História da Arquitectura Contemporânea
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
CNAEF |
Arquitetura e urbanismo |
Ocorrência: 2023/2024 - A
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
MIARQ |
160 |
MIARQ |
3 |
- |
9 |
- |
243 |
Língua de trabalho
Português - Suitable for English-speaking students
Objetivos
A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea tem como objectivo o conhecimento crítico da arquitectura da Idade Contemporânea, considerada como aquela que se inscreve no período que tem início no fim da arquitectura barroca e se prolonga até à actualidade. A data de 1750, um início possível, é a da publicação por Denis Diderot do "Prospecto" da Enciclopédia, obra que seria publicada a partir do ano seguinte.
Resultados de aprendizagem e competências
A Unidade Curricular História da Arquitectura Contemporânea divide-se em três componentes: as Aulas teóricas, o Trabalho prático (TP) e o Caderno de campo (CC).
Nas Aulas teóricas, a exposição diacrónica das arquitecturas mais relevantes do período em estudo abordará os seus motivos conjunturais, bem como as suas precedências e consequências num tempo mais longo. Procurar-se-ão também as correspondências com a arquitectura portuguesa, relevando as suas circunstâncias particulares.
Uma obra da arquitectura portuguesa contemporânea, escolhida pelos alunos, será o tema do Trabalho prático, desenvolvido ao longo do ano lectivo com acompanhamento tutorial. Devem ser aprofundados os motivos que estão na origem da escolha inicial, propondo, a partir do debate contemporâneo, relações novas que problematizem o seu conhecimento.
No Caderno de campo são montadas as imagens fotográficas resultantes das visitas a um conjunto de obras realizadas durante o ano lectivo. Este Caderno deverá ser também o registo/descoberta das relações formais e espaciais entre diferentes arquitecturas que se vão revelando a partir das aulas teóricas e da obra que os alunos escolheram como tema do seu trabalho prático.
As três componentes desta Unidade Curricular pretendem promover a capacidade crítica dos estudantes e a consequente formação e desenvolvimento de um pensamento próprio sobre a arquitectura
Modo de trabalho
Presencial
Programa
- Caracterização geral da época em estudo.
- O neo-palladianismo e o jardim paisagístico em Inglaterra. Ruína e paisagem.
- Marc-Antoine Laugier (1713-1769), a cabana primitiva e "a cidade como bosque". A reconstrução de Lisboa depois do terramoto de 1755.
- Giovanni Battista Piranesi (1720-78) e Étienne-Louis Boullée (1728-99). Arqueologia e natureza, razão e sentimento.
- Claude-Nicolas Ledoux (1736-1806), o carácter e a “arquitectura falante”. Jean-Nicolas-Louis Durand (1760-1834), eclectismo e metodologia do projecto.
- A arquitectura alemã entre os séculos XVIII e XIX. Friederich Weinbrenner (1766-1826) e a expansão de Karlsruhe. A expansão do Porto no tempo dos Almadas.
- A arquitectura alemã entre os séculos XVIII e XIX. Karl Friedrich Schinkel (1781-1841) e a cidade de Berlim.
- Arquitectura do ferro. Arquitectos e engenheiros. O socialismo utópico e a racionalização da cidade industrial. Fourier, Owen, Godin, Haussmann e Cerdà.
- O racionalismo estrutural em França e o movimento "Artes e Ofícios" em Inglaterra.
- As formas da residência na cidade moderna (apresentação e comentário de um texto de Carlos Martí Arís com o mesmo título).
- Frank LLoyd Wright (1867-1959). Os textos e as obras. Louis Sullivan e os edifícios altos em Chicago.
- Adolf Loos (1870-1933). Os textos e as obras. Otto Wagner e a Secessão vienense.
- Le Corbusier (1887-1965). Os textos e as obras. Tony Garnier e Auguste Perret.
- Mies van der Rohe (1886-1969). Os textos e as obras. Karl Friedrich Schinkel e Peter Behrens. Hendrik Petrus Berlage.
- Walter Gropius (1883-1969). Os textos e as obras. Peter Behrens e o Deutscher Werkbund.
- A arquitectura depois da segunda guerra mundial. Crítica e discussão dos princípios do movimento moderno.
- Complexidade e contradição, razão e analogia. Robert Venturi (1925-2018) e Aldo Rossi (1931-1987).
- Evidência e construção lógica na arquitectura contemporânea. Álvaro Siza (1933-) e Giorgio Grassi (1935-).
- Eduardo Souto Moura (1952-). João Luís Carrilho da Graça (1952-). Peter Zumthor (1943-). Jacques Herzog (1950-) e Pierre de Meuron (1950-). Movimento Moderno e história da arquitectura.
Bibliografia Obrigatória
Banham Reyner;
Theory and design in the first machine age. ISBN: 0-85139-632-1
Benevolo Leonardo;
Historia de la arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1793-8
Bergdoll Barry;
European architecture,1750-1890. ISBN: 978-0-19-284222-0
Peter Collins;
Los ideales de la arquitectura moderna. ISBN: 84-252-0342-2
Colquhoun Alan;
Arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1988-4
Curtis William J. R.;
Modern architecture since 1900. ISBN: 0-7148-2478-X
Frampton Kenneth;
Historia critica de la arquitectura moderna. ISBN: 84-252-1628-1
Giedion Siegfried;
Espacio, tiempo y arquitectura. ISBN: 84-237-0375-4
Henry-Russell Hitchcock;
Architecture
Hunt John Dixon;
The picturesque garden in europe. ISBN: 0-500-28508-X
Emil Kaufmann;
De Ledoux a Le Corbusier. ISBN: 2-907757-40-7
Carlos Martí Arís;
Las formas de la residência en la ciudad moderna. ISBN: 84-8301-383-5
Middleton Robin;
Arquitectura moderna. ISBN: 84-03-33026-X
Pevsner Nikolaus;
Os pioneiros do design moderno
Paolo Sica;
História del Urbanismo. ISBN: 84-7088-296-1
Manfredo Tafuri;
Arquitectura Contemporânea. ISBN: 84-03-33027-8
Watkin David;
German architecture and the classical ideal
Zevi Bruno;
História da arquitectura moderna
Bibliografia Complementar
Almeida, Pedro Vieira, José Manuel Fernandes; A Aquitectura Moderna, Historia da Arte em Portugal, vol 14, Lisboa, Publicações Alfa, 1986
Becker Annette 273;
Portugal. ISBN: 3-7913-1910-8
José Eduardo Horta Correia;
Vila Real de Santo António
Fernandez Sérgio;
Percurso
Bernardo Ferrão;
Projecto de transformação urbana do Porto na época dos Almadas. ISBN: 972-9483-02-7
José Augusto França;
Lisboa Pombalina e o Iluminismo
Gomes, Paulo Varela ; "Arquitectura, Os últimos vinte anos", História da Arte Portuguesa, Vol 3, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995
Portas Nuno; A Evolução da Arquitectura Moderna em Portugal, Bruno Zevi, História da Arquitetura Moderna, Lisboa, Arcádia, 1973
Portas Nuno 340;
Arquitectura portuguesa contemporânea
Tostões Ana;
Os verdes anos na arquitectura portuguesa dos anos 50. ISBN: 972-9483-30-2
Observações Bibliográficas
A bibliografia complementar é dedicada à arquitectura portuguesa.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
- Trabalho prático (TP)
Os trabalhos práticos incidem necessariamente sobre exemplos da arquitectura portuguesa dada a necessidade de visitar as obras a estudar, imprescindível para o seu conhecimento aprofundado. As obras são de autores cuja produção se concentra, na sua maior parte, no século XX; o período anterior deverá ser abordado retrospectivamente, a partir das circunstâncias próprias da obra escolhida.
Aos grupos de trabalho constituídos no início do ano lectivo é apresentado um conjunto de obras a estudar, do qual deverão escolher uma cujo conhecimento aprofundado será desenvolvido ao longo do ano lectivo. Pretende-se que os alunos, partindo da realidade material da arquitectura, investiguem as razões e as condicionantes que estão na sua génese, bem como as relações com textos e com outros projectos ou obras, do mesmo autor ou de outros, contemporâneos ou não, o que permitirá entendê-la num amplo quadro cultural.
Este trabalho é realizado em grupo até à primeira avaliação. A partir daí, o tema será subdividido num conjunto de subtemas que serão desenvolvidos individualmente. O grupo de trabalho manter-se-á como um espaço de discussão, de troca de ideias e de informação que enriquecerá naturalmente os trabalhos práticos desenvolvidos por cada um dos alunos. A segunda avaliação, bem como a avaliação final, serão nominais. A classificação final do Trabalho prático (TP) será baseada nos critérios seguintes, classificados na escala de 0 (zero) a 20 (vinte): C1) Capacidade de estabelecer relações e de formular problemas; C2) Qualidade da escrita, simplicidade e clareza na exposição; C3) Adequação do material gráfico escolhido ou propositadamente produzido e a sua relação com a parte escrita do trabalho; c4) participação nas aulas.
O Trabalho prático deve sintetizar, do modo considerado o mais conveniente e inteligível, toda a investigação realizada durante o ano lectivo. O formato e a encadernação, o material gráfico a apresentar, a relação entre imagens e texto, etc., devem ser tratados de acordo com as premissas atrás enunciadas. O texto da versão final do trabalho individual, correspondente à terceira avaliação, não deve exceder as 3 000 palavras.
- Caderno de campo (CC)
A realização deste Caderno pressupõe uma selecção e uma montagem cuidadosas das imagens fotográficas de 15 a 20 obras de arquitectura portuguesa contemporânea. Pretende-se com o Caderno de campo incentivar o conhecimento das obras de arquitectura no lugar, bem como uma reflexão posterior, baseada na memória da visita e no material fotográfico recolhido. Estas imagens, associadas a outras decorrentes do estudo da obra escolhida (fotografias e desenhos de projecto, etc.) e das matérias tratadas nas aulas teóricas, devem dar origem a uma montagem/colagem que estabeleça correspondências férteis com os temas e problemas que surgem na progressiva realização do Trabalho prático e com aqueles que são tratados nas Aulas teóricas. Nesta montagem/colagem terão necessariamente lugar apontamentos escritos pelos alunos durante as visitas, excertos de textos relacionados com o estudo da obra que escolheram ou decorrentes das Aulas teóricas. A esta Componente de Unidade Curricular será dedicada uma aula teórica. O Caderno de campo não deve ultrapassar as 50/60 páginas.
- Aulas teóricas
As Aulas teóricas são semanais com a duração de 90 minutos. A matéria das Aulas teóricas é avaliada através da sua incidência no Trabalho prático e no Caderno de campo. Pretende-se que os temas e os problemas abordados ajudem a enquadrar e a exponenciar a investigação realizada no Trabalho prático e no Caderno de campo. Estas duas componentes da UC devem relacionar-se entre si, bem como dar notícia do modo como o conteúdo das aulas teóricas informou o trabalho prático, com todas as dúvidas, contraposições e perplexidades que o processo da sua construção e realização ao longo do ano lectivo necessariamente levanta
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída sem exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Trabalho de campo |
40,00 |
Trabalho prático ou de projeto |
60,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Estudo autónomo |
98,00 |
Frequência das aulas |
36,00 |
Trabalho de campo |
20,00 |
Trabalho de investigação |
40,00 |
Trabalho escrito |
25,00 |
Trabalho laboratorial |
24,00 |
Total: |
243,00 |
Obtenção de frequência
É pré-requisito da Unidade Curricular a presença em pelo menos 75% das aulas teórico-práticas de acompanhamento tutorial.
A avaliação do Trabalho prático e do Caderno de campo é contínua, isto é, cada uma das classificações atribuídas ao longo do ano corresponde a todo o trabalho desenvolvido desde o seu início.
O trabalho prático terá três classificações durante o ano lectivo. O Caderno de campo terá duas avaliações, uma intercalar, a meio do ano, e uma avaliação final.
Fórmula de cálculo da classificação final
Só é possível obter uma classificação final positiva se o aluno realizar as duas componentes da Unidade Curricular com uma classificação positiva (mínimo 9,5).
Fórmula da classificação final (CF):
CF = TP × 0,6 + CC × 0,4
No caso de um aluno realizar com uma classificação positiva uma das componentes e não concluir ou tiver uma classificação negativa na outra componente, a classificação positiva da componente realizada será guardada durante dois anos nos quais o aluno poderá repetir a componente em falta sendo a classificação final calculada com a ponderação atrás explicitada.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Os alunos que por Lei estão dispensados da presença nas aulas terão de comparecer, no mínimo, a cinco sessões de orientação tutorial do Trabalho prático por semestre.
Observações
De acordo com a evolução que se venha a registar da pandemia provocada pela COVID-19, e em função das orientações que venham a ser emanadas pela Direcção Geral de Saúde, poderão verificar-se alterações ao regime de funcionamento dos tempos lectivos presenciais.