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Atelier II - Escultura

Código: AEII     Sigla: AEII

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Artes Plásticas/Escultura

Ocorrência: 2019/2020 - A

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Artes Plásticas
Curso/CE Responsável: Licenciatura em Artes Plásticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
AP 25 Plano de estudos oficial 2011 3 - 24 288 648

Língua de trabalho

Português - Suitable for English-speaking students

Objetivos

 

  • Contribuir para uma progressiva autonomia do estudante no desenvolvimento de um pensamento e de uma atitude exploratória na construção de projectos escultóricos que exprimam um universo pessoal.

  • Debater e apoiar a resolução de problemas plásticos, conceptuais e tecnológicos inerentes ao processos da construção tridimensional na sua relação com o espaço.

  • Desenvolver competências teórico-práticas no âmbito da composição tridimensional e de estruturação conceptual em consonância com os desafios propostos;
  • Problematizar processos e modos de encarar a experimentação artística na sua relação diária com o espaço de atelier.

  • Valorizar conhecimentos tangenciais e complementares resultantes das pesquisas desenvolvidas no âmbito de outras áreas curriculares ou territórios contextuais imprevisíveis.

  • Estimular uma relação crítica com o pensamento e prática artística actual na sua diversidade disciplinar.

  • Desenvolver a capacidade de comunicação dos projectos pessoais, assim como, potenciar instrumentos de análise e reflexão crítica do próprio trabalho e dos seus pares.

  • Valorizar o investimento permanente na autodescoberta e motivar uma prática de procura constante pelo sentido da originalidade de cada estudante. Originalidade que não se reconhece tanto na ideia do fazer diferente ou do fazer novo, mas na ideia de fazer caminho na direcção da origem.

Resultados de aprendizagem e competências

No final da UC de Atelier II – Escultura o estudante deverá ser capaz de gerar e desenvolver com autonomia e responsabilidade um projecto fundado em inquietações pessoais desde as suas concepções iniciáticas até à sua finalização, demonstrando capacidade de concretização técnica, reflexão conceptual e organização metodológica.

Modo de trabalho

Presencial

Programa

A Uc Atelier II - Escultura tem por vocação primordial oferecer espaço para o pensamento e experimentação artística em torno das relações entre o corpo, o objecto e o espaço. No essencial traça um percurso exploratório que promove o aprofundamento da inteligibilidade, limites e possibilidades da construção tridimensional contemporânea e suas formas de visibilidade, mantendo um rigoroso compromisso com uma atitude processual que objectiva, de forma progressiva, a construção do estudante enquanto pessoa e autor.

Por conseguinte, estrutura-se em quatro grandes territórios que informam a globalidade do percurso:

a) Representação e subjectividade: O que é representar?; Representação versus apresentação; a auto-representação (entre o ser e o parecer/corpo/identidade/memória); representar como estratégia de poder (o autor) (M. Foucault); originalidade enquanto estratégia de definição de uma origem (G. Agamben);

b) Transformação e materialidade/espacialidade: a “inteligência” da matéria (demissão do controlo/ acaso/ acidente) (R. Rauschenberg/ J. Cage); matéria em bruto – matéria enformada sem função explícita – matéria enformada num artefacto – matéria enquanto suporte de inscrições – matéria enquanto lugar (M. Heidegger); a ideia de objecto-veículo (transporte de ideias e sentidos) (J. Beuys); a imaterialidade (luz, som, palavra); incorporação numa matéria atributos de uma outra (transmaterialização) (Ângelo de Sousa); as relações de especifidade com o espaço/lugar/contexto (R. Krauss, M. Kwon); o espaço simbólico e relacional (E. T Hall); os problemas espaciais (intímo-social; físico-simbólico; interior-exterior; construído- natural); non-site (an indoor earthwork) (R. Smithson); relação corpo-matéria-lugar (A. Carneiro);

c) Acção e processualidade: a desconstrução das condições operativas tradicionais (J. Albers); a exploração da diversidade tecnológica; a clareza de gesto e suficiência da composição; as questões da escala, da luz e do movimento; as tensões entre o pensar a acção e o agir o pensamento (J. Fiadeiro); dizer a mesma coisa por processos diferentes (a definição de uma invariante) (F. Tropa); a ideia do percurso-impasse enquanto condição orgânica do acto criativo (Ana Hatherly); a efemeridade; a documentação enquanto meta-discurso (Gordon Matta Clark); os processos de deslocação e ressignificação (M. Duchamp); a rememoração como possibilidade criativa (C. Boltansky)

d) Exposição e visibilidade: Quais as possibilidades e limites do acto expositivo? Quando e como dar a conhecer? a potência da não-revelação; os modos e os dispositivos da visibilidade? as condições expositivas como pretexto projectual; o paradigma do “cubo branco”; o atelier como espaço expositivo (C. Brancusi); a exposição enquanto processo e a importância da audiência não-exclusiva (T. Hirschhorn); as tipologias de relação com a audiência: interacção, participação e colaboração (C. Bishop/ N. Bourriaud/ J. Ranciére); a recusa da visibilidade como afirmação discursiva;

Com base neste conteúdos o estudantes percorrem dois itinerários complementares e que obedecem a uma lógica de crescimento progressivo:

1o itinerário: aquele que se compreende durante o período do primeiro semestre e que se caracteriza por um conjunto de proposições-exercícios de curta duração devidamente calendarizados que convocam o estudante a um estudo exploratório de um conjunto de problemas plásticos, conceptuais e metodológicos inerentes às prácticas da produção escultórica.

2o itinerário: aquele que se compreende na globalidade do 2o semestre e que se caracteriza por um período onde o estudante, dando sequência ao trabalho anterior, convoca um repertório de interesses e preocupações pessoais para a construção de um caminho pessoal traduzido em projectos concebidos e desenvolvidos numa progressiva autonomia.


Todas as respostas projectuais às propostas lançadas serão objecto de apresentação e discussão crítica por parte do docente e dos restantes estudantes.

No final do ano lectivo prevê-se a concretização de um momento de exposição onde os alunos possam confrontar-se com as contingências do acto de expôr: as tarefas e múltiplas técnicas de montagem, os problemas de espaço, os modos e os dispositivos da visibilidade, a relação com o espectador, os formatos de comunicação, entre outros.



Bibliografia Obrigatória

Damásio António R.; O sentimento de si
Archer Michael; Art since 1960
BACHELARD, Gaston; A Poética do Espaço
GUASCH, Anna Maria; El arte último del siglo XX – Del posminimalismo a lo multicultural
HENRY, Adrian; Enviroments and Happenings
KRAUSS, Rosalind E; Caminhos da escultura moderna
PETRY, Michael; OXLEY, Nicola e OLIVEIRA, Nicolas de, com textos de Micheal Archer, ; Instalation Art
Tavares Gonçalo; Atlas do corpo e da imaginação
Alain Borer; The essencial Joseph Beuys. ISBN: 0-500-09267-2
Claire Bishop; Artificial hells. ISBN: 978-1-84467-690-3
Claire Bishop; Participation. ISBN: 978-0-85488-147-5
Nicolas Bourriaud; Estética relacional. ISBN: 978-85-99102-97-8
Giorgio Agamben; Nudez, Relógio D´Água, 2010
Daniel Buren; The function of the studio, October 10 (Autumn), 1979
João Fiadeiro; Anatomia de uma decisão, Ghost Editions, 2017
Roselee Goldberg; A^Arte da performance. ISBN: 978-989-95565-0-8
Donald Judd; Complete writings 1959-1975. ISBN: 0-919616-42-9
Miwon Kwon; One Place After Another. ISBN: 0-262-11265-5 38.61
Pamela M. Lee; Object to be destroyed. ISBN: 0-262-12220-0 51.25
Ana Hatherly ; Casa das Musas, Editorial Estampa, 1995
Martin Heidegger; A origem da obra de arte. ISBN: 972-44-0524-9
Mark Rosenthal; Understanding installation art. ISBN: 3-7913-2984-7
Paul Schimmel; Out of actions: between performance and the object, MACBA / Museum of Contemporary Art Los Angeles, 1998

Observações Bibliográficas

A bibliografia indicada é meramente indicativa e será complementada com os estudantes mediante a especicificidade de cada projecto.

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem





O papel do docente concentra-se em suscitar no estudante a contrução de possíveis veredas de investigação ao longo do processo de criação.
Em síntese, além de um acompanhamento e apoio individualizado para o desenvolvimento dos projetos e exercícios propostos, são realizadas aulas que estimulem a discussão e o diálogo em grupo.


Existirão apresentações periódicas de propostas de trabalho com recurso a aulas teóricas, assim como, caso seja necessário, aulas práticas em formato workshop orientado com apoio técnico especializado.

Orientação para a organização de diários de campo com registos de todo o processo de trabalho e realização de portefólio final – síntese do trabalho realizado ao longo do ano letivo (fotografias, sinopses e fichas técnicas);







Caso se propicie serão efectuadas “aulas em residência”, formato experimental que objectiva transferir o lugar de trabalho tradicional (sala de aula) para o interior de um espaço expositivo com vista à formulação de uma exposição.



Software

https://atelierdeescultura.wordpress.com/
https://porta105.weebly.com/
https://fbaupatelier2escultura.wordpress.com/

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação Peso (%)
Participação presencial 40,00
Trabalho escrito 10,00
Trabalho laboratorial 50,00
Total: 100,00

Componentes de Ocupação

Designação Tempo (Horas)
Elaboração de projeto 60,00
Estudo autónomo 50,00
Frequência das aulas 288,00
Trabalho de campo 100,00
Trabalho de investigação 50,00
Trabalho laboratorial 100,00
Total: 648,00

Obtenção de frequência

A obtenção de frequência é feita através da avaliação contínua que pressupõe elevada assiduidade às aulas, participação ativa nas mesmas, autonomia metodológica, conhecimentos técnicos, capacidade organizativa, assertividade nos prazos das apresentações e qualidade das respostas às propostas lançadas pelo docente.

Fórmula de cálculo da classificação final





Enquanto unidade curricular anual de avaliação continua, para além da qualidade dos projectos desenvolvidos por cada estudante ao longo do ano lectivo, nas suas diferentes etapas, serão valorizados na avaliação os seguintes factores, sem prejuízo dos demais aspectos contemplados no programa:
a) Assiduidade;
b) Participação nas discussões e outras actividades lectivas;
c) Capacidade exploratória e autonomia conceptual, técnica e metodológica no trabalho;
d) Cumprimento dos prazos estabelecidos no calendário das aulas.

O cumprimento das propostas de trabalho do primeiro semestre será avaliado qualitativamente e depois convertido em média percentual para a avaliação final. A ponderação qualitativa intermédia não é vinculativa, isto é, não garante no imediato 50% da nota.
A avaliação final será realizada a partir de uma ponderação entre o trabalho global desenvolvido, discutido e acompanhado pelo docente, a assiduidade e portfólio nas percentagens de 50%, 40% e 10% respectivamente.







Melhoria de classificação

Frequência no ano lectivo seguinte.
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