Resumo: |
A contrafação é uma ameaça global crescente, que afeta igualmente produtores, governos e consumidores. Para além das perdas económicas, os
produtos contrafeitos colocam em perigo a segurança e a saúde dos consumidores.[1, 2] A indústria têxtil gera milhões de receitas anualmente
(constitui 10% das exportações de Portugal), sendo bastante vulnerável à contrafação (representa 16% dos produtos contrafeitos).[3]
O combate a este problema exige uma fiscalização e regulamentação mais rigorosas e um melhor conhecimento pelo consumidor. Ao preservar a
integridade do mercado e os padrões de qualidade, salvaguardamos as empresas, economias e a confiança dos consumidores.
Na era da transformação digital, o aumento de produtos contrafeitos é contrabalançado pela procura de passaportes digitais. À medida que as
empresas adotam a digitalização, a necessidade de autenticação digital usando sistemas de segurança robustos torna-se fundamental para verificar
a autenticidade de bens e serviços. Além disso, a integração de um código capaz de aceder digitalmente a informações completas sobre os
produtos, desde a criação das matérias-primas até à montagem final, é cada vez mais imperativa para as sociedades modernas. Esta transparência
capacita os consumidores com informações vitais sobre a história do produto, promovendo a responsabilidade em toda a cadeia de abastecimento.
Atualmente, as tecnologias anti-contrafação baseiam-se principalmente na integração de etiquetas de segurança inteligentes nos produtos a
proteger, nomeadamente através de QR codes, etiquetas RFID ou holográficas. Contudo, o desenvolvimento tecnológico para outro nível de
segurança é crucial.
Neste ponto, o SafeTex surge como uma solução pioneira, apresentando um novo sistema de codificação que incorpora várias multifuncionalidades:
características Óticas, Magnéticas e de Impedância. O objetivo final é integrar essas funcionalidades em sistemas QR code impressos em
substratos têxteis, aumentando sig  |
Resumo A contrafação é uma ameaça global crescente, que afeta igualmente produtores, governos e consumidores. Para além das perdas económicas, os
produtos contrafeitos colocam em perigo a segurança e a saúde dos consumidores.[1, 2] A indústria têxtil gera milhões de receitas anualmente
(constitui 10% das exportações de Portugal), sendo bastante vulnerável à contrafação (representa 16% dos produtos contrafeitos).[3]
O combate a este problema exige uma fiscalização e regulamentação mais rigorosas e um melhor conhecimento pelo consumidor. Ao preservar a
integridade do mercado e os padrões de qualidade, salvaguardamos as empresas, economias e a confiança dos consumidores.
Na era da transformação digital, o aumento de produtos contrafeitos é contrabalançado pela procura de passaportes digitais. À medida que as
empresas adotam a digitalização, a necessidade de autenticação digital usando sistemas de segurança robustos torna-se fundamental para verificar
a autenticidade de bens e serviços. Além disso, a integração de um código capaz de aceder digitalmente a informações completas sobre os
produtos, desde a criação das matérias-primas até à montagem final, é cada vez mais imperativa para as sociedades modernas. Esta transparência
capacita os consumidores com informações vitais sobre a história do produto, promovendo a responsabilidade em toda a cadeia de abastecimento.
Atualmente, as tecnologias anti-contrafação baseiam-se principalmente na integração de etiquetas de segurança inteligentes nos produtos a
proteger, nomeadamente através de QR codes, etiquetas RFID ou holográficas. Contudo, o desenvolvimento tecnológico para outro nível de
segurança é crucial.
Neste ponto, o SafeTex surge como uma solução pioneira, apresentando um novo sistema de codificação que incorpora várias multifuncionalidades:
características Óticas, Magnéticas e de Impedância. O objetivo final é integrar essas funcionalidades em sistemas QR code impressos em
substratos têxteis, aumentando significativamente os graus de liberdade e o número de códigos possíveis, criando assim uma nova etiqueta de
codificação chamada OMZ-QR. A tecnologia proposta pelo SafeTex é baseada em procedimentos de baixo custo e métodos de revestimento
industrialmente escaláveis.
Para atingir este objetivo, o SafeTex irá basear-se nas propriedades óticas (fluorescência) ajustáveis dos quantum dots de carbono (C-dots), nas
excelentes propriedades magnéticas de óxidos à base de ferro (Fe3O4 e MnFe2O4), e na resposta de impedância (com alta sensibilidade) de
materiais de carbono (nanotubos de carbono de paredes múltiplas, MWCNT). Com estes materiais, serão fabricadas etiquetas inteligentes
multifuncionais diretamente impressas em substratos têxteis. Para tal, serão formuladas tintas inovadoras para utilização em técnicas de
revestimento industrial, como dip-pad-dry e serigrafia. Estas tintas também serão utilizadas para imprimir um QR code com níveis adicionais de
segurança, proporcionados pelas propriedades óticas, magnéticas e eletroquímicas. Será obtido um QR code altamente seguro (OMZ-QR), já que
combinará as informações de proteção armazenadas no próprio QR code com as informações adicionais de segurança ocultas na tinta
multifuncional. Devido ao padrão de QR code, poderá ser lido pelos convencionais aplicativos para smartphones.
O desenvolvimento de tintas inovadoras e etiquetas têxteis inteligentes e multifuncionais com até três níveis de segurança, baseadas na combinação
de diferentes materiais e propriedades, ainda não é explorado e tem grande potencial para outras áreas de aplicação.
O SafeTex impedirá a produção de têxteis contrafeitos, potenciando a sustentabilidade económica do sector têxtil e, assim, a criação de postos de
trabalho atraentes. Além disso, fomentará o desenvolvimento tecnológico e a inovação do setor têxtil e um consumo mais racional e sustentável.
Impulsionada por estes desafios, a jovem e multidisciplinar equipa de investigação do SafeTex possui as competências interdisciplinares para a
conceção e fabrico de etiquetas têxteis inteligentes, multifuncionais e anti-contrafação. A equipa tem uma vasta experiência no desenvolvimento de
nanomateriais funcionais e sensores flexíveis, bem como no ajuste das suas propriedades e formulação de tintas funcionais. Os membros da equipa
têm experiência e conhecimento para fazer com que este projeto exploratório atinja facilmente o nível 3 do nível de prontidão tecnológica (TRL) -
prova de conceito. Os membros da equipa participaram em programas de empreendedorismo para impulsionar a transferência de tecnologia do
laboratório para o mercado, sendo que dois membros da equipa são fundadores de uma startup. Uma empresa portuguesa do setor têxtil
(SMARTEX) demonstrou interesse nos resultados do projeto, em caso de sucesso do código OMZ-QR, nomeadamente para implementação nos seus
produtos em combinação com inteligência artificial, como passos futuros nesta área. |