Resumo: |
As relações comerciais entre parceiros de negócio na Nova Economia são cada vez mais flexíveis, com a criação dinâmica de parcerias entre empresas em resposta a oportunidades de negócio. Da mesma forma, a instabilidade sentida na procura de bens faz com que as empresas necessitem de procurar novos parceiros, com o risco acrescido de lidar com empresas cujo desempenho e fiabilidade são desconhecidas de antemão. Desta forma, as empresas sentem cada vez mais a urgência na obtenção de mecanismos de confiança e reputação que permitam a monitorização contínua do desempenho dos parceiros de negócio (actuais ou potenciais), de forma a evitar ligações a parceiros menos reputáveis, ou a reagir adequadamente quando tal não for possível. Na persecução deste desiderato, várias equipas de investigação em campos tão distintos como as ciências sociais, a psicologia, a economia e a inteligência artificial distribuída, têm vindo a estudar e a propor modelos de confiança e reputação, a serem aplicados na automação do processo de selecção de parceiros. Paralelamente, existe actualmente diversa actividade científica nas áreas do estabelecimento e imposição de contratos.
Os autores desta proposta têm vindo a desenvolver uma plataforma computacional chamada Instituição Electrónica (IE), que funciona como uma infra-estrutura de coordenação da interacção entre agentes, assistindo o estabelecimento de acordos contratuais através de serviços de contratação electrónica. A IE oferece ainda um ambiente normativo que promove a confiança entre os agentes, enriquecido com uma infra-estrutura normativa facilitadora do estabelecimento de contratos.
Neste projecto, propomos enriquecer a IE através de modelos que inter-relacionam os mecanismos de confiança e reputação com o ambiente normativo, uma promissora área de investigação referida na literatura (e.g. [CoPa02]) mas que, dentro do nosso conhecimento, ainda não foi explorada de forma prática. Mais especificamente, propomos:
i) Desenvolver um |
Resumo As relações comerciais entre parceiros de negócio na Nova Economia são cada vez mais flexíveis, com a criação dinâmica de parcerias entre empresas em resposta a oportunidades de negócio. Da mesma forma, a instabilidade sentida na procura de bens faz com que as empresas necessitem de procurar novos parceiros, com o risco acrescido de lidar com empresas cujo desempenho e fiabilidade são desconhecidas de antemão. Desta forma, as empresas sentem cada vez mais a urgência na obtenção de mecanismos de confiança e reputação que permitam a monitorização contínua do desempenho dos parceiros de negócio (actuais ou potenciais), de forma a evitar ligações a parceiros menos reputáveis, ou a reagir adequadamente quando tal não for possível. Na persecução deste desiderato, várias equipas de investigação em campos tão distintos como as ciências sociais, a psicologia, a economia e a inteligência artificial distribuída, têm vindo a estudar e a propor modelos de confiança e reputação, a serem aplicados na automação do processo de selecção de parceiros. Paralelamente, existe actualmente diversa actividade científica nas áreas do estabelecimento e imposição de contratos.
Os autores desta proposta têm vindo a desenvolver uma plataforma computacional chamada Instituição Electrónica (IE), que funciona como uma infra-estrutura de coordenação da interacção entre agentes, assistindo o estabelecimento de acordos contratuais através de serviços de contratação electrónica. A IE oferece ainda um ambiente normativo que promove a confiança entre os agentes, enriquecido com uma infra-estrutura normativa facilitadora do estabelecimento de contratos.
Neste projecto, propomos enriquecer a IE através de modelos que inter-relacionam os mecanismos de confiança e reputação com o ambiente normativo, uma promissora área de investigação referida na literatura (e.g. [CoPa02]) mas que, dentro do nosso conhecimento, ainda não foi explorada de forma prática. Mais especificamente, propomos:
i) Desenvolver um modelo computacional de confiança e reputação (CTR - computational trust and reputation) capaz de estimar o comportamento futuro dos parceiros de negócio, tendo como informação de entrada, para além das tradicionais avaliações sociais, o contexto do negócio em apreciação e ainda as semelhanças detectadas entre diversos parceiros da IE e entre diversos negócios estabelecidos nessa IE. Pretendemos desenvolver este sistema de CTR "contextual" usando metodologias das áreas da probabilidade e da mineração de dados;
ii) Enriquecer o processo de negociação de contratos. Ao invés de se instanciarem modelos de contratos pré-definidos, os agentes devem ser capazes de negociar de forma automática as cláusulas dos contratos, usando informação de confiança e reputação. Desta forma, propomos especificar contratos passíveis de serem parcialmente negociados de forma automática (usando modelos e linguagens de contratos por nós já desenvolvidos), assim como protocolos de negociação que abordem parâmetros e cláusulas dos contratos. Serão ainda desenvolvidas estratégias para a negociação automática de contratos pelos agentes;
iii) Adaptar a IE e os mecanismos de imposição de contratos ao desempenho actual dos parceiros contratuais. A eficácia dos mecanismos de confiança e reputação desenvolvidos devem ser tomados em conta na mencionada adaptação. Neste tópico, propomos investigar técnicas de raciocínio baseado em casos e aprendizagem não supervisionada de forma a enriquecer o ambiente normativo com elementos de adaptação e evolução. |