Resumo (PT):
Frequente no discurso oral e escrito que enforma as vivências do quotidiano humano, o lexema
«fazer» e os seus correspondentes nas de mais línguas distinguem-se por densa polissemia, referenciando
numerosos modos de ação. Veiculado sob forma verbal, substantívica, ou adjetívica, o motivo do fazer
integra vertentes de configuração, mas também de desfiguração e transfiguração, material ou imaterial,
num processo multissensorial e pluriperspetívico, que, convocando veios cognitivos e emocional-afetivos,
entrelaça imaginação e reflexão. E na obra de arte atinge o fazer humano as raias do sublime: pela poiesis se
desafia os contornos da imanência. Eis porque conversas com versos se convertem, no «fazer» artístico de
Maria Alberta Menéres, em diálogo com o transcendente.
Abstract (EN):
Frequently used in the oral and written discourse which shapes the experience of human daily life, the lexeme «make» and its correspondents in other languages are characterized by a dense polysemy which references numerous ways of making. Expressed as a verb, noun or adjective, the theme/motive of «making» integrates aspects of (material or immaterial) configuration, but also of disfiguration and transfiguration in a multisensory and multisided process, which, by combining cognitive and emotional-affective strands, fuses imagination and reflection. In art, human «making» reaches the borders of the sublime: poiesis challenges the contours of immanence. For this reason, conversations with verses become, in the poetic work of Maria Alberta Menéres, a dialogue with the transcendent.
Idioma:
Português
Tipo (Avaliação Docente):
Científica