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A madeira em contextos funerários tardios: as evidências de recurso a um material perecível

Título
A madeira em contextos funerários tardios: as evidências de recurso a um material perecível
Tipo
Capítulo ou Parte de Livro
Ano
2022
Livro
Páginas: 9-30
ISBN: 978-989-9082-51-9
Outras Informações
Resumo (PT): O estudo arqueológico do mundo funerário pressupõe a abordagem integrada aos espaços e topografi as da morte, assim como às materialidades neles sedimentadas. No quadro dessas materialidades, a madeira ocupa um lugar recorrentemente intangível, fruto do seu carácter perecível e do facto da sua preservação num tempo longo só ser possível em meios muito específi cos ou fruto da concretização de um leque estrito de processos. Não obstante, a utilização deste material biológico foi intensa, sobretudo nos períodos que privilegiaram o ritual de incineração dos defuntos, como o Alto Império Romano. Em contrapartida, a partir do século III e, mais vincadamente, do IV, a crescente adesão à inumação gerou transformações profundas na paisagem funerária. Neste âmbito, também as modalidades de recurso à madeira se alteraram, e o papel central que desempenhava enquanto combustível foi relegado para plano secundário. O registo arqueológico refl ecte essa mudança, com os testemunhos correlacionados com a Antiguidade Tardia e Alta Idade Média a tornarem-se progressivamente mais escassos. Ainda assim, é possível arrolar um conjunto de vestígios directos e indirectos, que demonstram a persistência do uso da madeira em ambiente funerário, ainda que sob novas formas, nomeadamente enquanto estrutura protectora, dispositivo de transporte ou receptáculo fi nal do corpo. Esses vestígios enformam o foco do presente texto, que pretende constituir-se não como um arrolamento exaustivo das ocorrências documentadas, mas como uma panorâmica sobre uma realidade parcamente afl orada, mas prenhe de possibilidades interpretativas a respeito de práticas e estratégias de enterramento.
Abstract (EN): The archaeological study of the funerary world implies an integrated approach to the spaces and topographies of death, as well as to the materialities therein sedimented. Within the framework of these materialities, wood occupies a recurrently intangible place, because of its perishable character and the fact that its long-term preservation is only possible in very specifi c environments or as a result of the implementation of a strict range of processes. Nevertheless, the use of this biological material was intense, especially in periods that favored the ritual incineration of the deceased, such as in the early centuries of the Roman Empire. By contrast, from the 3rd century and, more clearly, from the 4th, the growing adherence to inhumation generated deep transformations in the funerary landscape. In this context, the ways in which wood was used also changed, and its central role as fuel was relegated to a secondary plan. The archaeological record refl ects this change, with the testimonies correlated with Late Antiquity and the Early Middle Ages becoming progressively scarcer. Even so, it is possible to list a set of direct and indirect remains, which show the persistence of the use of wood in funerary environments, although under new forms, namely as a protective structure, transportation device, or fi nal receptacle of the body. These remains form the focus of the present text, which does not intend to be an exhaustive listing of documented occurrences, but rather an overview of a reality that is barely touched upon, although full of interpretative possibilities concerning burial practices and strategies.
Idioma: Português
Tipo (Avaliação Docente): Científica
Contacto: Disponível em: https://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/19620.pdf
Documentos
Nome do Ficheiro Descrição Tamanho
19620 263.23 KB
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