Resumo: |
O desenvolvimento regional de regiões periféricas é um desafio persistente. As regiões de fronteira em Portugal, frequentemente coincidentes com zonas rurais e remotas, sofrem de diferenciação espacial. São lugares com desigualdades estruturais e um gap na perceção de oportunidades e recursos. De acordo com a Agência para o Desenvolvimento e a Coesão, Portugal tem ?assimetrias e potencialidades territoriais? com impacto em indivíduos, instituições e no desenvolvimento das regiões, desafiando diferentes níveis de governança. Um acesso desigual a serviços e oportunidades entre grupos vulneráveis e fenómenos de exclusão e pobreza estão concentrados em territórios específicos com menos oportunidades educacionais e emprego qualificado [5].
Os/as jovens a crescer em regiões de fronteira são particularmente afetados por esta situação nas suas trajetórias e planos futuros [6, 7]. Entenderão os/as jovens as regiões de fronteira como espaços a abandonar? Um estudo de caso exploratório numa região de fronteira portuguesa mostrou que os/as jovens expressam apreensão quando pensam em abandonar a sua região, mostrando uma ligação positiva com a sua terra, ainda que apontem constrangimentos [4, 8, 9].
O projeto GROW:UP propõe investigar em contextos de fronteira as influências mútuas de factores individuais, contextuais/institucionais e sistémicos nas biografias jovens e analisar de que modo as comunidades estão proactivamente a contrariar desigualdades, fomentando o investimento em percursos positivos.
O projeto pretende investigar abordagens prometedoras de comunidades que encorajam percursos juvenis, prevenindo fatores de risco, como a desafetação da escola, falta de participação e cenários futuros.
O GROW:UP analisará politicas europeias e nacionais e a sua articulação territorial com programas e práticas locais, analisando a estabilidade e a resistência dessas iniciativas no suporte aos/às jovens e identificando indicadores e competências chave de comunidades resilient |
Resumo O desenvolvimento regional de regiões periféricas é um desafio persistente. As regiões de fronteira em Portugal, frequentemente coincidentes com zonas rurais e remotas, sofrem de diferenciação espacial. São lugares com desigualdades estruturais e um gap na perceção de oportunidades e recursos. De acordo com a Agência para o Desenvolvimento e a Coesão, Portugal tem ?assimetrias e potencialidades territoriais? com impacto em indivíduos, instituições e no desenvolvimento das regiões, desafiando diferentes níveis de governança. Um acesso desigual a serviços e oportunidades entre grupos vulneráveis e fenómenos de exclusão e pobreza estão concentrados em territórios específicos com menos oportunidades educacionais e emprego qualificado [5].
Os/as jovens a crescer em regiões de fronteira são particularmente afetados por esta situação nas suas trajetórias e planos futuros [6, 7]. Entenderão os/as jovens as regiões de fronteira como espaços a abandonar? Um estudo de caso exploratório numa região de fronteira portuguesa mostrou que os/as jovens expressam apreensão quando pensam em abandonar a sua região, mostrando uma ligação positiva com a sua terra, ainda que apontem constrangimentos [4, 8, 9].
O projeto GROW:UP propõe investigar em contextos de fronteira as influências mútuas de factores individuais, contextuais/institucionais e sistémicos nas biografias jovens e analisar de que modo as comunidades estão proactivamente a contrariar desigualdades, fomentando o investimento em percursos positivos.
O projeto pretende investigar abordagens prometedoras de comunidades que encorajam percursos juvenis, prevenindo fatores de risco, como a desafetação da escola, falta de participação e cenários futuros.
O GROW:UP analisará politicas europeias e nacionais e a sua articulação territorial com programas e práticas locais, analisando a estabilidade e a resistência dessas iniciativas no suporte aos/às jovens e identificando indicadores e competências chave de comunidades resilientes.
O projeto ancora-se numa abordagem compreensiva sustentada nos contributos teóricos da Sociologia da Educação, Estudos Juvenis, Estudos de Fronteira e Análise de Redes. Usará uma metodologia que combina análise de políticas e entrevistas a experts locais, para identificar níveis de integração das políticas formais em programas e políticas locais; um questionário para compreender a influência de fatores como sentimento de pertença, resiliência e envolvimento nas vidas juvenis; estudos de caso, para produzir conhecimento sobre processos e dinâmicas que influenciam a construção de percursos educativos e analisar como as comunidades estão proactivamente a resolver desafios que afetam jovens de fronteira, quer encorajando-os para percursos positivos, quer equipando-os para ampliarem oportunidades.
Uma aplicação móvel, um programa de auditoria e agendas juvenis são atividades participatórias, empiricamente apoiadas, que pretendem capacitar jovens e comunidades. |