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Teoria da Imagem

Código: TI201     Sigla: TI

Ocorrência: 2010/2011 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Departamento de Pintura
Curso/CE Responsável: Licenciatura em Artes Plásticas

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Confrontar por um lado a história e a técnica dos constrangimentos operativos de quem concebe e realiza imagens em plano (e de quem, ao longo das eras, teve que recorrer à divisão geométrica das superfícies) e, por outro, a história e a técnica, mais recentes (oriundas de finais do século XIX), de uma abordagem para a qual as imagens, mais do que objectos constituídos por regras próprias (neopitagóricas, no caso de Alberti, ou douradas, no caso de Ghyka), estabelecidas à revelia de quem as faz, são "Gestalten" (de acordo com o objectivismo de Arnheim) ou o pretexto para confirmar ou infirmar expectativas (de acordo com o subjectivismo de Gombrich).
Das muitas maneiras com que seguramente é possível abordar uma imagem em plano, "Teoria da imagem," uma cadeira teórica com a duração de um semestre, elegerá duas, por se situarem perto das considerações operativas de quem faz uma imagem. O confronto entre estas duas abordagens constituirá o tema da disciplina.
Uma delas é a geométrica; a outra será a psicológica. Por definição, a primeira é impessoal; a segunda toma em consideração o aparato perceptivo de quem faz e interpreta imagens. Por isso mesmo, o confronto, referido antes, entre estas duas abordagens equivale a um confronto entre concepções práticas antigas e modernas, dado ser habitual considerar-se que só nos tempos modernos se aceitam como legítimas as peculiaridades cognitivas de quem observa, vê e, numa palavra, sente.

Programa

Introdução
1. Introdução: fora e dentro (objectividade e subjectividade).
2. Fazer imagens e vê-las; fazê-las e interpretá-las. Ciência "do fora" (a geometria) e ciência "do dentro" (psicologia).

Parte I: "Dentro" (uma panorâmica da ciência do equipamento cognitivo, nos seus aspectos anatómicos, funcionais e naqueles que, de natureza psíquica, são de mais difícil mensuração)
3. Brevíssima história do aparecimento da psicologia científica, a partir de oitocentos, e tanto quanto ela tenha pertinência no quadro de uma abordagem de autores que, como Arnheim ou Gombrich, fizeram da psicologia um caminho de acesso à estrutura das imagens e não um ponto de chegada: a estética de baixo para cima de Fechner, elementarismo e positivismo na psicologia.
4. A insatisfação anti-elementarista: a importância do todo e da configuração ("Gestalt").
5. Cérebro e psique, corpo e alma.
6. Rudimentos da neurologia da visão: globo ocular, nervo óptico, córtex visual primário e restantes.
7. Diferenças funcionais entre os dois hemisférios do cérebro. O "corpus callosum." Contra-lateralidade.
8. O carácter analítico e automático do tratamento neurológico da informação visual, antes de, psicologicamente, o mundo nos aparecer como totalidade e síntese.
9. O fosso entre neurologia e psicologia.
10. Psicologia: do carácter conceptual da percepção.
11. Dois itinerários (entre muitos): Arnheim: de Berlim a Ann Arbor; Gombrich: de Viena a Londres. As complexas relações de ambos com o "fora" e o "dentro."
12. O naturalismo de Arnheim e o convencionalismo de Gombrich.
13. O convencionalismo de Arnheim e o naturalismo de Gombrich.
14. Associacionismo e inatismo.
15. As ilusões de óptica; relações entre o "I" e o "eye;" isotropia e anisotropia.
16. Ver imagens e ler imagens. Movimentos oculares.
17. Gradientes de dinamismo: excentricidade, obliquidade e formas-cunha.
18. Os factores de agrupamento da psicologia gestáltica: proximidade, semelhança, encerramento, boa-continuação, conexão e região comum.

Parte II: "Fora" (uma panorâmica do equipamento com que, ao longo dos tempos, se ordenou aquilo que, na realização de uma imagem, há de mais mensurável)
19. A geometria.
20. A necessidade oficinal das ferramentas geométricas: os grandes tamanhos e a passagem do pequeno para o grande.
21. Procedimentos intrínsecos (armação e rebatimento) e extrínsecos (a proporção dourada).
22. Formatos: racionais, raiz de e dourados.
23. O neopitagorismo albertiano.
24. Comensurabilidade e incomensurabilidade.
25. Ghyka e a aureofilia. O "modulor" de Le Corbusier.
26. Oitavas, quintas e quartas.
27. Noção de sesquiáltero e sesquitércio.
28. A perspectiva albertiana: o "Da pintura."
29. O chão albertiano como ferramenta de comensurabilidade intrínseca.
30. Relações entre o que se representa e a respectiva projecção em plano.
31. O cepticismo em relação à geometria: o Iluminismo inglês. William Hogarth. Edmund Burke.
32. "Acidentalismo" e automatismo.
33. O acidentalismo, da pintura chinesa aos nossos dias, passando pelas paredes de Leonardo, as manchas de Cozens e as celestografias de Strindberg.

Parte III: Modalidades de atenção (uma panorâmica do modo como diferentes tipos de imagem, ao longo dos tempos, encorajaram uma visão dirigida, distraída ou dispersa).

Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

Exposição de conteúdos, sob a forma de documentos escritos e de imagens. As/os estudantes terão uma "sebenta," onde se reunirá toda a matéria.

Tipo de avaliação

Avaliação por exame final

Fórmula de cálculo da classificação final

A da prova escrita, qualificada por outros dados pertinentes, recolhidos nas aulas, relativos ao perfil de cada aluno
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