Resumo: |
A legislação actual impõe limites severos às emissões de um grande número de compostos químicos tóxicos, nomeadamente os compostos orgânicos voláteis (COVs). Estes compostos são emitidos durante o fabrico de uma vasta gama de produtos de consumo, de que são exemplos as oficinas de pintura e revestimentos, de impressão, limpeza a seco, fabrico de componentes electrónicos e aglomerados, indústrias químicas e têxteis, e constituem uma fonte importante de poluição atmosférica, provocando efeitos ambientais primários e secundários (por exemplo, "smog"). Em relação a Portugal, mesmo as projecções mais optimistas indicam que, em 2010, o País estará ainda longe de conseguir alcançar os valores estabelecidos pela directiva comunitária 2001/81/CE, caso não sejam introduzidas novas tecnologias para a eliminação dos COVs.
A oxidação catalítica é uma das técnicas mais promissoras, sobretudo quando se tratam efluentes com baixas concentrações de COVs. Comparando-a com a incineração térmica (técnica mais utilizada), apresenta como principais vantagens: menores consumos energéticos (requer temperaturas entre 200 a 500ºC, enquanto que para a incineração as temperaturas são de 750 a 1150ºC) e menores custos de construção das unidades industriais (as unidades de oxidação catalítica podem ser mais compactas e não necessitam de materiais de construção resistentes a altas temperaturas).
A formulação de catalisadores para o tratamento de COVs não é uma tarefa fácil devido à grande variedade de moléculas e à complexidade de muitas misturas encontradas. Devido à apertada regulamentação nas emissões de COVs, torna-se muito importante o desenvolvimento de catalisadores capazes de alcançar eficiências na combustão superiores a 95%, a temperaturas tão baixas quanto possível. Estes catalisadores devem apresentar uma elevada selectividade em CO2 a fim de evitar a produção de CO ou outros compostos mais tóxicos do que o efluente a tratar (por exemplo dioxinas).
O projecto tem com |
Resumo A legislação actual impõe limites severos às emissões de um grande número de compostos químicos tóxicos, nomeadamente os compostos orgânicos voláteis (COVs). Estes compostos são emitidos durante o fabrico de uma vasta gama de produtos de consumo, de que são exemplos as oficinas de pintura e revestimentos, de impressão, limpeza a seco, fabrico de componentes electrónicos e aglomerados, indústrias químicas e têxteis, e constituem uma fonte importante de poluição atmosférica, provocando efeitos ambientais primários e secundários (por exemplo, "smog"). Em relação a Portugal, mesmo as projecções mais optimistas indicam que, em 2010, o País estará ainda longe de conseguir alcançar os valores estabelecidos pela directiva comunitária 2001/81/CE, caso não sejam introduzidas novas tecnologias para a eliminação dos COVs.
A oxidação catalítica é uma das técnicas mais promissoras, sobretudo quando se tratam efluentes com baixas concentrações de COVs. Comparando-a com a incineração térmica (técnica mais utilizada), apresenta como principais vantagens: menores consumos energéticos (requer temperaturas entre 200 a 500ºC, enquanto que para a incineração as temperaturas são de 750 a 1150ºC) e menores custos de construção das unidades industriais (as unidades de oxidação catalítica podem ser mais compactas e não necessitam de materiais de construção resistentes a altas temperaturas).
A formulação de catalisadores para o tratamento de COVs não é uma tarefa fácil devido à grande variedade de moléculas e à complexidade de muitas misturas encontradas. Devido à apertada regulamentação nas emissões de COVs, torna-se muito importante o desenvolvimento de catalisadores capazes de alcançar eficiências na combustão superiores a 95%, a temperaturas tão baixas quanto possível. Estes catalisadores devem apresentar uma elevada selectividade em CO2 a fim de evitar a produção de CO ou outros compostos mais tóxicos do que o efluente a tratar (por exemplo dioxinas).
O projecto tem como objectivo o desenvolvimento de catalisadores eficientes e estáveis para a destruição de compostos orgânicos voláteis (COVs), nomeadamente aqueles que são usados como solventes industriais. Estudar-se-á a oxidação completa de várias classes de COVs usando dois tipos de catalisadores: metais suportados e óxidos metálicos. Ensaios preliminares apontam o Pt/TiO2 e os óxidos de manganês do tipo criptomelano como os catalisadores mais promissores, sendo estes últimos especialmente interessantes do ponto de vista económico já que não envolvem a utilização de um metal nobre. Numa fase mais avançada do projecto, serão preparados, caracterizados e avaliados catalisadores estruturados (monólitos) usando a fase activa mais promissora tendo em vista a sua aplicação industrial. Este projecto servirá de suporte para o desenvolvimento posterior, em colaboração com empresas interessadas, de uma instalação piloto de demonstração. |