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Urbanística

Código: AP2001     Sigla: AP2001     Nível: 200

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Arquitetura Paisagista

Ocorrência: 2018/2019 - A

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território
Curso/CE Responsável: Licenciatura em Arquitetura Paisagista

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
L:AP 34 Plano de Estudos Oficial 2 - 6 40,5 162

Língua de trabalho

Português
Obs.: Português

Objetivos

A disciplina de Urbanística propõe uma reflexão acerca dos significados inerentes aos contextos e processos de conformação e evolução da cidade e dos territórios da urbanização, observando os resultados dos diversos modelos, formas e escalas de actuação, no quadro dos respectivos agentes e pressupostos técnicos e operativos.
A compreensão da (intervenção na) cidade e território pressupõe naturalmente uma abordagem interdisciplinar e a correcta interpretação das relações entre as práticas urbanísticas e as estruturas físicas, sociais, económicas e políticas, as suas regras e características intrínsecas, identificando os factores de permanência e as dinâmicas de modificação inerentes aos próprios factos e processos a reconhecer.
Procura-se uma percepção objectivada e coerente dos fenómenos urbanos como resultantes e/ou determinantes da interacção entre programas, planos e projectos (de espaços públicos, de infra-estruturas e de arquitectura), das suas formas de concreção, articulação e gestão, sobretudo com a generalização das acções de planeamento urbano e territorial agregadores de diversas áreas de conhecimento científico.

Resultados de aprendizagem e competências

É pretendido o reconhecimento e interpretação crítica dos factos, estruturas e sistemas em presença nos territórios urbanizados, assim como das práticas e processos de formação e transformação que estão na sua origem. Procura-se, assim, capacitar o estudante para o actual debate disciplinar marcado pelas alterações das configurações territoriais da urbanização, alterações das relações socio-produtivas, e envolvimento de crescente número de actores, com consequências frequentemente imprevisíveis.
Para tal, será importante conhecer os autores, ideias e experiências fundamentais que, desde meados do séc. XIX, foram modelando a disciplina, assim como os seus contextos específicos e as condições particulares que possibilitaram a sua concretização. Mas, sobretudo, será necessário compreender a influência que tais modelos urbanos tiveram, e têm, nos modos de leitura e de transformação do espaço urbano e no debate disciplinar.
A procura de novas metodologias operativas adequadas aos modos e expectativas de vida dos habitantes e usuários da cidade contemporânea requere a fundamentação de uma clara ideia de cidade, atendendo a que “A planificação da cidade deverá informar-se nos resultados da sua própria experimentação como máquina não-banal capaz de mediar o processo heurístico do reconhecimento, condução estratégica e representação do estado da cultura urbana em que opera” (Bernardo Secchi, U92, set/1988).

Modo de trabalho

Presencial

Programa

I. Tempos de rápida transformação
Na Europa Ocidental, a Revolução Industrial marca o início de um tempo de aceleradas transformações no contexto económico, social e político, com profundas consequências para os modos de ocupação dos territórios. Novos problemas, de escala até então inédita, obrigam à proposta de novas formas de intervenção no espaço urbano guiadas pela crença no conhecimento científico, pelos novos meios tecnológicos disponíveis e por uma nova consciência social.
II. A invenção do mundo novo
Os problemas resultantes das aceleradas transformações agravavam-se e, sobretudo, tornavam-se mais evidentes ao concentrarem-se nas grandes metrópoles industriais, e ao serem divulgados e discutidos na imprensa que começava a formar uma nova opinião pública. Multiplicaram-se os discursos críticos face aos modos de organização do território e da sociedade. O espírito moderno, fundado na crença na razão e na tecnologia levou à proposta de alternativas radicalmente diferentes: a promessa de novos mundos perfeitos que se estabeleceram, até hoje, como base da nova disciplina urbanística, à espera de uma oportunidade para poderem ser aplicadas na realidade. “A nossa mais importante tarefa, no presente, é construir castelos no ar. Não devemos ter medo […]. Se as nossas eutopias brotarem das realidades do nosso meio ambiente, não será difícil colocar fundações sob elas” afirmava Mumford em 1922.
III. A institucionalização do urbanismo: ascensão e queda do Estado Social
A Grande Depressão de 1929 e a Segunda Grande Guerra trouxeram os diferentes modelos de Estado Providência, a necessidade de reconstrução da Europa, o baby boom e 30 anos de crescimento económico contínuo: era a oportunidade que se esperava. Os poderes públicos, agora reforçados, muniram-se de novos instrumentos de planeamento e intervenção para aplicarem, em grande escala, os modelos urbanos antes sonhados. A radicalidade da transformação das paisagens urbanas levou a uma nova onda de críticas. Foi o tempo da crítica e revisão dos modelos modernistas; o tempo do retorno à cidade histórica; o tempo de aprender a ler e trabalhar com a complexidade, a incerteza, a multiplicidade de actores envolvidos no processo de urbanização e a grande escala da urbanização extensiva resultante da rápida expansão que desafiava todos os modelos e fórmulas de gestão até aí desenvolvidos.
A crise de 1979 marca o fim dos 30 Gloriosos. A iniciativa privada assume-se como o principal motor da transformação do território, levando à reformulação dos instrumentos de planeamento e intervenção, agora de carácter regulador e com resultados questionáveis face a um mundo cada vez mais complexo. O projecto urbano emerge como alternativa que volta a reunir planeamento e desenho de Arquitectura. Em 2008, uma nova crise obriga, uma vez mais, a repensar os modelos e instrumentos de transformação do espaço urbano. 
IV. Um projecto para a urbanística
O último século foi um tempo de rápidas e violentas transformações, e de intensa produção de novas ideias, novas formas de ver o mundo. Vivemos hoje de modo profundamente diferente do que vivíamos no início do séc. XX, tal como são diferentes a leitura que fazemos dos territórios que habitamos e as condições que guiam a sua transformação. Importa, por isso, repensar a nossa ideia de cidade e do papel do urbanismo na transformação do meio que habitamos.

Bibliografia Obrigatória

ASCHER, François, PORTAS, Nuno (pref.); Novos Princípios do Urbanismo, seguido de Novos Compromissos Urbanos, um léxico,, Livros Horizonte, 2010
HALL, Peter; Cities of Tomorrow. An Intellectual History of Urban Planning and Design in the Twentieth Century,, Malden/Oxford, Blackwell, 1996
MARTÍN RAMOS, Ángel; Lo Urbano en 20 Autores Contemporáneos, Barcelona, UPC, 2004

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Serão ministradas aulas teóricas abordando temáticas instauradoras do programa da disciplina, observando exemplos relativos a programas, contextos e práticas diversificadas, recorrendo a referências bibliográficas e suportes gráficos seleccionados.
O formato compacto do curso visa sobretudo um primeiro enquadramento das principais correlações disciplinares, tendo em vista a orientação de aprofundamentos subsequentes por parte dos estudantes.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Teste 100,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Estudo autónomo
Total: 0,00

Obtenção de frequência

Testes complementados por caderno de estudo.
A avaliação baseia-se na média ponderada dos resultados de dois testes, correspondentes a cada um dos semestres, incluindo o caderno de estudo e de apoio aos testes.
Os testes destinam-se à aferição da capacidade de reflexão crítica acerca das matérias centrais ao programa da disciplina.
O caderno de estudo consiste em fichas de síntese individual das temáticas abordadas nas aulas e aprofundamento das mesmas suportado pela leitura crítica de textos (artigos ou partes de livros), com apontamentos escritos e registos gráficos, não se tratando de meros apontamentos das lições. Este caderno destina-se à aferição da capacidade de apreensão, aprofundamento e sistematização dos diversos conteúdos programáticos, estabelecendo as suas possíveis linhas de continuidade ou evidenciando contrastes, entre outros aspectos inerentes à reflexão acerca desses mesmos conteúdos.
Os testes serão com consulta, sendo que o caderno de estudo entregue com cada um dos testes corresponde a 15% (até 3 valores) da classificação deste instrumento de avaliação.

Fórmula de cálculo da classificação final

Fórmula de classificação final CF = [(0,85 T1 + 0,15 CE1) + (0,85 T2 + 0,15 CE1)] / 2

CF – classificação final;
T1 e T2 – teste do 1º e teste do 2º semestre;
CE1 e CE2 – caderno de estudo do 1º semestre e caderno de estudo do 2º semestre.

Se o aluno não obtiver uma classificação acima de 10 valores nem inferior a 8 valores, numa escala de 0 a 20, poderá submeter-se a uma terceira avaliação, sob a forma de teste de recurso.
O teste de recurso implica também a entrega do respectivo caderno de estudo, que será componente da sua avaliação, à imagem dos testes anteriores.
Não poderão efectuar o teste de recurso os alunos que tenham faltado aos dois testes realizados no final de cada um dos semestres, por falta de frequência da disciplina.
Se o aluno faltou apenas a um dos testes poderá completar a sua classificação final efectuando o teste de recurso.

Avaliação especial (TE, DA, ...)

De acordo com a regulamentação aplicável.

Melhoria de classificação

A classificação final pode ser objecto de melhoria através da realização do teste de recurso que abrange todo o programa da Unidade Curricular e não dispensa a entrega do caderno de estudo correspondente.
A classificação deste teste (Tr+CEr) substitui a média das notas obtidas nos testes anteriormente realizados.

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