Arte e Tecnologia
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Ciclos de Estudo/Cursos
Docência - Responsabilidades
Língua de trabalho
Português
Objetivos
A unidade curricular Arte e Tecnologia propõe mapear o espaço entre arte e técnica na cultura contemporânea. Mapeamento este que será elaborado em conjunto, tendo como pontos de partida a arte contemporânea no âmbito das suas articulações e o cruzamento de vários contextos teóricos e práticos. Se considerarmos que não há uma metodologia singular para “o fazer”, a viabilidade actual da articulação da arte com a técnica será problematizada a partir das relações de paixão e de decepção, assim como, através de uma variedade de práticas.
Neste sentido, o objectivo geral desta unidade curricular será a reinvenção e a imaginação das possíveis aproximações a esta articulação e a procura de respostas teórico-práticas.
Resultados de aprendizagem e competências
- Compreender a complexidade da articulação entre arte e tecnologia e detectar muitos dos paradoxos imersos na cultura.
- Testar o espaço de tensão que se abre entre arte e técnica, colocando nele objectos. Testar, ao invés, a viabilidade actual desta articulação (ambos no sentido prático e através de trabalhos práticos).
- Desenvolver uma crítica das problemáticas contemporâneas relacionadas com a arte e a tecnologia.
- Desenvolver capacidades teóricas e reflexivas que se manifestam na prática artística individual.
- Desenvolver metodologias artísticas que articulam teoria e prática.
Modo de trabalho
Presencial
Programa
O programa de Arte e Tecnologia desenvolve-se em torno de três grandes temas ou ESCALAS que definem a discussão e as propostas de trabalho. São também estes temas os indícios e as ferramentas para os vários mapeamentos.
ESCALA 3: Iniciando por uma abordagem directa e crítica à actualidade, será discutida a tensão instalada entre os dois termos fundamentais, arte e técnica, através dos objectos e os seus anúncios. Objectos artísticos certamente, mas também os objectos técnicos e teóricos (especulativos). A colocação dos objectos no centro — entre as mãos e os olhos — abre por si um espaço a testar.
ESCALA 2: Incidiremos de seguida sobre a temática “arte e media”, para pensar as articulações e as mediações das práticas artísticas contemporâneas. Perguntaremos, que media? Pós-media? Ou arte sem media? Questões estas que se destinam à reflexão sobre os media da arte, ou do “fazer com .... alguma coisa”, que colocam o humano e o seu trabalho em questão.
ESCALA 1: A terceira parte do programa incidirá antes sobre o “gestos e dispositivos". Se considerarmos que sempre “se fez com alguma coisa”, talvez na observação do gesto - seja este aparelhado ou despojado - se cruzem várias importâncias para os mapeamentos e para a compreensão das praticas artísticas.
O programa desenvolve-se segundo um ajustamento de ESCALAS no âmbito temático e conceptual, da 3 para 1, iniciando numa percepção geral da actualidade que se encaminha para o mínimo gesto artístico.
Bibliografia Obrigatória
Maria Teresa Cruz;
Interactividades. ISBN: 972-97296-0-3
Boris Groys;
In the flow. ISBN: 978-1-78478-351-8
Godofredo Pereira;
Objetos selvagens. ISBN: 978-972-27-2069-4
Hermínio Martins;
Hegel, Texas e outros ensaios de teoria social. ISBN: 972-8293-08-9
Observações Bibliográficas
Bibliografia Estrutural:
(2020), AAVV,
Pós-Humano. Que Futuro? Antologia de textos teóricos. Bernardino, Lígia; Freitas, Marinela; Soeiro, Ricardo Gil, orgs. V. N. Famalicão: Edições Húmos.
(2022) Braidotti, Rosi; Jones, Emily; Klumbyte, Goda,
More Posthuman Glossary, London: Bloomsbury Academic.
(2006) Cruz, Maria Teresa; "Arte e Medi"a, in
Arte e Comunicação, RCL 37, Lisboa: Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens e Relógio D’Água
(1999) Flusser, Vilém; Les Gestes, Paris: HC - D’Arts (Disponível também em ENG e ES)
(2020) Hui, Yuk. "Máquina e Ecologia", in TECNODIVERSIDADE.São Paulo: UBU Editora.
(2011) Martins, Hermínio; "O Deus dos Artefactos: o princípio de Vico e a tecnologia", in
Experimentum Humanum: Civilização Técnológica e Condição Humana. Relógio D’Água Editores.
(2023) Seu, Mindy, Cyberfeminism Index. Inventory Press.
(2010) Mondzain, Marie-José; "L'image entre provenance et destination", in
Penser L'Image, Emmanuele Alloa (ed.), Les Press du réel. (disponível também em PT).
(2008) Simondon, Gilbert; “Introduction” e “Objet technique abstrait et objet technique concret”, in
Du mode d’existence des objets techniques, Paris: Aubier-Montaigne (disponível também PT e ENG)
(2011) Zielinski, Siegfried; Thinking about art after the media: research as practised culture of experiment, The Routledge Companion to Research in the Arts, London e New York: Routledge.
Será acrescentado aos grupos temáticos objectos da literatura e objectos artísticos específicos que materializam operatividades exemplares para entender as complexidades contemporâneas das articulações entre arte e tecnologia. O conjunto das referências são base de estudo, dispostas numa página própria da UC e apresentadas como um processo editorial do "universo de pesquisa" da UC.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Esta unidade curricular, associada a um fazer próprio e a uma prática, adquire uma dimensão experimental das metodologias e das práticas, assim como da escrita. E desenvolve-se em formato de seminário com a intensa colaboração do conjunto de estudantes.
O estudo autónomo dos temas e dos conceitos próprios do programa será o alicerce e, sobretudo, o estímulo do cérebro e das mãos. Este estudo é obrigatório.
A partir das discussões da bibliografia e da apresentação de objectos específicos nas aulas serão lançadas propostas de trabalho nas quais se pretende operar a ligação entre teoria e prática.
Todas as propostas serão acompanhadas, apresentadas e discutidas nas aulas presenciais.
Recurso a aulas de exposição, entendendo o estudo autónomo da bibliografia e dos objetos convocados para o desenvolvimento dos temas.
Desenvolvimento de uma plataforma digital de edição partilhada que constrói e apresenta o "universo de pesquisa" da UC (objetos teóricos e práticos em discussão), mas também das pesquisas individuais.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Participação presencial |
10,00 |
Trabalho escrito |
35,00 |
Trabalho prático ou de projeto |
55,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Frequência das aulas |
50,00 |
Trabalho de investigação |
20,00 |
Estudo autónomo |
20,00 |
Elaboração de projeto |
10,00 |
Total: |
100,00 |
Obtenção de frequência
a ) Apresentação e realização das
3 propostas de trabalho:
Duas coletivas inteiramente práticas e de resposta rápida (prática artística apresentada em aula que reage aos estudos teóricos e à discussão em aula).
Uma individual de aprofundamento teórico-prático (trabalho escrito articulado com o trabalho da prática artística individual).
b ) Frequência e participação, interesse científico e respeito dos prazos de entrega.
Fórmula de cálculo da classificação final
Propostas práticas: 30% (são duas)
Proposta teórico-prática: 70% (35% trabalho teórico + 35% trabalho prático, individual)
Para a ponderação do valor a atribuir a cada uma das propostas de trabalho é considerado o seguinte:
Assiduidade,
Participação,
Cumprimento dos prazos de entrega.
Melhoria de classificação
Sem exame.