Atelier I - Pintura

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Áreas Científicas
Classificação	Área Científica
OFICIAL	Artes Plásticas/Pintura

Ocorrência: 2019/2020 - A

Ativa?	Sim
Unidade Responsável:	Artes Plásticas
Curso/CE Responsável:	Licenciatura em Artes Plásticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla	Nº de Estudantes	Plano de Estudos	Anos Curriculares	Créditos UCN	Créditos ECTS	Horas de Contacto	Horas Totais
AP	43	Plano de estudos oficial 2011	2	-	24	288	648

Língua de trabalho

Português

Objetivos

• Desenvolver a técnica da pintura aplicada à representação da realidade sensível, refletindo um entendimento aberto, de cariz autoral, da interpretação pictórica do real.


• Desenvolver capacidades de perceção, de memória e de articulação de formas.


• Proporcionar formação no domínio da linguagem pictórica, no sentido de desenvolver a autonomia metodológica, criativa de cada estudante.


• Promover a capacidade expressiva e autoral baseada em conceitos estruturados e fundamentados.


• Desenvolver o espírito crítico e autocrítico, experimental e inventivo.

Resultados de aprendizagem e competências

• Conhecimento dos materiais pictóricos e capacidade de os manipular corretamente, no que concerne a técnica do óleo, garantindo a qualidade de efeitos plásticos/visuais produzidos: correta mistura de tintas e uso dos pincéis; limpeza das cores aplicadas; aplicação das tintas de acordo com a especificidade dos diferentes suportes; domínio das transparências e das opacidades das tintas; domínio do efeito claro/escuro; tradução pictórica do volume e do espaço.


• Capacidade de interpretar problemas e propriedades relativas ao tratamento da cor, da forma, do espaço, da textura, do volume, da luz.


• Capacidade de conceber uma imagem pintada do real, com a técnica do óleo, com ou sem auxílio de outros registos visuais.


• Conhecimentos metodológicos necessários para compor quadros dos diferentes géneros pictóricos abordados.


• Capacidade de analisar e refletir acerca de obras pictóricas com as quais tenha contacto, usando vocabulário próprio.

Modo de trabalho

Presencial

Programa

O programa desta UC detém um caráter teórico-prático, embora o plano de aulas apresente uma quase exclusiva dedicação do tempo letivo à vertente prática da pintura.

Vertente teórica

A vertente teórica está sempre presente no diálogo estabelecido entre professor e aluno, na medida em que pondera, constantemente, as decisões, estratégias e operações concretas na pintura. Estão previstas quatro apresentações exclusivamente teóricas, a decorrer ao longo do ano letivo. Constituem momentos chave de divulgação de conhecimento e de diálogo, culminando na apresentação das diferentes propostas de trabalho. O teor destas sessões elucida a temática que será abordada nas respetivas propostas de trabalho, apoiando-se na análise de várias obras oriundas da história da pintura, da antiguidade à atualidade. Serve o propósito de divulgação de conhecimentos que se consideram fundamentais, acerca das práticas de atelier, dos processos operativos do ato de pintar, dos métodos compositivos, das circunstancias materiais, dos âmbitos temáticos, das orientações expressivas, das posturas estéticas, etc.

Vertente prática

O programa encadeia uma série de propostas de trabalho, ao longo do ano letivo, tendo em conta um evolutivo grau de complexidade e variedade técnica, manifestada em diversos temas que na sua génese compunham a complexidade da pintura narrativa:  a natureza-morta, a paisagem, o retrato, a figura humana, o nú. São temas que, desde cedo, proporcionaram uma didática eficaz no aprendizado da pintura. Neste contexto, privilegiar-se-á o óleo, como a mais indicada das técnicas para elucidar pedagogicamente tais realidades, embora, considerando as idiossincrasias das aprendizagens individuais, se possa aconselhar suplementar o óleo com outras técnicas, sobretudo na parte final do ano letivo. A prática incidirá, principalmente, na pintura de observação direta da realidade. Note-se, porém, que a observação, em pintura, compreende, hoje e aqui, uma noção e prática expandida, isto é, que se desenvolve entre formas e atitudes diversas, enquadrando desde o clássico posicionamento realista a outras interpretações de acentuada expressividade ou de manifesta tendência abstratizante. Também se pretende realizar outros tipos de exercício, a partir de reproduções de pinturas, desenhos e fotografias, pela sua eficiência didática e utilidade processual. A pintura realizada a partir de outras imagens é, também, em si um tema de estudo e reflexão, sobretudo no que concerne a fotografia, dada a sua imparável fluência na atualidade; mas ocorrerá a título introdutório, em exercícios finais.

Em articulação com a UC MTP poderão ser solicitados trabalhos, de teor tecnológico, a realizar na UC acima mencionada.

Bibliografia Obrigatória

Doerner, Max; The Materials of the Artist and Their Use in Painting, revised edition. With Notes on the Techniques of the Old Masters., Harcourt inc.. London., 1984
Eastlake, Charles Lock; Methods and Materials of Painting of the Great Schools and Masters, Dover Fine art, History of Art, 2001

Bibliografia Complementar

Doherty, Tiarna., & WOOLLETT, Anne; Looking at Paintings - A guide to technical terms, revised edition, J. Paul Getty Museum, New York, 2009

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Aulas teóricas com recurso a material audiovisual; neste contexto, procura-se criar circunstâncias que estimulem a colocação de dúvidas e o debate de ideias (reflexão intersubjetiva). Visitas a exposições constituem um ato de reflexão teórica.

Nas aulas práticas proporcionam-se, frequentemente, livros para consulta livre, que funcionam como complementos da matéria tratada no exercício que decorre. Em certos exercícios estão presentes, em sala de aula, impressões em alta resolução sobre papel das pinturas em estudo, bem como de outras pinturas do mesmo género (os estudantes têm acesso à versão digital destas imagens, para impressão e estudo individual).

O acompanhamento dos exercícios práticos é continuo e segue os parâmetros de uma pedagogia diferenciada. Significa isto, além da regularidade do diálogo, que em si constitui um espaço de intermediação teórica, a possibilidade de diferenciar o acompanhamento de cada estudante, tendo em vista estimular, por estratégias ou orientações pedagógicas ponderadas e adequadas, as virtudes que cada indivíduo possui e pode desenvolver neste contexto. Esta adequação é imprescindível, considerando que existe, como se sugere acima, um entendimento aberto do ato de interpretação pictórica do real, por via do qual se procura uma expressão própria e autoral.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Componentes de Avaliação

Designação	Peso (%)
Participação presencial	30,00
Trabalho laboratorial	70,00
Total:	100,00

Componentes de Ocupação

Designação	Tempo (Horas)
Elaboração de projeto	224,00
Total:	224,00

Obtenção de frequência

Avaliação contínua, existindo dois momentos de avaliação periódica marcados de acordo com a calendarização proposta pela Faculdade. No primeiro momento a avaliação é de caráter informativo, sendo a avaliação final de caráter vinculativo, sem exame final. Ambas refletem uma classificação quantitativa, entre 0 e 20 valores. A classificação final não se reflete na média aritmética. A obtenção da aprovação nesta disciplina está sujeita ao cumprimento do pré-requisito de assiduidade com a presença a um mínimo de 75% das aulas. A isto são exceção os estudantes abrangidos pelos estatutos previstos na lei – trabalhadores/estudantes - ou que cumpram outros critérios especiais de dispensa de frequência, se devidamente fundamentados e atestados por documentação a ser validada pela instituição.

Fórmula de cálculo da classificação final

Tendo em conta os objetivos da UC a classificação resultará da articulação dos seguintes elementos:

• 60% - Qualidade dos resultados práticos propostos.
• 30% - Assiduidade e pontualidade articulada com a produtividade dentro do período de contacto.
• 10% - Tipo de progressão na qualidade dos resultados práticos produzidos ao longo do ano.