Resumo: |
No instrumento de política da ESDP, o policentrismo baseia-se numa conceptualização das relações espaciais com origem no planeamento do uso do solo tradicional (espaços de lugares), sem ter em consideração teorias mais recentes (regiões multipolares funcionalmente relacionadas). The POLYNET study (Hall, P. and Pain, K., 2005) procura colmatar esta falha, investigando as Mega- Cidades Região como processos urbanos morfologicamente situados mas funcionalmente ligados no espaço de fluxos.
1. Como passar de uma abordagem top-dow para uma abordagem bottom-up do Policentrismo? O policentrismo urbano permite duas perspetivas distintas. A primeira, resulta de políticas com uma abordagem top-down, que estabelece o território como principal campo de referência para a compreensão das relações urbanas. A cooperação estabelece-se entre cidades vizinhas, seguindo interesses comuns e direciona-se essencialmente para a criação de uma massa crítica e de uma força institucional e de promoção da região. A segunda centra-se numa abordagem bottom-up, onde os diferentes agentes urbanos constituem a base das relações que se estabelecem. A cooperação faz-se com os agentes mais competentes em função da sua relevância estratégica e não da proximidade geográfica (rede tentacular), orientando-se para estratégias de excelência e ações concretas. Esta dimensão relacional encontra-se ainda pouco estudada.
Esta equipa tem nos últimos três anos dedicado a sua investigação à governancia territorial e à definição de sistemas urbanos policêntricos orientados por abordagens top-down. São estudos orientadas para a coesão territorial, no âmbito da elaboração dos Planos Regionais de Ordenamento do Território (para as regiões Norte, Centro, Oeste e Vale do Tejo e Alentejo) e no âmbito de estudos sobre a governancia regional.
A transformação dos modelos de relacionamento entre o Estado e a cidade sugerem a necessidade de aproximação à segunda perspetiva - bottom-up. Contrariamente ao que se pass  |
Resumo No instrumento de política da ESDP, o policentrismo baseia-se numa conceptualização das relações espaciais com origem no planeamento do uso do solo tradicional (espaços de lugares), sem ter em consideração teorias mais recentes (regiões multipolares funcionalmente relacionadas). The POLYNET study (Hall, P. and Pain, K., 2005) procura colmatar esta falha, investigando as Mega- Cidades Região como processos urbanos morfologicamente situados mas funcionalmente ligados no espaço de fluxos.
1. Como passar de uma abordagem top-dow para uma abordagem bottom-up do Policentrismo? O policentrismo urbano permite duas perspetivas distintas. A primeira, resulta de políticas com uma abordagem top-down, que estabelece o território como principal campo de referência para a compreensão das relações urbanas. A cooperação estabelece-se entre cidades vizinhas, seguindo interesses comuns e direciona-se essencialmente para a criação de uma massa crítica e de uma força institucional e de promoção da região. A segunda centra-se numa abordagem bottom-up, onde os diferentes agentes urbanos constituem a base das relações que se estabelecem. A cooperação faz-se com os agentes mais competentes em função da sua relevância estratégica e não da proximidade geográfica (rede tentacular), orientando-se para estratégias de excelência e ações concretas. Esta dimensão relacional encontra-se ainda pouco estudada.
Esta equipa tem nos últimos três anos dedicado a sua investigação à governancia territorial e à definição de sistemas urbanos policêntricos orientados por abordagens top-down. São estudos orientadas para a coesão territorial, no âmbito da elaboração dos Planos Regionais de Ordenamento do Território (para as regiões Norte, Centro, Oeste e Vale do Tejo e Alentejo) e no âmbito de estudos sobre a governancia regional.
A transformação dos modelos de relacionamento entre o Estado e a cidade sugerem a necessidade de aproximação à segunda perspetiva - bottom-up. Contrariamente ao que se passou no passado, em que as cidades eram essencialmente espaços de mediação dos programas nacionais, as cidades desempenham atualmente um papel de promotoras do desenvolvimento e da regeneração urbana. Mais importante que adequar as estratégias de desenvolvimento às parcerias locais e regionais existentes, é preciso selecionar parceiros (locais ou distantes) que se adequem às estratégias definidas. É nesta perspetiva que queremos agora desenvolver a nossa investigação.
2. Em que medida podem os fluxos baseados no conhecimento alastrar para além da rede de cidades globais em favor das cidadesregião (city-regions) globais?
Desde os anos 70 aos anos 90, realizaram-se muitos estudos sobre as cidades como unidades de sistemas urbanos mais alargados, segundo diferentes critérios funcionais, na maioria dos casos, baseados em parâmetros de «stock». Mais recentemente, as cidades têm sido estudadas segundo uma abordagem relacional, em diferentes escalas geográficas. Reconheceu-se a importância das externalidades das redes e foram analisados os fluxos supra-locais. O conceito de Mega-Cidade Região pressupõe uma ou mais cidades interligadas através de processos de aglomeração e especialização funcional numa economia baseada no conhecimento global - um espaço de interação global-local. Em que medida podem os fluxos baseados no conhecimento alastrar em favor das cidades-região (city-regions) globais? O estudo transnacional POLYNET investigou a importância dos fluxos interurbanos associados aos serviços avançados às empresas na criação das Mega-Cidade Região (MCR). As MCR são espaços urbanos globais e r |