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Cultura e Tecnologia

Código: CT202     Sigla: CT

Ocorrência: 2008/2009 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Departamento de Pintura
Instituição Responsável: Faculdade de Belas Artes

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
DC 67 Licenciatura em Design de Comunicação 2 - 3 -

Língua de trabalho

Português

Objetivos

Nesta nossa sobremodernidade, hipertecnicizada, em que a cultura depende cada vez mais da tecnologia, chega mesmo a aparecer como uma emanação da técnica, o esforço para separar os dois campos, cultura e tecnologia, tem escassas condições de êxito. É necessário partir desta constatação para que se entenda o objectivo central que esta disciplina se propõe: fazer sentir no próprio cerne da relação existencial básica (relação ao mundo, à vida, aos outros, a si próprio,...), relação em que se funda a experiência e a realização cultural de cada um, a imensa tensão, que não cessa de crescer, entre o apelo a seguirmos "o nosso caminho" (única possibilidade de sermos culturalmente criativos) e a pressão para não "perdermos o comboio" da tecnologia (ou da modernidade, ou da comunicação,...), que roda a uma velocidade cada vez maior. Trata-se, como se vê, da proposta de uma auto-observação, confiando em que ela conduzirá aquele que a pratica a distinguir, distinção cada vez mais difícil na situação actual de (con)fusão entre cultura e tecnologia, entre o que lhe vem de si, e poderá tornar-se "cultura", e o que resulta de pressão externa, e não poderá levá-lo senão ao lugar comum do "já sentido" (Perniola). Sem devolver à cultura o seu lugar fundador na vida individual e colectiva das sociedades humanas, a sua capacidade de relação directa, sem qualquer intermediário ou sistema de mediação, com o "mundo da vida" (Husserl), dificilmente ela deixará de aparecer como um elemento subordinado ou mesmo gerado pela tecnologia; recolocar pois neste pé a relação entre a cultura e a tecnologia torna-se necessariamente um objectivo, decisivo, desta disciplina. Só apoiados nisto, e na medida em que cada aluno tenha feito disto experiência pessoal sua, será possível esperar que os estudos de alguns momentos de cruzamento entre cultura e tecnologia, que o Programa se propõe, lhe permita apreciar o papel de cada um, cultura e tecnologia, nos resultados a que tais cruzamentos conduziram, e estabelecer um critério pessoal para a avaliação do que há de interessante ou não em tais resultados. Para não parecerem arbitrários os princípios de que aqui se parte, e obviamente também porque isso amplia a capacidade de relação do aluno com o tema, o Programa propõe também uma panorâmica sobre as perspectivas particulares dos mais importantes pensadores que se interessaram pela questão.


Programa

1ª Parte: 1. Internet e interrelacionamento.
2. "Deixar as coisas como estão".
3. Sistema técnico.
4. Tecnologias femininas.


2ª Parte: 5. O alfabeto e a imutabilidade. (a escrita e a oralidade).
6. O aparelho e o programa. (a fotografia).
7. O espelho e a impassibilidade. (o vídeo).





BIBLIOGRAFIA

Bibliografia básica:
David ABRAM: A magia do sensível; Ed. Fundação C. Gulbenkian.
Vilém FLUSSER: Ensaio sobre a fotografia; Ed. Relógio d'Água.
Martin HEIDEGGER: Língua de tradição e língua técnica; Ed. Vega.
Armand MATTELART: História da sociedade de informação; Ed. Bizâncio.

Bibliografia complementar:
Walter BENJAMIN: Sobre arte, técnica, linguagem e política; Ed. Relógio d'Água.
Erik DAVIS: Tecnognose; Ed. Notícias.
Daniel GOLEMAN: «Ciberdesinibição» (in "Grandes ideias perigosas", antologia de John Brockman; Ed. Tinta da China).
Donna HARAWAY: «Manifesto ciborgue» (in "Género, identidade e desejo", antologia de Ana Gabriela Macedo; Ed. Cotovia).
Cèline LAFONTAINE: O império cibernético; Ed. Instituto Piaget.
Thomas MERTON: A via de Chuang Tzu; Ed. Vozes (Brasil).
Mario PERNIOLA: «Vídeo-culturas como espelho» (in "Enigmas"; Ed. Bertrand).
Sadie PLANT: Zeros e uns; Ed. Bizâncio.
Richard STIVERS: A tecnologia como magia; Ed. Instituto Piaget.
Paul VIRILIO: A velocidade de libertação; Ed. Relógio d'Água.
John ZERZAN: Futuro primitivo; Ed. Deriva.








Tipo de avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Obtenção de frequência

Possibilidade de escolha entre Avaliação Contínua e Exame Final.

Para a Avaliação Contínua é necessário a entrega de 3 documentos:
1) 1ª ficha de trabalho (comparando 2 dos temas tratados na 1ª parte do Programa).
2) 2ª ficha de trabalho (síntese da 2ª parte do Programa).
3) Trabalho final (resposta a uma pergunta específica da autoria do próprio aluno, correspondendo ao que ele considera ser a sua interrogação vital relativamente à temática da "cultura e tecnologia").

Observações

O ATENDIMENTO dos alunos será feito às 3ªfs das 16h às 18h e às 5ªfs das 14h às 15h no gabinete de Ciências da Arte (Sala 11 do Pavilhão Sul).
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