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Introdução à Cultura Contemporânea

Código: ICC101     Sigla: ICC

Áreas Científicas
Classificação Área Científica
OFICIAL Ciências da Arte

Ocorrência: 2009/2010 - 1S

Ativa? Sim
Unidade Responsável: Grupo de Ciências da Arte
Curso/CE Responsável: Licenciatura em Artes Plásticas

Ciclos de Estudo/Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos UCN Créditos ECTS Horas de Contacto Horas Totais
DC 68 Licenciatura em Design de Comunicação 1 - 3 34 81

Língua de trabalho

Português

Objetivos

PROGRAMA DO DOCENTE VÍTOR MARTINS

A Cultura Contemporânea (CC) é o ambiente no qual vivem e respiram artistas e designers contemporâneos. Como tal limita e condiciona a sua prática, embora igualmente a permita e a possa potenciar. Por isso se torna importante conhecê-la e compreendê-la, para ser possível situar-se relativamente a ela. A Introdução à Cultura Contemporânea (ICC) pretende, para além de evidenciar essa importância, ajudar a essa compreensão. Não tanto "introduzir" à CC, no sentido de conduzir para o interior de, mas mais "apresentar" a CC deixando a cada um a decisão de nela entrar, pouco ou muito, mais ou menos, e de qual ou quais as portas por onde entrar ou meramente espreitar.
Não sendo a CC um campo facilmente delimitável, reduzi-la a alguns dos seus aspectos, por mais decisivos que pudessem parecer, traria por certo uma rigidez indesejável à compreensão pretendida. Por isso o objectivo primeiro da ICC, muito mais que inventariar um conjunto de temas, é o de fazer sentir a presença difusa da CC no nosso quotidiano, e consequentemente a sua anterioridade e prevalência relativamente a qualquer decisão ou acção nossa. Mas o iniciante precisa, para sentir essa presença, de se sentir também a si próprio, precisa de conhecer e reconhecer as suas afinidades e resistências relativamente a esse campo, porque só nesse confronto ele poderá realmente sentir e não meramente "saber". A sua atenção e o seu esforço estarão, para isso, mais centrados em se localizar nesse "mapa" do que em o conhecer pormenorizadamente, em se orientar nele mais do que em seguir obedientemente qualquer percurso "turístico" predeterminado. Para tanto a ICC terá também de ajudar o iniciante a desenvolver a sua curiosidade e autonomia relativamente à CC, e portanto a sua auto-confiança e capacidade de partir de si para o que quer que decida fazer ou tentar fazer.
Trata-se pois, nesta disciplina, de pôr frente a frente uma cultura, a CC, e um sujeito, o aluno, de modo a que este possa, o mais conscientemente possível, determinar o seu próprio caminho por entre uma multiplicidade de possibilidades, muitas vezes inconciliáveis ou até contraditórias entre si.
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PROGRAMA DO DOCENTE DINIZ CAYOLLA RIBEIRO
A disciplina de Introdução à Cultura Contemporânea visa fornecer aos discentes um conjunto de conceitos e ideias de autores-chave da contemporaneidade que lhes permitam pensar a modernidade e a pós-modernidade em termos culturais e artísticos. Nesse sentido, ao longo do semestre, será esboçada uma das narrativas possíveis da história da Cultura Ocidental e serão analisados um conjunto alargado de representações empíricas e teóricas da noção de cultura.

Programa

PROGRAMA DO DOCENTE VÍTOR MARTINS

I. 1. Panorâmicas
a) Pensamento. Lógicas e pressupostos. (análise, crítica, genealogia, desconstrução, construção,...).
b) Movimento. Cenas e personagens. (antigos e modernos, revolucionários e conservadores, utópicos e realistas, libertários e autoritários, vanguardistas e tradicionalistas,...).
c) Divergência. Destinos e desejos. (subversões, dissidências, contraculturas, marginalidades, alternativas,...).
d) Mistura. Culturas e civilizações. (interculturalidade, mestiçagem, hibridismos, migrações, traduções,...).

2. Aproximações
Aqui e agora. Identidade e alteridade. (o corpo, o local, a natureza, a instituição, o comum,...).


II. Deambulações (1)
= A ideia de Progresso. Racionalidade e ciência. Do "mundo desencantado" ao "retorno do sagrado".
= A trama do Sujeito. Inconsciente, biopoder, produção de subjectividade. Entre a "reificação" e a resistência.
= A sombra do Outro. Crianças, loucos, primitivos. Do "grande encarceramento" à "sociedade de exclusão".
= A descoberta da Saudade. História de Portugal, mitos lusíadas, cultura popular. Do luso-tropicalismo à lusofonia.
= O esquecimento do Todo. Técnica, sectorização e especialização. Da "divisão social do trabalho" ao "princípio de não-separabilidade".
=...

(1)[exemplos de possibilidades temáticas, entre várias outras previstas, que poderão ou não vir a ser directamente focadas conforme o andamento e as necessidades do processo pedagógico]


BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL: As 4 secções da bibliografia principal, 1.Notas, 2.Ideias, 3.Enredos e 4.Cenas, serão passadas aos alunos nas aulas, onde serão alvo de atenção e comentário particular.


BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

5. Fontes

a) primordiais
A.ARTAUD: Para acabar de vez com o Juízo de Deus; Ed. & etc.
E.LA BOÉTIE: Discurso sobre a servidão voluntária; Antígona.
M.MAUSS: Ensaio sobre a dádiva; Edições 70.
M.MONTAIGNE: Ensaios; Martins Fontes (Brasil).
F.NIETZSCHE: Assim falava Zaratrusta; Guimarães.
F.PESSOA: Livro do desassossego, Bernardo Soares; Assírio e Alvim.
D.H.THOREAU: Desobediência civil; Antígona.

b) transitivas
T.W.ADORNO/M.HORKHEIMER: Dialéctica do Esclarecimento; Jorge Zahar (Br).
M.CERTEAU: A invenção do cotidiano. 1.Artes do fazer; Vozes (Br).
G.DELEUZE/F.GUATTARI: Mil planaltos; Assírio e Alvim.
F.DUPONT: L'invention de la littérature; La Découverte (França).
E.SAÏD: Cultura e imperialismo; Companhia das letras (Br).
I.STENGERS/P.PIGNARRE: La sorcellerie capitaliste; La Découverte (Fr).
STARHAWK: Dreaming the dark. Magic, sex and politics; Beacon Press (USA).

6. Caminhos
O.ANDRADE: A utopia antropofágica; Globo (Br).
R.BARTHES: O neutro; Martins Fontes (Br).
G.BATAILLE: A parte maldita; Fim de Século.
W.BENJAMIN: Sobre arte, técnica, linguagem e política; Relógio d'Água.
E.BLOCH: O princípio Esperança; Contraponto (Br).
R.CAILLOIS: O homem e o sagrado; Edições 70.
J.CAMPBELL: O poder do mito; Palas Athena (Br).
G.DEBORD: A sociedade do espectáculo; Mobilis in mobile.
J.DUVIGNAUD: Le don du rien; Stock (Fr).
E.T.HALL: A dança da vida; Relógio d'Água.
J.HUIZINGA: Homo ludens; Edições 70.
C.G.JUNG: Sincronicidade; Vozes (Br).
C.LASCH: A cultura do narcisismo; Imago (Br).
K.WILBER: O paradigma holográfico; Cultrix (Br).
M.ZAMBRANO: Os sonhos e o tempo; Relógio d'Água.

7. Atalhos
F.CUSSET: French Theory; La Découverte (Fr).
M.FERGUSON: A conspiração aquariana; Nova Era (Br).
N.KLEIN: No logo; Relógio d'Água.
J.LEAL: Etnografias portuguesas; Dom Quixote.
A.MATTELART: História da utopia planetária; Bizâncio.
T.ROSZAK: A contra-cultura; Vozes (Br).


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PROGRAMA DO DOCENTE DINIZ CAYOLLA RIBEIRO
O programa da disciplina está organizado em três grandes blocos:


1. Introdução ao Conceito de Cultura

2. Cultura e Modernidade

3. Cultura e Pós-Modernidade



Métodos de ensino e atividades de aprendizagem

PROGRAMA DO DOCENTE VÍTOR MARTINS

Para corresponderem aos objectivos as aulas funcionarão como espaço de diàlogo e debate, tendo o professor o papel de orientar e impulsionar as buscas pessoais e colectivas dos alunos por dentro e em torno da CC. E para ajudar os alunos a assumirem essa busca e a se integrarem nesse processo é-lhes pedido, para avaliação, a resposta a uma única pergunta, igual para todos: "Que há na cultura contemporânea que possa fazer meu?".

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PROGRAMA DO DOCENTE DINIZ CAYOLLA RIBEIRO
Tendo em consideração o carácter amplo do programa da disciplina, bem como o facto de ser um disciplina do primeiro ano da licenciatura, optar-se-á por uma conjugação de diversos métodos de ensino - expositivo, interrogativo, demonstrativo e activo – de molde a possibilitar uma melhor aquisição dos vários conteúdos.

Tipo de avaliação

Avaliação distribuída sem exame final

Obtenção de frequência

NAS TURMAS DO DOCENTE DINIZ CAYOLLA RIBEIRO, A AVALIAÇÃO SERÁ FEITA APENAS POR AVALIAÇÃO FINAL

Observações

O ATENDIMENTO dos alunos do docente Vítor Martins será feito às 3ªfs das 16h às 17h e das 19h às 20h no gabinete de Ciências da Arte (Sala 11 do Pavilhão Sul).

VÍTOR MARTINS e DINIZ CAYOLLA RIBEIRO
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