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Moldagem e Fundição

Código: MF500     Sigla: MF

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Artes Plásticas

Ocorrência: 2020/2021 - 2S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Artes Plásticas
Curso/CE Responsável: Licenciatura em Artes Plásticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
AP 15 Plano de estudos oficial 2011 2 - 4,5 64 121,5
3
4

Língua de trabalho

Português

Objetivos

A UC marca como objectivo geral primordial apresentar o universos dos processos de moldagem e fundição de metais como espaços de investigação do processo e discurso artístico contemporâneo, onde o estudante poderá colocar em perspectiva o seu trabalho autoral e complementar as suas competências nestas áreas de produção.
Com foco nos processos de fundição por cera perdida e por calcamento em areia, esta UC pretende, no apoio à idealização, produção e finalização de projectos que envolvam moldagem e metal fundido, apresentar o seu espaço oficinal como laboratório de experimentação de matérias, métodos e tecnologia, que lhe são próprias, viabilizando outros olhares sobre o seu complexo, no geral e na relação com a arte contemporânea, na assunção da fundição de metais, como território de possibilidade de investigação académica, prática/teórica, no universo das Artes Plásticas - Escultura.
Outros objectivos gerais serão:
- consciencialização dos princípios gerais da tecnologia de fundição de metais;
- aplicação dos princípios da fundição artística de pequeno formato;
- refinamento na prática dos processos de fundição por cera perdida e por calcamento em areia;
- consciencialização da prática de manipulação das diferentes matérias envolvidas nos processos de moldagem e fundição: ceras, areias, gesso cerâmico, gesso refractários, metais e ligas de metais;
- aplicação das regras de segurança pessoal e colectiva, no manuseamento dos equipamentos de apoio e na generalidade das acções, das diferentes etapas dos processos de fundição;
- experimentação de diversos processos de moldagem, associados ao campo artístico, e aplicados na reprodução de modelos para fundição;
- refinamento da prática de oficina de moldagem e fundição, na relação e coordenação com as diferentes necessidades de atelier criativo e de escultura;
- refinamento da relação de trabalho colectivo e observação das normas de respeito e atenção pelo outro;
- Reflexões e análises críticas sobre os universos da Moldagem e da fundição de metais no contemporâneo;
- Competência de investigação, comunicação e inovação (recolha, seleção e tratamento personalizada de informação);
- refinamento da capacidade de gestão de recursos (espaço de trabalho, equipamento e materiais).

Como objectivos específicos serão apontados:
- exploração de expressão individual, na proposta e produção de projectos que envolvam moldagem e metal fundido;
- consciencialização e uso do espaço criativo implícito na gestão pessoal entre processos de moldagem, fundição e reprodução;
- Reflexão entre espaço positivo e negativo, forma e molde, modelo e reprodução;
- Conquista de autonomia nos processos de moldagem e fundição, no uso, manipulação e gestão das matérias utilizadas, bem como, ferramentas de apoio;
- pesquisas de enquadramento de moldagem e fundição associadas ao campo artístico contemporâneo, e interdependências metodológicas com outras áreas de produção;

Resultados de aprendizagem e competências

Os Resultados da Aprendizagem desta Unidade Curricular ficarão plasmados, quer em moldes e modelos, quer em peças de fundição de chumbo, de alumínio, de liga de Latão e Bronze, que os estudantes desenvolverão na prática e na integra. Quer ainda, em relatórios que organizam perante investigação sobre temas relacionados com as matérias base, a fundição e a moldagem, no geral e na relação com a arte contemporânea, cruzados com o seu próprio trabalho e com os seus autores de referencia.
A UC promove o relacionamento do estudante com os fazeres ligados à oficina de moldagem e fundição, em estreito relacionamento e respeito como o espaço de atelier escultórico, baseado na interdependência do processos criativo com a liberdade de experimentação. Promove-se espaço criativo implícito na gestão pessoal entre a fundição artística e a tecnologia de fundição, entre processos de moldagem, reprodução e fundição de metal e processo criativo idiossincrático. Instiga-se os estudantes a conquistarem os seus resultados, num ambiente propício e com apoio específico, de modo sistematicamente mais autónomo. Isto é, desde a preparação das diferentes matéria, à organização das estruturas necessárias, à execução dos modelos, controlo das diferentes etapas de produção, até ao refinamento e acabamento final das peças produzidas. Procura-se a consciencialização das possibilidades da fundição artística desenvolvida seguindo os princípios da tecnologia de fundição de metais, apropriada para a fundição de pequeno formato, orientados pela informação fundamental de José M. G. De Carvalho Ferreira e Steve Hurst.

As Competências desta Unidade Curricular são:
- capacidade de idealização, produção e finalização de obra artística, partindo da moldagem e fundiçaõ, ou com necessidade de apoio dos processos e matérias que se lhe associam;
- distinção do campo de aplicação dos diversos processos de fundição abordado;
- distinção do campo de aplicação das diversas matérias metálicas, mediante as suas características físicas e os seus processos de transformação;
- capacidade de selecção e controlo das matérias metálicas e sua composição;
- capacidade de selecção e execução de diversos processos de moldagem;
- manipulação, controlo e elaboração das matérias de moldagem segundo os objectivos do trabalho a executar;
- investigação, enquadrada no universo das práticas artísticas contemporâneas, dos processos de moldagem e fundição de metais, sua evolução histórica e actuais aplicações;

Modo de trabalho

Presencial

Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)

Para cumprir os objectivos da UC, os resultados e as competências que obviamente se pretendem inscrever na investigação e questionamento do campo artístico contemporâneo, os estudantes devem estar apoiados por capacidades adquiridas e gosto pelo desenho e modelação, por capacidade, interesse e ambição em formular projecto no âmbito das Artes Plásticas, moldagem e fundição de metais.

Programa

A fundição de metais é uma actividade humana que remonta, perante o nosso conhecimento actual, a mais de quatro milénios A.C. Num continuo evolutivo, até aos dias de hoje, a história civilizacional humana é marcada pelas suas fases: Idade do Cobre, do Bronze, do Ferro. José M. G. De Carvalho Ferreira escreve no seu livro Tecnologia da Fundição que a “fundição irá continuar a ser um dos mais versáteis processos tecnológicos de fabrico no futuro… composto por métodos, processos e técnicas para conformação de metais fundidos, e para a sua solidificação controlada.”

Nesta UC realizaremos um foco independente para a fundição artística que, para lá da magia da transformação da matéria metal em forma, a versatilidade apontada pelo autor, permite um enorme campo de investigação, para os processos criativos dos artistas.

Neste sentido, esta UC promove a compreensão dos processos de moldagem e fundição ao longo da história, até aos nossos dias, pretendendo enquadrar as suas propostas num quadro mais específico da cultura contemporânea e da história das artes plásticas. Promove, também, o refinamento dos processos do fazer e a participação dos estudantes em todas as fases de produção, enquanto método para a compreensão alargada, das questões tecnológicas e de segurança, que se associam a Moldagem e Fundição.

As propostas apresentadas ao estudantes são processos de comunicação com realidades mais complexas, com universos específicos das artes plásticas, mas também, da industria e novas tecnologias, necessitando de enquadramento vivencial, visual e teórico, acrescido às possibilidades espaço/temporais que a UC comporta. Esta UC desenvolve acções de produção junto de parceiros institucionais e outras UCs da LAP, enquanto processo de compreensão de um enquadramento mais amplo para Moldagem e Fundição.

As propostas relacionam os estudantes com o fazer ligado aos processos de moldagem e fundição de metais, instigando-o a conquistar os seus resultados, partindo de projectos pessoais, de modo sistematicamente mais autónomo, num ambiente propício e com apoio específico. Desde a preparação das diferentes matéria, à organização das estruturas necessárias, à execução dos modelos, controlo das diferentes etapas de produção, até ao refinamento e acabamento final das peças produzidas.

Procura-se a consciencialização das possibilidades da fundição artística desenvolvida segundo os princípios da tecnologia de fundição de metais, apropriada para a fundição de pequeno formato, focada nos processos de fundição por cera perdida e por calcamento em areia.

Os Resultados da aprendizagem desta UC ficarão plasmado em peças produzidas por processos de moldagem e fundição, cera perdida e calcamento em areia, em chumbo, alumínio, liga de latão e de bronze.

Ficarão, também, resultados registados, na produção de investigações, que os estudantes conduzam, permitindo novos olhares criativos sobre estas actividades, partindo de reflexões sobre o contemporâneo das artes, nomeadamente da escultura, que impliquem processos de moldagem e metal fundido. A versatilidade a apoiar outras perspectivas de investigação partindo ou revistando relações com obras e autores, nacionais e internacionais, como Pedro Croft e Richard Serra; Alberto Giacometti e Constantin Brancusi; Jasper Johns e Marcel Duchamp; Sherrie Levine e Rachel Whiteread; Anish Kapoor e muitos outros.

Bibliografia Obrigatória

CARDOSO, Armando; Manual do Fundidor. Livro I e II. Lisboa, : Livraria Bertrand, 1976
FERREIRA, José M. G. Carvalho; Tecnologia da Fundição, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, , 2010. ISBN: 978-972-31-0837-8
FERRO, Rui; - Processos de Moldagem na FBA.UP, 2005 (http://biblioteca.fba.up.pt/docs/Rui_Ferro/O_LIVRO.PDF))
Langland, Tuck; Pratical Sculpture, Prentice - Hall International (UK) Limited, London, 1988. ISBN: 0-13-692179-5
Hurst Steve; Metal Casting, 1996. ISBN: 1-85339-197-2
Aspin B. Terry; Foundrywork for the Amateur, 1984. ISBN: 0-85242-849-9
Irving Donald J.; Sculpture

Bibliografia Complementar

BUSKIRK, Martha; The contingent object of contemporary art, London: The Mit Press, 2005. ISBN: 0-262-52442-2
PERCY, H.M; New materials in sculpture, London: Alec Tiranti, 1970. ISBN: 0 85458 996/1
CRUZ, António. S.; VIDIGAL, António; BRANCO, Cristina; VALDIVIESO, Fernando M; Fundição com Modelo Perdido - Aplicação de materiais de última geração à fundição escultórica com a utilização de molde químico. Emprego do Poliestireno Expandido como modelo gaseificável: , Biblioteca d'Artes - Cadernos. vol. , 2002. ISBN: 972-98505-5-0
CELLINI, Benvenuto; - Tratados de orfebrería, escultura, dibujo y arquitectura. Trad. Juan Calatrava Escobar. , Madrid: Ediciones Akal, , 1989. ISBN: 84-7600-392-7

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

A gestão do programa é efectuada no apoio à proposta que se remete aos alunos ou aos seus projectos pessoais, visando a cobertura dos Conteúdos acima definidos, tendo como objectivo o desenvolvimento das capacidades que são enumeradas no ponto referente a Objectivos. Estes são a coluna vertebral de toda a estratégia pedagógica, uma vez que é em torno deles e da sua definição que são mobilizadas todas as outras acções, nomeadamente:

1) Apresentações teórico –práticas de aspectos plásticos e técnicos envolvidos no desenvolvimento dos trabalhos;

2) confronto com exemplos da Arte de épocas diversas e da prática artística contemporânea, mediante os meios disponíveis (projecção de imagens, vídeo ou outros);

3) Visitas de estudo a exposições, museus, oficinas, e outras cujo interesse e oportunidade sejam adequados ás características do exercício em curso ou se traduzam numa mais-valia para a formação artística dos alunos deste nível;

4) Discussão individual ou colectiva dos ante-projectos dos alunos;

5) Discussão individual ou colectiva, centrada nas diversas fases de execução dos projectos;

6) Momento colectivo de reflexão e análise critica do conjunto de resultados obtidos.

Os alunos serão acompanhados em todas as sessões pelo docente e terão oportunidade de recorrer ao espaço e equipamento fora destas sessões com a supervisão do docente, quando solicitado.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 20,00
Trabalho escrito 20,00
Trabalho prático ou de projeto 60,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Elaboração de relatório/dissertação/tese 22,50
Frequência das aulas 64,00
Trabalho laboratorial 35,00
Total: 121,50

Obtenção de frequência

A Avaliação é distribuída, sendo porém exercida a dois níveis:

Primeiro nível: corresponde à avaliação a que é submetido o resultado de cada trabalho concluído, em confrontação com os processos aplicados e o cumprimento dos objectivos;

Segundo nível: avaliação da progressão do aluno ao longo do semestre, perante dossier que o próprio compila, através do qual é possível reconstituir uma visão evolutiva de conjunto.

Sendo assim, a obtenção de frequência a esta Unidade Curricular depende de:

1- participação activa nas sessões de trabalho calendarizadas;

2- cumprimento dos objectivos e resultados pretendidos em cada proposta;

3- entrega de um dossier com a compilação da investigação realizada em termos de matérias e processos, ilustrada pelos resultados obtidos ;

4- participação na exposição colectiva dos resultados finalizados na sala da Unidade Curricular, limpa e arrumada;

Fórmula de cálculo da classificação final

1.os resultado de cada trabalho concluído são analisados, criticados e classificados em três secções:

- projecto / modelos [correspondendo a 33% da classificação de cada trabalho];

- moldações [correspondendo a 33% da classificação de cada trabalho];

- fundição [correspondendo a 33% da classificação de cada trabalho];

2.os trabalhos propostos correspondem a 60% da classificação final do ano;
3.o dossier de investigação e registo de percurso de trabalho corresponde a 20% da classificação final do ano;
4.a participação diligente nas sessões corresponde a 20% da classificação final do ano;

Provas e trabalhos especiais

Não se aplica

Avaliação especial (TE, DA, ...)

Conforme o estipulado no Regulamento do regime de Estudos e de Avaliação da FBAUP, a avaliação às disciplinas teórico-práticas é contínua, sem prejuízo de combinação com outras modalidades de avaliação. Embora sem registo de faltas, a presença assídua às aulas deve assegurar informação qualitativa e quantitativa a qualquer momento, independentemente dos períodos fixados para a avaliação. A informação referida é assegurada através do desenvolvimento regular de trabalhos práticos e respectivo enquadramento de reflexão teórica. Dadas as características da modalidade de avaliação contínua (avaliação distribuída sem exame final), são factores de ponderação para a avaliação/classificação final, a participação efectiva/presencial do aluno(a) nos espaços de oficina, o desempenho e capacidade de produção, natureza e originalidade do projecto e consequente leitura dos procedimentos e estratégias de consumação.

Melhoria de classificação

Frequência na UC no ano seguinte.

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