Intervenção Comunitária e Desenvolvimento Local
| Áreas Científicas |
| Classificação |
Área Científica |
| OFICIAL |
Educação de Adultos |
Ocorrência: 2007/2008 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
| Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
| LCED |
51 |
Plano Oficial 2007/2008 |
3 |
- |
4,5 |
49 |
122 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Apresentação
Esta unidade curricular tem como principal finalidade constituir-se num espaço de problematização e de reflexão das dinâmicas de intervenção comunitária e de desenvolvimento local. A natureza do objecto a que se dedica e o estatuto do saber que incorpora é particularmente propenso a uma referenciação aos contextos de acção e de intervenção profissional dos licenciados em Ciências da Educação. Neste sentido afirma-se como um contributo para a discussão das tensões entre estrutura/acção, actor/autor, intervenção/animação comunitária pondo em confronto diversas fontes e processos de legitimação, formas de acção e projectos societários/comunitários que configuram sentidos de desenvolvimento social e têm em si inscritas distintas concepções de trabalho educativo.
Objectivos
- Identificar “comunidade” e a sua problematicidade face ao actual contexto social;
- Questionar a figura teórica da “intervenção comunitária” segundo diferentes formas de legitimidade, designadamente: - a técnico-política, a funcional-prestacionista, a socio-educativa;
- Problematizar as relações entre as diferentes formas de legitimidade na perspectiva dos seus fundamentos filosófico-políticos
- Perspectivar a intervenção comunitária como uma prática complexa de organização da realidade;
- Compreender a intervenção como um processo de mudança submetido a dinâmicas contraditórias;
Competências
- Concepção de projectos de intervenção educativa numa lógica de animação comunitária e desenvolvimento local;
- Análise e avaliação de processos de desenvolvimento educativo local;
- Apoio ao desenvolvimento de projectos educativos locais integrando-se em equipas multidisciplinares;
- Formação de agentes de desenvolvimento nos domínios da intervenção comunitária, desenvolvimento local e metodologia sócio educativa de intervenção.
Programa
1.Opções teórico-metodológicas
1.1. - Visão objectivista: comunidade como processo natural capaz de ser observado nas suas regularidades. Acção como comportamento
1.2. - Visão subjectivista “sociedade como um contexto de vida com estrutura significativa” (Habermas). Acção como sentido.
1.3. - O estatuto do saber implícito no conhecimento da Intervenção Comunitária:
1.4. - A sua relação com a acção: implicação versus explicação/aplicação
1.5. - A sua relação com a realidade – a relação sujeito/sujeito versus sujeito/objecto;
1.6. – O “regresso” da “comunidade”: breve referência ao contexto sócio-histórico deste “regresso” e às condições materiais e simbólicas que ele representa:
1.7. – Formas primordiais de uma estrutura comunitária e seu significado: O NÓS e o ELES,
1.8. – Tensão entre comunidade e sociedade: leituras políticas e etnometodológicas;
1.9. – Alguns pares dicotómicos significativos: sociedade/racionalização/modernização versus comunidade/experiência social/tradição.
2. Chaves para a intervenção comunitária: uma estratégia multi-referenciada
2.1 - Instrumentos teórico-metodológicos de apoio ao trabalho a desenvolver no interior dum projecto de mudança: análise sistémica, a análise institucional, a análise organizacional;
2.2 - Análise dos processos de mudança no contexto de uma realidade socio-instituída: passagem da totalidade orgânica à particularidade activa e à singularidade identitária: o conflito.
2.3 - Técnicas de investigação interactiva: a entrevista, a observação participante, o método clínico (mobilização de conhecimentos anteriores da cadeira de Métodos de Investigação em Educação).
2.4 - O projecto de intervenção comunitária: da lógica da exterioridade à lógica da mediação implicada (do modelo científico-técnico ao modelo sócio-comunitário).
Bibliografia Obrigatória
Matos Manuel Santos e;
Intervenção comunitária em educação
Padilla, C. S. C.; Sistema, Sociedad Civil y Movimientos Sociales, Documentación Social. Revista de Estudios Sociales y de Sociologia Aplicada 90: 219-229, 1993
Crozier, M.; Mudança individual e mudança colectiva, in Mudança Social e Psicologia Social. AAVV. , Lisboa, Livros Horizonte: 69-81., 1982
Villar, M. B. C. ; A cidade educadora como exemplificação do desenvolvimento integrado e relacional do território, in A Cidade Educadora: nova perspectiva de organização e intervenção municipal. , Gaia, Instituto Piaget: 19-44, 2002
Matos, Manuel; Desenvolvimento e Cidadania: intervenção associativa e acção comunitária, in Cadernos ICE 7 (Inovação, Cidadania e Desenvolvimento Local), Setúbal, ICE: 135-149, 2004
Correia, J. A; Políticas e lógicas da territorialização: contributos para a produção emancipatória do local, in Arbores III: trabalho em rede e desenvolvimento territorial , Almada, ICE & Sebastian: 17-29., 2005
Zamanillo, T. & A. Rodríguez; Un universo complejo: Los paradigmas en la intervención social, Documentación Social. Revista de Estudios Sociales y de Sociologia Aplicada 81(Métodos de Intervención Social): 9-33., 1990
Bibliografia Complementar
Busino, G.; Comunidade, in Enciclopédia Einaudi., Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda. 38: 146-160., 1998
Nisbet, R. ; Comunidade. Sociologias e Sociedades. Leituras de Introdução à Sociologia (organizadores M. Foracchi and J. S. Martins), São Paulo, Livros Técnicos e Científicos: 255-262., 1977
Monteiro, A. R. ; Ética dos direitos do Homem e do direito à educação in O Direito à Educação., Lisboa, Livros Horizonte: 47-58., 1998
Monteiro, A. R. ; A revolução dos Direitos do Homem, in O Direito à Educação, Lisboa, Livros Horizonte: 27-34, 1998
Correia, J. A. ; Relações entre a escola e comunidade: da lógica da exterioridade à lógica da interpelação , Instituto Politécnico de Portalegre, Revista Aprender 22: 129-134., 1999
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Metodologias de ensino e aprendizagem nas horas de contacto (42 horas):
Exposição – 15 horas
Trabalho de grupo e debate – 15 horas
Orientação tutorial – 6 horas
Avaliação das aprendizagens - 6 horas
Modos de aprendizagem nas horas de trabalho autónomo (84 horas):
Leitura e análise de textos – 20 horas
Trabalho de pesquisa – 20 horas
Pesquisa bibliográfica – 20 horas
Organização e dinamização de actividades lectivas ou outras – 24 horas
Palavras Chave
Ciências Sociais > Ciências da educação > Educação > Educação de adultos
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
| Aulas da disciplina (estimativa) |
Participação presencial |
42,00 |
|
|
| Trabalho de grupo e debate |
Trabalho escrito |
15,00 |
|
2007-12-19 |
| Orientação tutorial |
Trabalho escrito |
6,00 |
|
2007-12-19 |
| Avaliação das aprendizagens |
Exame |
6,00 |
|
2007-01-12 |
| Organização e dinamização de actividades lectivas ou outras |
Trabalho escrito |
7,00 |
|
2007-12-19 |
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
| Leitura e análise de textos |
Estudo autónomo |
20 |
2007-12-19 |
| Trabalho de pesquisa |
Estudo autónomo |
20 |
2007-12-19 |
| Pesquisa bibliográfica |
Estudo autónomo |
10 |
2007-12-19 |
|
Total: |
50,00 |
|
Obtenção de frequência
O regime de avaliação adoptado pressupõe obrigatoriamente o cumprimento da assiduidade sem prejuízo do disposto no ponto 4 do artigo 9º do regulamento de avaliação.
Fórmula de cálculo da classificação final
Para o cálculo da classificação final, ao trabalho de grupo será atribuído o peso de 40% englobando os dois momentos previstos (apresentação da aula e texto do relatório) (os trabalhos de grupo serão classificados numa escala de 0-20 valores e a classificação convertida até um máximo de 8 valores) e ao trabalho individual o de 60% (os trabalhos individuais serão classificados numa escala de 0-20 valores e a classificação convertida até um máximo de 12 valores).
Provas e trabalhos especiais
A obtenção de uma classificação inferior a 8 valores em qualquer um dos elementos de avaliação implicará a reformulação da respectiva componente como condição para a manutenção dos estudantes no regime de avaliação distribuída.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Os estudantes que por lei estão dispensados da presença nas aulas deverão realizar uma ficha de leitura de um dos textos constantes do “dossier” de apoio à disciplina com discussão oral num tempo a ser estabelecido com os docentes e participar no teste final em condições idênticas às dos restantes colegas. A escolha do texto a partir do “dossier” deverá ser objecto de uma introdução, onde se dê conta da sua pertinência face aos objectivos da disciplina e ao projecto de formação do estudante. Os estudantes que estejam nas condições referidas neste oto devem contactar os docentes no início do semestre para definição dos mecanismos de apoio ao estudo e tutoria que lhe garantam uma igualdade de circunstãncias em termos de aprendizagem e de avaliação.
Melhoria de classificação
Para efeitos de melhoria de nota, os estudantes dispõem da oportunidade de realizar uma prova escrita que incidirá sobre os conteúdos da cadeira.