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Estética

Código: E102     Sigla: E102

Ocorrência: 2007/2008 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Grupo de Ciências da Arte
Instituição Responsável: Faculdade de Belas Artes

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
MADEP 0 Plano oficial de 2007 1 - 7,5 -
MDI 0 Plano Oficial 2006 1 - 7,5 -
MDTI 0 Plano Oficial 2007 1 - 7,5 -
ME 0 Plano oficial 2007 1 - 7,5 -
MEA 15 Plano Oficial 1 - 7,5 -
MPTD 0 Plano oficial 2007 1 - 7,5 -

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Dotar os alunos dos instrumentos conceptuais capazes de permitir o exercício e de reflexão crítica da criação e recepção das obras de arte. O contacto com um percurso temático que percorre alguns dos principais agentes de reflexão estética contemporâneos deverá potenciar a autonomia crítica e a interiorização da intrínseca interdependência entre a dimensão de produção e recepção artísticas e o discurso conceptual.

Programa

Assumindo o carácter constitutivamente problemático das relações de produção e de recepção de obras de arte, procuraremos apresentar a Estética como uma abordagem capaz de fornecer os um instrumentos conceptuais susceptíveis de, por um movimento de duplicação reflexiva dessa relação, permitir um aprofundamento da experiência da obra de arte.
Se entendermos a experiência artística como momento privilegiado de constituição representacional do real (isto é, de produção de cultura e de realidade), teremos de admitir a sua natureza inultrapassavelmente contextual: quer ao nível da sua produção, quer ao nível da sua recepção, a experiência da obra de arte é fruto do contexto cultural e epocal em que se desenvolve. Mas ela é também lugar de uma paradoxal experiência do tempo e da cultura: experiência de um momento inaugural que nunca é duplicável pelo movimento de recepção, e experiência de uma relação capaz de ultrapassar as coordenadas restritas do contexto em que emerge. A dimensão paradoxal da obra de arte e da relação estética surge novamente na sua articulação com a realidade, isto é, com a não arte: ao longo da história da cultura e do pensamento ocidentais esta foi uma relação a vários títulos problemática; sem pretendermos ultrapassar o carácter aporético desta relação, procuraremos pôr em evidência constitutivamente desta relação. De algum modo, a identidade de uma forma de arte, de um estilo particular ou de um projecto individual define-se na relação que estabelece com uma dada cosmovisão: a do contexto histórico e cultural no interior do qual emerge. Neste sentido, interrogarmo-nos hoje sobre a identidade e o estatuto da relação estética implica interrogarmos quer a própria Contemporaneidade quer a Modernidade da qual ela é herdeira.
Fruto de um longo processo de questionamento interno que atravessou a arte ao longo do século XX, deparamo-nos hoje com a dificuldade de consensualizar critérios de recepção crítica das obras de arte; estaremos perante um estado de pluralismo artístico que coloca em questão quer a noção de arte, quer os critérios do próprio espectador. Importa, pois, que nos detenhamos numa clarificação dos papéis dos diferentes intervenientes na relação estética: o produtor, o receptor, o crítico, os critérios de avaliação, sabendo, no entanto, que nenhum destes elementos é susceptível de uma definição estanque ou definitiva. Questionar os critérios de recepção estética da obra de arte é, simultaneamente, questionar o autor, a obra, o espectador, e o discurso que pensa a obra.
Apesar destas questões serem abordadas numa perspectiva preferencialmente temática, tal não impedirá a sua remissão circunstanciada para os pensadores à luz dos quais elas ganham pertinência e profundidade: de um modo sintético, privilegiaremos como referências conceptuais o pensamento de T. Adorno, Jacques Derrida, J-F: Lyotard, Arthur C. Danto, e Joseph Margolis.

- Tópicos a desenvolver

1 - Interrogar a Estética;
2- Interrogar a Arte;
3- a) Arte e Cultura: a arte como constituição representacional do real.
b) Arte, Tempo e História: a experiência da obra de arte entre o contexto e a transcontextualidade.
4 – Arte e Realidade: o problema da relação de dependência ontológica da representação face ao real.
5 - Arte e Modernidade: do real como modelo da arte à arte como modelo do real.
6 - Arte e Contemporaneidade: da pós-modernidade ao pluralismo artístico.
7- Critérios de recepção crítica da obra de arte: juízo de gosto, relativismo estético e heterorreferencialidade axiológica.
8 – Interpretação, Sentido e Intenção do Autor: o carácter constituinte da relação de recepção.
9 – A relação Forma / Conteúdo na identidade da obra de arte.
10 -Texto e imagem: a relação entre o logos e o figural.

Bibliografia Obrigatória

ADORNO, Theodor W.,, trad. Artur Mourão; - Teoria Estética, Edições 70, Lisboa, 1993.
BENJAMIN, Walter; , Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, Relógio D’Água, Lisboa, 1992
CHATEAU, Dominique; Duchamp et Duchamp, L’Harmattan, Paris, 1999
DANTO, Arthur C; The Transfiguration of the Commonplace: A Philosophy of Art, Harvard University Press, Cambridge, Massachusetts, 1981
DANTO, Arthur C; After the End of Art: Contemporary Art and the Pale of History, Princeton University Press, Princeton, New Jersey, 1997
DICKIE, George; Introduction to Aesthetics: An Analytic Approach, Oxford University Press, 1997
DERRIDA, JACQUES; trad. Joaquim T. Costa e António M. Magalhães; Margens da Filosofia, Rés Editora
FERRY, L., trad. de Miguel Serras Pereira; Homo Aesteticus : A Invenção do Gosto na Era Democrática, Almedina, Coimbra, 2003
GOMES, Helder; Relativismo Axiológico e Arte Contemporânea: De Marcel Duchamp a Arthur C. Danto; Critérios de Recepção Crítica das Obras de Arte, Edições Afrontamento, Porto, 2004
JANAWAY, Christopher; Images of Excelence: Plato’s Critique of the Arts, Claderon Press, Oxford, 1995
JIMENEZ, Marc; Qu’Est-Ce Que l’Esthétique ?, Éditions Gallimard, Paris, 1997
LYOTARD, Jean-François; Discours, Figure, , Klincksieck
MARGOLIS, Joseph; Interpretation Radical But Not Unruly: The New Puzzle of the Arts and History, University of California Press, Berkeley, 1995
MARGOLIS, Joseph; What, After All, Is a Work of Art?, The Pennsylvania S. University Press, 1999
ROCHLITZ, Rainer; L’Art au Banc d’Essai: Esthétique et Critique, Gallimard, Paris, 1998
SCHAEFFER, Jean-Marie; L’art de l’Âge Moderne: L’Esthétique et la Philosophie de L’Art du XVIII Siècle à Nos Jours, Éditions Gallimard, Paris, 1992

Observações Bibliográficas

Esta é uma bibliografia genérica; para cada tema será fornecida uma bibliografia específica.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Seminário: Apresentação, análise e comentário de textos.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Descrição Tipo Tempo (Horas) Peso (%) Data Conclusão
Aulas da disciplina (estimativa) Participação presencial 39,00
Total: - 0,00

Obtenção de frequência

De acordo como o R.R.E.A., a existência de assiduidade implica a presença a 75% das aulas previstas.

Fórmula de cálculo da classificação final

A componente distribuída da avaliação é fornecida pela participação do aluno nas aulas; neste sentido, obtenção de aprovação nesta cadeira está sujeita ao cumprimento do pré-requisito de assiduidade; esta é definida, de acordo com as normas emanadas do Senado da U. P. como a presença a um mínimo 75% das aulas previstas.
A componente de exame final é fornecida pela apresentação de um ensaio com número mínimo de 15 páginas e máximo de 20, subordinado a tema a acordar entre o discente e o docente, e sujeito a apresentação pública no decorrer do seminário.

Critérios de avaliação das duas componentes:
— Rigor científico e conceptual;
— Distanciamento crítico;
— Conhecimentos específicos demonstrados;
— Participação e interesse demonstrados.
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