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FMUP tem dois novos agregados em Ciência de Dados de Saúde e em Investigação Clínica e em Serviços de Saúde

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Bernardo Sousa Pinto e Francisco Rocha Gonçalves prestaram provas em junho

Bernardo Sousa Pinto e Francisco Rocha Gonçalves

Há mais dois professores com Agregação na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP). Em junho, foi a vez de Bernardo Sousa Pinto e de Francisco Rocha Gonçalves realizarem as suas provas, o primeiro em Ciência de Dados de Saúde e o segundo em Investigação Clínica e em Serviços de Saúde.

“Fico particularmente contente por fazer esta Agregação na FMUP. Por um lado, esta é a casa dos meus Mestres (muitos deles representados no meu júri). Não só sem eles todo este trabalho conducente à agregação não seria possível, mas também é com eles com quem felizmente continuo a trabalhar e a aprender bastante”, reage Bernardo Sousa Pinto.

Já para Francisco Rocha Gonçalves, “realizar a agregação na FMUP foi uma convergência perfeita entre a economia e a saúde, a carreira académica e as outras atividades profissionais, e entre o percurso até à data e o caminho a construir”.

“Ao longo da carreira, avaliada nas provas, ficou patente que faz sentido o trabalho multidisciplinar e procurar articular conceitos de gestão e economia em contextos clínicos. Isto permitiu-me e às instituições onde trabalhei implementar projetos que melhoram a eficiência e eficácia dos serviços de saúde. Estas experiências sublinharam também a importância da incorporação de tecnologia e inovação com critérios de avaliação, da colaboração e da integração de dados para criar valor em saúde”, afirma. 

A discussão da lição de Bernardo Sousa Pinto, intitulada “From mHealth data to guideline recommendations in allergic rhinitis and asthma”, esteve a cargo de Jean Bousquet, referência mundial na área. Foram arguentes Luís Taborda Barata, Holger Jens Schunemann e Nuno Neuparth. Do júri, presido pelo diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, faziam parte Carlos Robalo Cordeiro, da FMUC, e José Luís Delgado, João Fonseca e Cristina Santos, da FMUP.

Bernardo Sousa Pinto apresentou “um conjunto de trabalhos” nos quais tem vindo a participar e que “demonstram como podemos utilizar dados obtidos através de ferramentas de saúde digital para melhorar as recomendações clínicas no contexto de rinite alérgica. As guidelines ARIA são particularmente inovadoras ao fazerem esta incorporação de dados de saúde digital nas recomendações, contribuindo para avanços na abordagem GRADE”.

Em suma, “utilizando dados reportados pelos pacientes numa aplicação móvel de monitorização de doença alérgica (MASK-air), fomos capazes de perceber um conjunto de aspetos interessantes no que respeita ao comportamento dos doentes com rinite alérgica e à satisfação com a medicação ou ao impacto desta doença”.

Segundo o professor, estes resultados “ajudaram a formular questões de investigação relevantes para serem exploradas por recomendações” e “fornecem evidência relativamente a aspetos como os custos ou a aceitabilidade das intervenções”. Nesse sentido, “este é um esforço de criar recomendações centradas no doente”.

Depois de um percurso excecional no Mestrado Integrado em Medicina (MIMED) e no doutoramento na FMUP, coroado por uma série de distinções, Bernardo Sousa Pinto sente a Faculdade com a sua “casa”, que divide com colegas e discípulos. “Esta é também a casa de um conjunto de estudantes de doutoramento com quem tenho tido a sorte de trabalhar de forma próxima e que, pelas suas capacidades e dedicação, serão as pessoas que se estarão a agregar de forma brilhante num futuro não muito longínquo”, acrescenta.

Numa perspetiva pessoal, dá-lhe “particular satisfação” que estas provas sejam “um exemplo de uma aproximação harmónica de diferentes ‘mundos’ do conhecimento com benefício para os mesmos, em particular “entre a ciência de dados em saúde, a tomada de decisão em saúde, a saúde digital e o próprio conhecimento clínico”.

No caso de Francisco Rocha Gonçalves, o relatório pedagógico, com o tema “A Gestão de Cuidados de Saúde Baseada em Valor”, de que foi arguente Pedro Augusto Ferreira, colocou “a ênfase na centralização dos cuidados no paciente, de modo prático, deliberado e consequente”. Em destaque esteve igualmente “a relevância da implementação de uma cultura de avaliação e agilidade nas instituições de saúde”.

Por outro lado, a lição “Contratos Baseados em Valor – o caso dos contratos de partilha de risco baseados em outcomes”, evidenciou “a importância dos contratos baseados em valor, que alinham objetivos entre as partes interessadas, melhorando os resultados que importam aos doentes e otimizando os custos”. Além disso, mostrou que tal “é possível, e já está a acontecer, com base em exemplos práticos que ilustraram como construir e gerir esses contratos, destacando desafios e oportunidades na prática de Value-Based Healthcare (VBHC)”.

O júri das provas de Agregação de Francisco Rocha Gonçalves foi presidido pelo diretor da FMUP, Altamiro da Costa Pereira, tendo sido arguentes Pedro Pita Barros (Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa) Pedro Ferreira e Filipe Marreiros Caseiro Alves (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) e Victor Gonçalves (Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa).

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