências Sociais > Criminologia
Ciências Sociais > Ciências psicológicas > Psicologia
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
16,00 |
|
|
Avaliação através de exame escrito |
Exame |
2,00 |
|
|
Trabalho prático individual |
Trabalho escrito |
24,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
Estudo autónomo |
Estudo autónomo |
25 |
|
Estudo supervisionado |
Estudo autónomo |
14 |
|
|
Total: |
39,00 |
|
Obtenção de frequência
Através do controlo de assiduidade dos/das alunos/as, mediante assinatura de registo de presença nas aulas. Será considerada frequência válida a presença em 75% das aulas efectivamente dadas.
Em casos excepcionais previstos na lei, a frequência tradicional poderá ser substituída pela realização de trabalhos práticos/de investigação.
De acordo com o estabelecido no regulamento de avaliação (cf. art.º 9), os alunos terão de ter uma classificação mínima de 8 valores no trabalho prático/relatório de caso a realizar, assim como no exame final.
No caso de não apresentação do trabalho prático até à data limite estabelecida com os/as alunos/as no início do semestre, não poderá o/a aluno/a ser admitido a exame final, não podendo, por consequência, obter aprovação final na disciplina.
Fórmula de cálculo da classificação final
Nota final numa escala de 0 a 20.
50% do valor da nota final resulta do exame final, incluindo questões de resposta mais directa a determinados conteúdos teórico-práticos e questões de desenvolvimento, estas últimas implicando a reflexão e integração de conhecimentos teóricos e práticos. Os outros 50% resultam da avaliação do trabalho teórico-prático elaborado pelos/as alunos/as ao longo do semestre. Trata-se de um trabalho a realizar individualmente, no qual os/as alunos/as terão de apresentar um plano de avaliação e de intervenção psicológica para um caso prático de um agressor que lhes será cedido nas aulas.
Não há lugar a apresentação pública/defesa do trabalho, sendo a avaliação do trabalho/relatório prático feita apenas com base nos conteúdos escritos.
Provas e trabalhos especiais
Elaboração de um trabalho teórico-prático individual, no qual os/as alunos/as terão de apresentar uma proposta de explicação dos comportamentos agressivos/violentos de um dado sujeito e um plano de avaliação e de intervenção psicológica para este caso prático, apresentado nas aulas.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Em casos excepcionais, previstos na lei, ou em casos devidamente justificados e aceites como válidos pelos órgãos de gestão da Faculdade competentes para o efeito, poderá ser realizada uma avaliação fora do contexto habitual e do calendário previsto, através da realização de um trabalho escrito de teor igual ao que os restantes alunos/as efectuaram para avaliação da componente prática (valendo 50% da nota final) e da realização de uma prova oral ou escrita, versando sobre os conteúdos leccionados na disciplina ao longo do semestre (valendo 50% da nota final). Nestes casos, o/a aluno/a deverá contactar o docente responsável pela disciplina no início do semestre.
Melhoria de classificação
Possibilidade de realização de um novo exame final escrito, para melhoria de nota, na época de exame seguinte oficialmente válida, não havendo lugar a repetição da avaliação da componente prática/melhoria do trabalho prático.
"Os estudantes podem requerer uma prova de melhoria de classificação uma única vez por disciplina, numa das duas épocas, normal ou de recurso, imediatamente subsequentes àquela em que obtiveram aprovação e em que a disciplina tenha prova de avaliação prevista" (Artigo 11.°, ponto 1. do “Regulamento dos princípios a observar na avaliação dos discentes da Universidade do Porto e normas específicas a aplicar nos cursos da FPCE”).