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FMUP integra projeto europeu para tornar parto mais fisiológico e seguro

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Investigadores usam realidade virtual e realidade aumentada no treino do posicionamento da grávida

parto

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) está a participar num projeto europeu que visa o desenvolvimento de tecnologia de realidade virtual e aumentada para melhorar o treino de profissionais de saúde no posicionamento correto da mãe durante o parto, promovendo um processo mais fisiológico e seguro, tanto para a mãe como para o bebé.

Envolvendo três países (Portugal, Alemanha e Chéquia), o projeto PROGRESSIONdeeP undeRstanding Of positioninG foR midwivES (in obstetrics) uSIng mOderN technologies AR/VR pretende dar resposta a uma necessidade educativa comum na área da Saúde Materno-Obstétrica, colmatando uma lacuna existente.

O objetivo do projeto, financiado pelo Erasmus+ Cooperation Partnerships in Higher Education (KA220-HED) com 400.000¤, é ultrapassar as limitações do ensino tradicional através do recurso à realidade virtual e à realidade aumentada.

“Sabe-se que determinadas posições adotadas pela mulher durante o trabalho de parto podem influenciar positivamente a sua progressão e favorecer a descida do bebé, além de ajudarem na gestão da dor”, explicam os investigadores da FMUP.

Contudo, “os métodos de ensino tradicionais não permitem visualizar o impacto dessas posições nas estruturas anatómicas da mãe, durante o parto e nascimento. Através da realidade virtual e aumentada, essas estruturas tornam-se visíveis, permitindo ao estudante construir um modelo mental que o ajudará nas futuras decisões clínicas”.

Numa primeira fase do projeto, será criado “um ambiente totalmente virtual que permite visualizar as estruturas anatómicas da grávida (nomeadamente a pélvis), assim como o feto, durante o trabalho de parto e nascimento. Serão simulados vários cenários clínicos, permitindo que os estudantes visualizem e identifiquem as posições maternas mais favoráveis ao parto”.

Os simuladores obstétricos serão incluídos numa segunda fase, num ambiente de realidade aumentada, que combina o equipamento físico com a realidade virtual. “Desta forma, os estudantes poderão interagir fisicamente com os simuladores enquanto visualizam as estruturas anatómicas envolvidas, integrando o treino cognitivo ao desenvolvimento de competências motoras”, indicam.

A FMUP será responsável pelo estudo-piloto que irá validar estas aplicações de realidade virtual e aumentada já em desenvolvimento pelos parceiros europeus. O início do estudo-piloto está previsto para abril de 2025. Ao todo, deverão participar 45 a 60 estudantes, dos quais 15 a 20 serão portugueses.

No final deste projeto, os investigadores deverão disponibilizar este novo modelo de ensino, de forma gratuita e pronto a ser replicado por diferentes instituições de ensino superior e instituições de saúde, como hospitais e maternidades, quer para a formação pré-graduada, quer para a formação contínua dos profissionais de saúde.

Da equipa da FMUP fazem parte a investigadora principal, Carla Sá Couto, bem como os investigadores Inês Jorge e Abel Nicolau. Além da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, participam no projeto PROGRESSION, sob liderança da Ludwig Maximilian, da University of Munich (LMU), a Escola Superior de Enfermagem do Porto (ESEP), a Katholische Stiftungshochschule University of Applied Sciences (KSH) e a Masaryk University (MUNI MED).

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