Código: | HD102 | Sigla: | HD |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Ciências da Arte |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Ciências da Arte e do Design |
Curso/CE Responsável: | Licenciatura em Design de Comunicação |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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DC | 56 | Licenciatura em Design de Comunicação | 2 | - | 3 | 30 | 81 |
Objectivos: Os alunos alcançarão um conhecimento operativo e crítico da história do design gráfico.
Resultados: Espera-se que o aluno conheça de modo fluente as tendências e a história do design, bem como as suas metodologias, conseguindo aplicar este conhecimento de modo dinâmico enquanto designer, enquanto investigador e enquanto editor ou comissário.
Competências: escrita e argumentação crítica sobre a história do design gráfico.
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1. A história na prática do design contemporâneo
Introdução crítica às diferentes funções que a história desempenha dentro do design gráfico: legitimação, reclamação e administração de um património e de uma área de influência. Relação da história com a prática do design, com ênfase nesta última como múltipla, incluindo várias especialidades, identidades, funções, por vezes mutuamente exclusivas. Um dos propósitos desta unidade curricular será mapear a interacção destes elementos ao longo do tempo.
Justificação dos limites temporais escolhidos para a matéria dada (desde 1850 até à actualidade): argumentar-se-á que o design enquanto disciplina identificável começou a definir-se em meados do século XIX, durante a Revolução Industrial. Por disciplina, usar-se-á a definição de Foucault, de um campo definido por um discurso que inclui práticas, instituições, um património, etc. Assumir-se-á que, embora havendo práticas anteriores a este período que habitualmente são reclamadas como fazendo parte da história do design (desde estratégias de composição básicas usadas na Arte Rupestre até à Tipografia), estas são incorporações dentro de uma área disciplinar que só se começou a definir no século XIX.
Apresentação da etimologia e diferentes conotações da palavra “design”.
2. O começo do design. A revolução industrial. Design e política. Arts & Crafts. 1850-1900
Traçar-se-á o começo do design enquanto disciplina comentando as relações entre os avanços técnicos, as alterações sociais e económicas, a aparição de novos formatos e meios de comunicação. Argumentar-se-á que o design nasceu de um compromisso entre a necessidade de uma racionalização estética da produção industrial e a urgência de resolver ou pelo menos minimizar as consequências da revolução industrial. Expor-se-ão as condições económicas, técnicas e sociais durante o período estudado. Traçar-se-á a evolução do movimento Arts & Crafts, seus antecedentes e suas consequências.
3. Arte Nova, Private Press, Art Deco 1900-1920
Arte Nova, o Cartaz, a Publicidade durante a Grande Guerra. A Art Deco. Iniciativas para incentivar a investigação e ensino do design. O Movimento Private Press e as suas ligações à indústria de impressão. A sistematização da identidade empresarial. A Opinião Pública e a Engenharia do Consenso (Novos Métodos de Persuasão).
3. Vanguardas. Futurismo. Dada. 1900-1920
O Design como agente de mudança social e de ruptura com a tradição. O funcionalismo, formalismo geométrico e a estética da máquina. A ligação entre as vanguardas e a aplicação comercial e pedagógica dos seus ensinamentos.
4. Modernismo: Design como engenharia social e política. Bauhaus. Wpa. Ulm e Suíços. 1920 - 1950
O design ao serviço de causas sociais e políticas. A institucionalização do design (profissionalização e ensino). Sistemas gráficos de informação pública.
5. Design e cultura de massas: 1920 - 1974
O design gráfico e cultura de consumo. O modernismo como objecto de consumo. A engenharia do consumo enquanto produção de estatuto social. O nascimento da marca enquanto mercadoria. Novos formatos de consumo. A revista, o genérico. O design e a guerra fria.
6. Design e Contracultura: 1960 – 2015
O design como parte de uma cultura de resistência aos valores dominantes. O reaproveitamento dos formatos experimentais das vanguardas para nova intervenção política e social (surrealistas, letristas, situacionistas, punk, adbusting). O design contra o consumo. O design e a ecologia.
7. O Pós-Modernismo no Design Gráfico 1974-2000
Durante o capitalismo tardio, o design abandona quase por completo os seus ideais sociais e políticos, reutilizando as ferramentas e conceitos do modernismo em contextos empresariais e comerciais. O modernismo é relançado como um estilo histórico que pode ser empregue com mais ou menos ironia ou saudosismo. A sociedade de consumo vai dando lugar lentamente a uma sociedade neoliberal, onde é preferível o empreendedorismo ao consumo, e onde o design gráfico vai perdendo a sua ligação prioritária à publicidade para se concentrar na produção de identidades empresariais públicas.
8. Design como serviço: 1990-2015
Com o advento do computador pessoal e mais tarde da internet, o design gráfico vai sofrer uma mudança dramática: de uma gestão estética e social da produção industrial passa-se repentinamente a uma actividade maioritariamente de escritório, produzindo e gerindo as identidades e a comunicação gráfica interna e externas de entidades que vão desde o indivíduo ao país. Surgem novos formatos, tecnologias e identidades para o design. Os antigos modos de praticar a profissão e a carreira de designer são encenados como formas institucionalizadas de precarização e de incentivo ao empreendedorismo.
Aulas de exposição e discussão sobre cada um dos temas.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 100,00 |
Total: | 100,00 |
Nota do exame final positiva.
O exame final corresponde a 100% da nota da cadeira.
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Exame.
Devido ao número elevado de alunos e à língua de ensino ser o português não serão aceites alunos de mobilidade. Devido à natureza teórica da unidade, bem como ao facto de 60% da sua avaliação ser dependente de trabalhos de grupo a serem acompanhados em tempo de aula, não será possível acompanhar via mail o trabalho de alunos em mobilidade no exterior.