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Biopatologia

Código: 311     Sigla: 311

Ocorrência: 2006/2007 - A

Ativa? Sim
Curso/CE Responsável: Medicina Dentária

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MD 36 Plano oficial a partir de 2000 3 10 17 -

Objetivos

O objectivo fundamental do ensino da Biopatologia - Anatomia Patológica Geral é o de conseguir que os alunos aprendam uma linguagem.

A aprendizagem desta linguagem subentende não só a memorização das palavras e dos conceitos que elas exprimem, como a capacidade de utilizar estes conhecimentos na interpretação de dados e na resolução de problemas.

Este objectivo é difícil de alcançar. Antes de mais pela extensão do universo de significantes da Biopatologia que, na prática, quase se sobrepõe ao da “totalidade” da Medicina. São mais de 8000 as “palavras” que o aluno tem de aprender durante o ano lectivo (sendo cerca de 3000 o número de palavras que se torna necessário conhecer para falar coloquialmente uma língua estrangeira).

A linguagem anátomo-patológica é muito importante não só pelo seu carácter universal — funciona como a base de toda a linguagem médica — como também pela sua elevada durabilidade. Estas características tornam a linguagem anátomo-patológica o elemento indispensável para a integração coerente das “descobertas” que constantemente ocorrem nas ciências biomédicas. A situação tornou-se particularmente difícil nos últimos anos devido à explosão dos conhecimentos relacionados com a Medicina Molecular. Não é por acaso, aliás, que cerca de metade do programa da Biopatologia se centra na chamada Patologia Molecular, numa tentativa de reconstruir a fisiopatologia humana a partir do conhecimento dos genes e dos seus produtos.

Um segundo objectivo do ensino da Biopatologia - Anatomia Patológica Geral é o de conseguir que os alunos aperfeiçoem as suas capacidades de observação e descrição a diferentes níveis (macroscópico, microscópico, ultrastrutural, molecular) tornando-se capazes de raciocinar em termos biopatológicos a partir dos dados que essa observação proporciona. Isto é, espera-se que os alunos fiquem capazes de utilizar o estudo das lesões (morfológicas, bioquímicas, moleculares) como instrumento para a compreensão da etiopatogenia, diagnóstico, selecção terapêutica e prognóstico das doenças e/ou doentes.

O ensino da Disciplina procurará, finalmente, conseguir que os alunos se habituem a perspectivar as doenças em termos da interacção genético-ambiental, extraindo dessa atitude corolários fundamentais no domínio da medicina preventiva.

Programa

Grandes tipos lesionais: da necrose mutilante à neoestrutura cancerosa; Introdução à patologia molecular; Interacção genético-ambiental na génese das doenças; Virus das hepatites: inflamação, necrose e neoplasias; Proliferação, diferenciação e morte celular; Adaptação e lesão; Morte celular: necrose e apoptose; Regulação da proliferação; Regulação da apoptose; Inflamação aguda; Inflamação crónica e inflamação granulomatosa; Regeneração; Angiogénese; Da hiperplasia à neoplasia; Taxonomia oncológica; Progressão neoplásica: invasão e metastização; Epidemiologia oncológica; Oncogenes, genes oncossupressores e genes de susceptibilidade ao cancro; Carcinoma do colo do útero e cancerização vírica; Doenças hepáticas do recém-nascido e da criança; Neoplasias do recém-nascido e da criança; Reacções de hipersensibilidade e doenças auto-imunes; SIDA: infecções oportunistas e doença de Kaposi; Doença dos grandes vasos; Doença dos pequenos vasos; Vasculites e enfartes; Doença isquémica cardíaca; Cardiomiopatias; Introdução à patologia hemolinfopoiética; Neoplasias hematológicas: leucemias e linfomas; Patologia das vias aéreas superiores; Doenças pulmonares obstrutivas e restritivas; Neoplasias do pulmão e pleura; Patologia Inflamatória Renal; Hiperplasia e neoplasia da próstata; Patologia da cavidade oral; Úlcera péptica e H. pylori; Doença inflamatória idiopática do intestino e patologia das vias biliares; Mucinas e carcinoma do estômago; Cancerização do tubo digestivo; FAP e sequência adenoma-carcinoma; Carcinomas hereditários; Síndroma de Lynch; Hepatites víricas; Álcool e cirrose hepática; Neoplasias primitivas e secundárias do fígado; Pancreatites e carcinoma do pâncreas; Patologia da tireóide; Biopsia aspirativa e “core biopsy”; Hiperplasia e neoplasia do endométrio; Patologia neoplásica do testículo, ovário e placenta; Patologia da mama; Lesões premalignas e malignas da pele; Patologia vascular e infecciosa do SNC; Doenças desmielinizantes e degenerativas do SNC; Neoplasias do SNC; Metástases de neoplasia primária oculta. Patologia geriátrica. Medicina molecular e prevenção.

Bibliografia Principal

Qualquer livro de Anatomia Patológica do tipo das últimas edições do Robbin’s PATHOLOGIC BASIS OF DISEASE ou do OXFORD TEXTBOOK OF PATHOLOGY é adequado, embora se reconheça algum “excesso” nestas obras (o Oxford Textbook of Pathology é constituído por três volumes). Sugere-se, por isso, como compromisso, a 7ª edição do BASIC PATHOLOGY (Autores: Kumar V, Cotran RS e Robbins SL; Editora: W.B. Saunders Co; 2003). É também fundamental proceder à consulta do livro COLOUR ATLAS OF ANATOMICAL PATHOLOGY de Robin A.Cooke e Brian Stewart editado pela Churchill Livingstone (2ª edição, 1995 ou a 3ª edição) para o estudo das lesões macroscópicas. Estimula-se ainda, fortemente, a utilização dos elementos disponíveis no Site da Disciplina (e-learning) tanto no que diz respeito aos temas das Sessões Práticas, como aos elementos referenciados no GLOSSÁRIO. Finalmente, sugere-se uma particular atenção aos temas tratados nas Prelecções, Seminários e Sessões Práticas, bem como ao respectivo material-de-apoio-pedagógico, como elementos estruturantes do estudo.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

210 horas por ano e por estudante, correspondente a 2 horas/semana de aulas teóricas; 1h30m/semana – seminários; 3 horas/semanas de aulas práticas e 6horas/semestre de aulas de necrópsias.
- 2 Aulas Teóricas por semana de 1 hora de duração máxima: exposição inicial de cerca de 40 a 45 minutos seguida por uma discussão de cerca de 10 a 15 minutos.
- 2 Aulas Práticas por semana com 1h30m de duração cada uma. A primeira aula da semana destina-se à observação do material seleccionado previamente (peças cirúrgicas, lâminas histológicas de rotina, lâminas histológicas com colorações especiais e de imunocitoquímica, fotografias de patologia ultrastrutural e/ou documentos de patologia molecular) e a segunda à discussão dos resultados dessa observação. Excepcionalmente haverá aulas práticas de outro tipo: a) Visita aos Laboratórios da Faculdade de Medicina, Hospital S. João e IPATIMUP; b) Observação e discussão de autópsias.
- 1 Seminário por semana de 1h30m de duração máxima.
- 1 Autópsia: Durante o ano cada Turma Prática deverá assistir à realização e proceder ao estudo histológico de, pelo menos, uma autópsia (Se houver número suficiente de autópsias haverá uma por semestre).

Tipo de avaliação

Avaliação por exame final

Fórmula de cálculo da classificação final

A classificação final é obtida pela média das frequências desde que em nenhuma delas o aluno tenha obtido menos de 8,5 valores (Se tiver uma classificação inferior a 8,5 terá de fazer o exame final). Os alunos que tiverem mais de 16 valores na média das frequências ou no exame final deverão fazer exame oral; se o não fizerem ficarão com a classificação final de 16 valores. Não haverá exame oral em nenhuma outra circunstância (nem para alunos com negativa, nem para subida de nota).Notas
1. Não haverá lugar a descontos pelas respostas erradas. Apenas serão contabilizadas as respostas “uncued” totalmente correctas.
2. As questões que tiverem índice de dificuldade demasiado elevado serão eliminadas a posteriori apenas sendo contabilizadas para os alunos que tiverem optado pela resposta correcta.
3. O exame prático e o exame teórico distinguem-se pelos documentos que utilizam como suporte para as perguntas (diapositivos ou texto); isto é, não há uma matéria “das” práticas distinta da matéria “das” teóricas.
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