Resumo: |
Os piores efeitos da Mudança Climática nas vidas do Planeta e Humanidade, como as conhecemos, continuam a ser observados globalmente, com tendência para aumentar em número e em risco. Fenómenos como o aquecimento global, crises humanitárias e (in)sustentabilidade e (in)segurança de sistemas socioambientais são, cada vez mais, frequentes e perigosos. As agências políticas e socioambientais (Nações Unidas, Greenpeace), a investigação científica e a sociedade civil (jovem ativista Greta Thunberg) têm vindo a alertar para a necessidade de abordar a Mudança Climática como um fenómeno complexo e heterogéneo (multidimensional). Complexo, porque os efeitos negativos da Mudança Climática na Vida Humana estão, diretamente, relacionados com os efeitos da Vida Humana no Planeta, em particular, no Clima. Heterogéneo, porque esta relação complexa afeta, de forma diferenciada e desigual, lugares, comunidades e populações, agravando-se quando associada a outros fatores de risco (pobreza, subnutrição, fragilidade, isolamento). Em face desta problemática, o desenvolvimento de soluções de mitigação e inversão destes efeitos adversos, tem sido uma prioridade com diferentes expressões e com origem em diferentes campos (política, ciência, economia, sociedade civil, ONG). Verifica-se, por isto, uma conjuntura desejável para uma investigação como a do Projeto "ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA PARAPESSOAS IDOSAS que vivem em Áreas Urbanas Vulneráveis. Desenvolvimento de uma Metodologia Climaticamente Responsiva e Localmente Participada". Estas razões levaram um grupo multidisciplinar de investigadores e centros de investigação da Universidade do Porto e da Universidade de Coimbra, apoiados por uma equipa internacional de especialistas, a apresentar um plano de investigação que contribui para a mitigação e inversão desses efeitos adversos, através do estudo dos efeitos da Mudança Climática na saúde, qualidade devida e condição socioeconómica das pessoas idosas que vivem em áreas urbanas vu |
Resumo Os piores efeitos da Mudança Climática nas vidas do Planeta e Humanidade, como as conhecemos, continuam a ser observados globalmente, com tendência para aumentar em número e em risco. Fenómenos como o aquecimento global, crises humanitárias e (in)sustentabilidade e (in)segurança de sistemas socioambientais são, cada vez mais, frequentes e perigosos. As agências políticas e socioambientais (Nações Unidas, Greenpeace), a investigação científica e a sociedade civil (jovem ativista Greta Thunberg) têm vindo a alertar para a necessidade de abordar a Mudança Climática como um fenómeno complexo e heterogéneo (multidimensional). Complexo, porque os efeitos negativos da Mudança Climática na Vida Humana estão, diretamente, relacionados com os efeitos da Vida Humana no Planeta, em particular, no Clima. Heterogéneo, porque esta relação complexa afeta, de forma diferenciada e desigual, lugares, comunidades e populações, agravando-se quando associada a outros fatores de risco (pobreza, subnutrição, fragilidade, isolamento). Em face desta problemática, o desenvolvimento de soluções de mitigação e inversão destes efeitos adversos, tem sido uma prioridade com diferentes expressões e com origem em diferentes campos (política, ciência, economia, sociedade civil, ONG). Verifica-se, por isto, uma conjuntura desejável para uma investigação como a do Projeto "ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA PARAPESSOAS IDOSAS que vivem em Áreas Urbanas Vulneráveis. Desenvolvimento de uma Metodologia Climaticamente Responsiva e Localmente Participada". Estas razões levaram um grupo multidisciplinar de investigadores e centros de investigação da Universidade do Porto e da Universidade de Coimbra, apoiados por uma equipa internacional de especialistas, a apresentar um plano de investigação que contribui para a mitigação e inversão desses efeitos adversos, através do estudo dos efeitos da Mudança Climática na saúde, qualidade devida e condição socioeconómica das pessoas idosas que vivem em áreas urbanas vulneráveis, usando os resultados desse estudo para desenvolver uma metodologia de planeamento/desenho urbano climaticamente responsivo e localmente participado. Em concreto, pretende-se: conhecer as condições morfológicas e socio-urbanísticas de áreas urbanas vulneráveis, localizadas na Área Metropolitana do Porto, num contexto de investimento público na reabilitação urbana em áreas e comunidades classificadas como desfavorecidas ou degradadas; compreender as práticas, perspetivas e representações que as populações mais velhas têm sobre esses espaços urbanos; e criar e avaliar um ametodologia de planeamento/desenho urbano, colaborativa e integradora (Clima, Lugares, Pessoas, Agências), que aumente a resiliência dos espaços públicos de utilização coletiva(urbanos / verdes), tornando-os mais amigos das pessoas idosas. Com esta investigação, a curto prazo (tempo de execução do Projeto), será criado um Manual de Planeamento/Desenho Urbano Climate-Responsive e Community-Based, que capacitará os stakeholders locais com poderes e funções no urbanismo (autarquias, juntas de freguesia, empresas, organizações, associações, universidades), para promoverem espaços públicos resilientes e com elevado nível de conforto térmico, num contexto de cocriação e participação das pessoas idosas. Estes trabalhos de criação e avaliação do Manual darão origem a uma base dados morfológicos, socio-urbanísticos e etnográficos, que a equipa de investigação usará para enriquecer a investigação científica (publicações, comunicações) e a formação académica superior (Mestrado, Doutoramento, Pós-Graduação), nos campos da Mudança Climática, Envelhecimento, Desenho Urbano Bioclimático, Saúde e Qualidade de Vida. A médio e longo prazo (pós-projeto), a equipa de investigação espera que o Manual desenvolvido seja replicado por um vasto número de agentes (nacionais / internacionais), de forma a mitigar os efeitos adversos da Mudança Climática, promovendo cidades e comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, com benefícios diretos na vida e no bem-estar de todos e em todas as idades. |
Resultados: |
Os resultados deste trabalho fornecerão um Manual para um Planeamento Urbano Baseado na Comunidade e Climaticamente Responsivo, em formato Opensource, para a comunidade científica, para os intervenientes locais e para as comunidades, em particular as pessoas idosas. Além disso, a construção do Manual contribuirá para enriquecer a investigação científica e inovação (publicações, comunicações) e a formação académica superior (mestrado, doutoramento, programas de pós-graduação), nas áreas das alterações climáticas, envelhecimento, saúde e qualidade de vida, e desenho urbano bioclimático.
A médio e longo prazo (após a conclusão do Projecto), a equipa de investigação do Projecto acredita que a replicação do Manual poderá contribuir para a inovação das práticas de planeamento e de conceção urbana, ajudando a mitigar e a reverter os efeitos adversos das alterações climáticas, promovendo, assim, a saúde e a qualidade de vida das pessoas idosas, e apoiando as suas condições socioeconómicas. |