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Monitorização do bruxismo através de goteira oclusal - estudo in vitro

Título
Monitorização do bruxismo através de goteira oclusal - estudo in vitro
Tipo
Tese
Ano
2024-04-17
Autores
Tânia Alexandra Maia Soares
(Autor)
FMDUP
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Classificação Científica
FOS: Ciências médicas e da saúde > Ciências da saúde
Instituições Associadas
FMDUP - Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto
Outras Informações
Resumo (PT): Introdução: Atualmente, o bruxismo é considerado um comportamento motor não patológico, muitas vezes com propriedades protetoras, que pode ocorrer durante o sono (bruxismo do sono) ou durante o dia (bruxismo de vigília). A polissonografia é considerada o gold standard para o diagnóstico do bruxismo. Contudo, estão descritos na literatura diversos dispositivos que têm como objetivo auxiliar no diagnóstico e tratamento desta condição, nomeadamente goteiras com inclusão de sensores de pressão, tradicionalmente confecionadas em polimetilmetacrilado (PMMA). O desenvolvimento tecnológico, em particular a utilização de tecnologia Computer-aided design/ computer-aided manufacturing (CAD-CAM) que permite a produção por fresagem e por impressão tridimensional (3D), têm vindo a ganhar importância na medicina dentária. O mesmo se verifica relativamente ao surgimento de materiais alternativos, como é o caso do poli(éter-éter-cetona) (PEEK). Assim, este trabalho teve como principais objetivos estudar o comportamento do PEEK, impresso por impressão 3D pela técnica de fabrico por filamentos fundido (FFF), quanto à rugosidade e dureza da superfície, bem como a criação de um protótipo de goteira oclusal nesse material com inclusão de sensores de pressão para monitorização do bruxismo. Material e Métodos: Foram impressos por FFF (AON-M2, AON3D, Canadá) oito provetes (10mm x 10mm x 1,5mm) em PEEK (PEEK KETASPIRE KT-820 NT Filament, Medphen, Madrid, Espanha). Na avaliação da rugosidade foram utilizados 4 provetes com diferentes espessuras de camada de impressão [Grupo A (n=2): 0,1mm e Grupo B (n=2): 0,3mm], para verificar se este parâmetro influencia a rugosidade do material. O polimento dos provetes foi realizado com lixas de Carboneto de Silício (SiC) (P80, P180, P320, P800, P1200 e P4000, Struers, Dinamarca). Os parâmetros de rugosidade (Ra, Sa e St) foram avaliados, antes e após o polimento dos provetes, com recurso a um rugosímetro de contacto (Hommelwerke LV-50, Hommelwerke GmbH, Germany). De forma a obter um grupo controlo para comparação, foram ainda produzidos três provetes em PMMA por fresagem (Aidite Temp, Aidite Technology Co, Qinhuangdao, China): um provete sem acabamento (P1), um provete com polimento com as lixas SiC utilizadas para os provetes em PEEK (P2) e outro provete com acabamento convencional (P3), nos quais foi igualmente avaliada a rugosidade. Para o estudo da microdureza foram avaliados os mesmos provetes em PEEK usados nos ensaios da rugosidade, medidos na zona dos seus topos laterais. Com esse intuito, utilizou-se o teste de Vickers num microdurómetro (Matsuzaura MXT70®), após igual polimento com lixas SiC. Para os ensaios com os sensores de pressão foram impressos mais 4 provetes: um provete base, que funcionou como base de apoio para o sensor de pressão (FlexiForce B-201, Tekscan, Boston, MA, EUA); três provetes de recobrimento com diferentes alturas (0,5mm, 1mm e 1,5mm), que foram colocados por cima do conjunto base e sensor, alternadamente, para proceder aos testes. Estes testes foram realizados numa coluna de teste de força com célula de carga 2,5kN que permite forças de tração e compressão (MultiTest 2,5dV, Mecmesin), com a qual foram aplicadas cargas de 20N, 200N e 1000N. Relativamente ao protótipo de goteira oclusal, foi impresso um primeiro protótipo em PEEK, no qual foram realizados, após a impressão, sulcos laterais para inclusão do sensor de pressão. Posteriormente foi criado um segundo protótipo com a goteira seccionada em duas partes e um sistema de encaixe tipo “macho/fêmea”, para inclusão do sensor entre elas. Numa primeira fase, este segundo protótipo foi impresso em resina (Nextdent Model 2.0 Peach, 3D Systems, Canadá) por Processamento de Luz Digital (DLP) para testar a viabilidade do mesmo e, após a sua validação, foi impresso um terceiro protótipo em PEEK. Os testes com os protótipos foram efetuados numa coluna de teste de força em tração e compressão (MultiTest 2,5dV, Mecmesin), com a qual foram aplicadas cargas de 20N, 200N e 1000N. Nos diferentes ensaios com os sensores foi avaliada a diferença entre a carga aplicada e a leitura de carga do sensor. Os dados foram recolhidos e armazenados numa base de dados criada a partir do Programa Excel® (Microsoft Office Plus Professional 2016, Microsoft, EUA), onde foram avaliadas as médias das medidas realizadas. Resultados: Relativamente à rugosidade observou-se que os provetes em PEEK por FFF com espessura da camada de impressão de 0,3mm revelaram menor rugosidade em comparação com os de 0,1mm. Por outro lado, nos provetes de PMMA observou-se um Ra semelhante entre os provetes polidos com lixas SiC e com polimento convencional. Após o polimento, quando comparados com os provetes em PEEK, os provetes de PMMA apresentam rugosidade semelhante ao grupo A. No que diz respeito à microdureza verificou-se que, apesar das diferentes condições de impressão, todos os provetes apresentam uma dureza aproximada de 20 na escala de dureza Vickers (HV), com uma carga de 100g. Nos testes de carga com os sensores recobertos por diferentes alturas de material de recobrimento registou-se uma discordância entre o valor de carga aplicada e o valor lido pelo sensor, que não é proporcional ao aumento da altura do provete de recobrimento. Nos testes de carga com o protótipo final da goteira em PEEK verificou-se que os sensores incluídos na goteira permitem detetar variações da carga aplicada, sendo que o sensor deteta valores mais próximos da carga aplicada quando a calibração é feita com o sensor inserido na goteira. Conclusões: Todos os provetes em PEEK por FFF apresentaram menor rugosidade após o polimento, sendo que o acabamento mecânico com lixas SiC é eficaz para reduzir a rugosidade da superfície do PEEK. Relativamente à microdureza verificou-se que a espessura de camada de impressão não influenciou a dureza do material. Nos testes com os sensores foi possível observar que diferentes alturas de material de recobrimento sobre o sensor, provocam uma variação na leitura do mesmo. No protótipo final da goteira em PEEK, apesar dos sensores não identificarem com exatidão o valor da carga aplicada, reconhecem valores próximos desta, sendo percetível a variação da mesma. Assim, a conceção da goteira em PEEK por FFF com incorporação de sensores parece ser uma alternativa para a monitorização clínica do bruxismo do sono.
Idioma: Português
Documentos
Nome do Ficheiro Descrição Tamanho
Tese de doutoramento_Monitorização do bruxismo através de goteira oclusal - estudo in vitro Monitorização do bruxismo através de goteira oclusal - estudo in vitro 2313.86 KB
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