Arte e Tecnologia
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Multimédia |
Ocorrência: 2021/2022 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
Língua de trabalho
Português
Objetivos
A unidade curricular Arte e Tecnologia propõe mapear o espaço entre arte e técnica na cultura contemporânea. Mapeamento este que será elaborado por todos, tendo como pontos de partida a arte contemporânea no âmbito das suas articulações e o cruzamento de vários contextos teóricos e práticos. Se considerarmos que não há uma metodologia singular para “o fazer”, a viabilidade actual da articulação da arte com a técnica será problematizada a partir das relações de paixão e de decepção, assim como, através de uma variedade de práticas.
Neste sentido, o objectivo geral desta unidade curricular será a reinvenção e a imaginação das possíveis aproximações a esta articulação e a procura de respostas teórico-práticas.
Resultados de aprendizagem e competências
- Compreender a complexidade da articulação entre arte e tecnologia e detectar muitos dos paradoxos imersos na cultura.
- Testar o espaço de tensão que se abre entre arte e técnica, colocando nele objectos. Testar, ao invés, a viabilidade actual desta articulação (ambos no sentido prático e através de trabalhos práticos)
- Desenvolver uma crítica das problemáticas contemporâneas relacionadas com a arte e a tecnologia.
- Desenvolver capacidades teóricas e reflexivas que se manifestam na prática artística individual.
- Desenvolver metodologias artísticas que articulam teoria e prática.
Modo de trabalho
Presencial
Programa
O programa de Arte e Tecnologia desenvolve-se em torno de três grandes temas (ESCALAS) que definem a discussão e as propostas de trabalho. São também estes temas os indícios e as ferramentas para os vários mapeamentos.
ESCALA 3: Iniciando por uma abordagem directa e crítica à actualidade, será discutida a tensão instalada entre os dois termos fundamentais, arte e técnica, através dos objectos e os seus anúncios. Objectos artísticos certamente, mas também os objectos técnicos e teóricos (especulativos). A colocação dos objectos no centro — entre as mãos e os olhos — abre por si um espaço a testar.
ESCALA 2: Incidiremos de seguida sobre a temática “arte e media”, para pensar as articulações das práticas artísticas contemporâneas. Perguntaremos, que media? Pós-media? Ou arte sem media? Questões estas que se destinam à reflexão sobre os media da arte, ou do “fazer com .... alguma coisa” que coloca o humano e o seu trabalho em questão.
ESCALA 1: A terceira parte do programa incidirá antes sobre o “gesto”. Se considerarmos que sempre “se fez com alguma coisa”, talvez na observação do gesto - seja este aparelhado ou despojado - se cruzem várias importâncias para os mapeamentos.
O programa desenvolve-se segundo um ajustamento de ESCALAS no âmbito temático e conceptual, da 3 para 1, iniciando numa percepção geral da actualidade que se encaminha para o mínimo gesto artístico.
Bibliografia Obrigatória
Giorgio Agamben;
What is an apparatus?. ISBN: 978-0-8047-6230-4
Maria Teresa Cruz;
Interactividades. ISBN: 972-97296-0-3
Boris Groys;
In the flow. ISBN: 978-1-78478-351-8
Godofredo Pereira;
Objetos selvagens. ISBN: 978-972-27-2069-4
Antony Hudek;
The^Object. ISBN: 978-0-85488-218-2
Observações Bibliográficas
Bibliografia Estrutural:
Agamben, Giorgio.; Notas sobre o Gesto, CECL/FCSH-UNL e Câmara Municipal de Lisboa-Departamento de Cultura, 1997 (Bibliografia cedida na aula)
Cruz, Maria Teresa; Arte e Media, Arte e Comunicação, RCL 37, Lisboa: Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens e Relógio D’Água, 2006 (Bibliografia: (cedida na aula)
Flusser, Vilém; Les Gestes, Paris: HC - D’Arts, 1999 (Bibliografia cedida na aula)
Martins, Hermínio; O Deus dos Artefactos: o princípio de Vico e a tecnologia, Relógio D’Água Editores, 2011 (Bibliografia cedida na aula)
Simondon, Gilbert; “Introduction” e “Objet technique abstrait et objet technique concret”, in Du mode d’existence des objets techniques, Paris: Aubier-Montaigne, 2008 (Bibliografia cedida na aula)
Zielinski, Siegfried; Thinking about art after the media: research as practised culture of experiment, The Routledge Companion to Research in the Arts, London e New York: Routledge, 2011 (Bibliografia cedida na aula)
Para além da bibliografia estrutural do programa serão acrescentados aos grupos temáticos objectos da literatura e objectos artísticos específicos que materializam operatividades exemplares para entender as complexidades contemporâneas desta ligação. Estas referências são dispostas num blog próprio da UC e apresentadas como um processo editorial do "universo de pesquisa" de Arte e Tecnologia.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Esta unidade curricular, associada a um fazer próprio e a uma prática, adquire uma dimensão laboratorial, quer dizer, experimental.
O estudo autónomo dos temas e dos conceitos próprios do programa será o alicerce e, sobretudo, o estímulo do cérebro e das mãos.
A partir das discussões e da apresentação de objectos específicos nas aulas serão lançadas propostas de trabalho nas quais se pretende operar a ligação entre teoria e prática.
Todas as propostas serão acompanhadas, apresentadas e discutidas nas aulas presenciais.
Recurso a aulas de exposição, entendendo o estudo autónomo da bibliografia e dos objectos convocados para o desenvolvimento dos temas.
Desenvolvimento de uma plataforma digital de edição partilhada que constrói e apresenta o "universo de pesquisa" da UC, mas também as pesquisas individuais.
As aulas serão preferencialmente presenciais, mas devido ao período de pandemia que atravessamos, podem ser divididas alternadamente por sessões em formato à distância.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Participação presencial |
10,00 |
Trabalho escrito |
35,00 |
Trabalho prático ou de projeto |
55,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Frequência das aulas |
20,00 |
Trabalho de investigação |
30,00 |
Estudo autónomo |
20,00 |
Elaboração de projeto |
30,00 |
Total: |
100,00 |
Obtenção de frequência
Apresentação e realização das 3 propostas de trabalho: duas inteiramente práticas e de resposta rápida e uma indivídual de aprofundamento teórico-prático.
Frequência e participação, interesse científico e respeito dos prazos de entrega.
Fórmula de cálculo da classificação final
Propostas práticas: 30% (são duas)
Proposta teórico-prática: 70% (35% trabalho teórico + 35% trabalho prático, individual)
Para a ponderação do valor a atribuir a cada uma das propostas de trabalho é considerado o seguinte:
Assiduidade,
Participação,
Cumprimento dos prazos de entrega.
NO CONTEXTO não presencial, o trabalho será dirigido para uma plataforma on-line de edição individual.
Melhoria de classificação
Sem exame.
Observações
Planeamento previsto para as aulas: As aulas serão preferencialmente presenciais, mas devido ao período de pandemia que atravessamos, podem ser divididas alternadamente por sessões em formato à distância:
AULAS TEÓRICAS: lecionação à distância em modo síncrono para todo o grupo de estudantes.
AULAS PRÁTICAS: lecionação presencial, dividindo o grupo de estudantes em horários ou semanas alternadas.