Código: | 300303 | Sigla: | 300303 |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
CNAEF | Arquitetura e urbanismo |
Ativa? | Sim |
Unidade Responsável: | Arquitectura (A) |
Curso/CE Responsável: | Mestrado Integrado em Arquitetura |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos UCN | Créditos ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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MIARQ | 167 | MIARQ | 3 | - | 9 | - | 243 |
A Unidade Curricular (UC) Teoria 2 (T2), na sequência das UCs TGOE e Teoria 1, inscreve-se numa condição intermédia da formação dos estudantes no curso de Mestrado Integrado em Arquitetura (MIArq), na qual os exercícios didáticos da UC Projeto 3 (P3), como nuclear, visam a intervenção num contexto urbano (em consolidação) através do programa da habitação plurifamiliar.
Sem hegemonias da “contracorrente”, a T2, como Theoria (História+teorias+Crítica), experimentará a dimensão crítica e o exercício intelectual do “contraditório”, favorecendo os processos de consciencialização e os próprios da atualização da arquitetura na contemporaneidade. Com os domínios e as peculiaridades da História a da transformação do urbano, subjacentes, as “teorias” a estudar em T2 serão reconhecíveis nos “diálogos entre Arquitetura e Cidade”, nos quais, se “cada cabeça sua sentença” e cada obra sua “teoria”, “cada caso é um caso” e tudo pode vir a ser “um caso sério”.
Assim, tendo em consideração a posição de T2 no plano de estudos do MIArq, sua organização “vertical” e funcionamento “horizontal”, pelo reforço da consciência e da consistência das opções/decisões nas diversas práticas disciplinares, perspetiva-se, particularmente no contexto da articulação com a UC P3: i) a independência ponto de vista e dos objetivos, ii) o compromisso quanto ao programa (arquitetónico-urbano), bem como quanto à didática, subjacente e iii) a relação permanente no que se refere e traduz na programação das atividades letivas. Nesta condição, fundamental e intermédia, equilibrada entre a “fonte de informação” e o "espaço para a formação”, no paradigma da “sociedade em rede” na “era da informação”, a T2 tem como objetivo (múltiplo) auxiliar o estudante na recolha, na seleção, na organização e na manipulação das matérias e materiais próprios do saber teórico da Arquitetura -dados/informação/conhecimento-, apropriados à reflexão informada e crítica pretendida, potenciado pelos exercícios (a descrever) #postTI_T2, #composition_T2, #essayTI_T2 e #bookA_T2P3.
A frequência da UC T2 perspetiva, assim, o aumento da autonomia do estudante, pela realização dos objetivos apontados, experimentando as qualidades das escolhas, entre a “disciplina” e a “vontade”, pelo dialógico, o intersubjetivo e a ação comunicativa, particularmente na relação entre o domínio da imagem, a força da palavra e a consistência da argumentação. Deste modo, serão trabalhadas com os estudantes as capacidades de: i) enquadrar as temáticas de estudo próprias do estádio da formação académica em causa, ii) mapear (cenários de relevância) o saber próprio e em construção e iii) aprofundar as perspetivas, temáticas e interesses despoletados e a propósito (orientados).
Em termos didáticos, se, pela observação e/dos experimentos, das práticas e representações disciplinares, se perspetiva a transmissibilidade do saber próprio, pelas qualidades do dialógico, intersubjetivo e comunicacional (texto-imagem; VFlusser, 1983), objetivam-se e registam-se as leituras interpretativas, a construção de argumentos e as eventuais demonstrações (LViegas, 2014) adequadas. Se, pela theoria, as “visões” e as “conceções mentais” implicam “ler o mundo”, “escrever sobre a vida” e “contar a história” reconhecida e/ou reconhecível (PFreire; 1981), tal pressupõe, na potência dos “problemas úteis”, a configuração dos “cenários de relevância” próprios. Em síntese, entre a “vontade” e a “disciplina”, na procura reveladora do invisível (PKlee; 1964), como dimensão crítica, “imaginando” (ASiza, 2000) ou “explicando” (LViegas, 2014) a evidência, potencia-se o estímulo no estudante, para a observação e o estudo -descritíveis, narráveis ou especuláveis (Palomar; ICalvino, 1987)-, no encalço da organização do saber transmissível –projectum: ver, compreender, abstrair, codificar, partilhar e difundir.
Enunciada “por um campo multidimensional operativo” (Viegas, 2014), a natureza teoria-prática e artística da Arquitetura, como constructo e/ou concreção da transformação do/da real/realidade, no especto fenomenológico-semiológico alargado -ImaterialVisualVisívelAcessívelMaterialHápticoSensível- dos seus objetos culturais, pode objetivar-se no saber/fazer do Projeto, da História, da Teoria e da Crítica (T=P+T(HTC). Se, no fito das próprias abrangências, divergências e generalizações, nenhuma teoria da Arquitetura pode abdicar do (re)conhecimento das qualidades processuais, materiais e fenomenológicas das transformações a que reporta também será improducente na compreensão dos processos de atualização implicados sem considerar as questões conceptuais, metodológicas e produtivas, particularmente as problemáticas do autoral (Foucault, 1969), quer no que se refere à dualidade discurso-obra(s), quer quanto às múltiplas dimensões/problemáticas que o trabalho interdisciplinar e em equipa convocam.
A T2, pela valorização do conhecimento através do discernimento crítico (W. Benjamin, 1936), perspetiva a sedimentação das “visões” e “conceções mentais” sobre o saber/fazer da Arquitetura, suportado no disponível nas respetivas “práticas” e “representações” (R. Chartier, 1989) (“coisas” e “linguagem”; R. Blanché, 1972), potenciadas pelas ‘circularidades’ ou antinomias experiência-consciência, competências-conhecimento, processo-produto, problema-solução e equação-resultado.
1.1 Da multidimensionalidade ao Método em Arquitetura
1.1.1 Campo multidimensional
1.1.1.1 Theoria (HtsC) e praxis (P); poiêsis
1.1.1.2 Da fragmentação do Conhecimento
1.1.1.2.1 Multidisciplinar-Interdisciplinar; Transdisciplinar-Intradisciplinar
1.1.2 Cenários de relevância e problemas úteis
1.1.3 Da reflexão à produção arquitetónica
1.1.3.1 Das coisas e das linguagens
1.1.3.1.1 “Nova Iorque. Olhar de visitante”
1.1.3.2 Das práticas e representações
1.1.3.2.1 Objetos Culturais: Arte, Técnica e Cultura
1.1.4 Do Método a operatividade
1.1.4.1 1ª Ordem - Mobilidade do Observador, Velocidades de Leitura, Níveis de Objetivação
1.1.4.1.1 2ª Ordem - Leituras Interpretativas, Construção de Argumentos, Eventuais Demonstrações
1.2 tPE - território do Problema Epistemológico
1.2.1 FAC – Filosofia, Arte e Ciência - “Do Caos ao Cérebro”
1.2.2 EEI – Epistemologia, Ensino e Investigação – DiPDArq
1.3 dPD - domínio da Problemática Disciplinar
1.3.1 PES – Prática, Economia e Sociedade - “Da condição das práticas contemporâneas da Arquitetura”
1.3.1.1 Da Sociedade em Rede na Era da Informação
1.3.1.1.1 Hipermodernidade. Do industrial (Le Corbusier) ao informacional (Rem Koolhaas)
1.3.1.1.2 Da Sociedade Disciplinar à Sociedade de Controle
1.3.1.2 “O Polis Aveiro: uma experiência “multifocal” em Arquitetura”
1.3.2 A – Arquitetura - “Do imaterial ao Sensível”
1.3.2.1 Imaterial, Visual, Visível, Acessível, Material, Háptico e Sensível
1.3.2.1.1 Imaterial-Sensível, Visual-Háptico, Visível-Material, Acessível…
1.3.2.1.2 Espírito, mente e abstração (Mago): Imaterial, Visual e Visível
1.3.2.1.3 Visão, corpo e mão(s): Visível, Acessível e Material
1.3.2.1.4 Matéria, corpo e concreção (Cirurgião): Material, Háptico e Sensível
1.3.2.2 “Arquitectura, corpo e cognição”
1.3.2.3 “Atmosferas Arquitetónicas: Le Corbusier, Álvaro Siza e Peter Zumthor”
1.3.3 C – Cidade - “Notas sobre a Cidade Reconhecível”
1.3.3.1 “Desafios Sobre o Urbano”
1.3.3.2 “Da Cidade dos Muros”
1.3.4 HtsC – História, teorias e Crítica - Da THEORIA (da Arquitetura)
1.3.4.1 PHTC, P+HTC e P+T(HtsC)
1.3.4.2 Entre os Projetos-Força e os Projetos-Crítica
1.3.4.2.1 “Indeterminação na arquitectura contemporânea”
1.3.4.2.2 “Arquitetura mediada”
1.3.4.3 “O que é um autor (em Arquitetura)?”
1.3.4.3.1 “Do Virtual, a Experiência da Simulação em Arquitetura”
1.3.5 PCV – Plano de Corte Vertical - “O (plano de) Corte Vertical em Arquitetura”
1.3.5.1 “Pensar a Arquitetura com as imagens. Por um método de projetar”
O EDU.cir, como território epistemológico transdisciplinar, visa reforçar o campo teórico da Arquitetura, através do diálogo com outros saberes, suas imanências, composições e referências, potenciando a reflexão e o discernimento sobre as dimensões fundacionais, constitutivas e comunicacionais do Conhecimento, hoje, na era da informação e numa sociedade em rede.
2.1 “Sete questões para os tempos vindouros”, Rui Braz Afonso (Linearidade, Transparência, Intimismo, Independência, Provocação, Síntese e Claridade)
3.1 A Cidade como Contexto/Objeto como Arquitetura
3.1.1 Duplo registo e predominância do programa habitacional
3.1.2 “Da Atualização da Arquitetura”
3.1.2.1 “Da tipologia (anos 70’) ao Diagrama (séc. XXI)”
3.1.3 “Da Transformação da Cidade”
3.1.3.1 Quantidade versus Qualidade
3.2 Diálogos - Relações Construtivas
3.2.1 Circunstância-Projeto, Contexto/Objeto, Envolvente/Construção
3.3 Discurso e Obra, panorâmica à exemplaridade arquitetónica
3.3.1 Rem Koolhaas, Manuel de Solà-Morales e Eduardo Souto Moura; Álvaro Siza e Peter Zunthor; Arne Jacobsen
O MDArC configura um domínio laboratorial no qual, ao longo do ano, se realizará um conjunto de Aulas Abertas (conferências), por convite a autores ligados à produção, ao ensino e/ou à investigação da Arquitetura.
Nas aulas teóricas, mais como “fonte de informação”, serão expostos conteúdos programáticos (critérios, relevâncias e exemplaridade; CMO, EDUcir, DiAC, MDArC), através de imagens, vídeos, textos e “palavras”, registados em powerpoint e complementados pelo recurso do quadro ou da rede www. Nas aulas práticas. mais “espaço para a formação”, as atividades de aprendizagem correspondem ao desenvolvimento dos trabalhos (de estudo e reflexão), individuais e/ou em grupo, próprios dos exercícios a realizar.
#postTI_T2
Formato:
Página A4: 1 palavra (hashtag), 1 imagem e 1 texto (até 250 palavras).
(nomeação dos ficheiros/trabalhos #postTI_T2t_X_n)
Os #postTI_T2 publicados num grupo do instagram (gerido pelos Monitores) seriam enriquecidos pelos comentários, situação potenciada com os #composition_T2 e os #essayTI_T2.
Entrega(s):
(a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Como ação comunicativa, cada #postTI_T2 deve expressar uma vontade individual de estudo –tema, temática, assunto, problema, problemática, questão- no domínio da Arquitetura, de escolha livre. O interesse das escolhas deve revelar-se oportuno, de imediato (problema) ou ao longo do trabalho (solução). Da “panorâmica de vontades” de cada turma, envolvida por uma reflexão conjunta no espaço da aula prática, emergirão os sentidos e a potência –caminhos, coerências e qualidades- dos trabalhos de grupo #composition_T2 a desenvolver. Ao longo do desenvolvimento da #composition_T2 o #postTI_T2 será objeto de três momentos de revisita, formalizados sempre nos mesmos moldes, mas perspetivando a melhoria dos respetivos conteúdos e composições.
#composition_T2
Formato:
Hip. 1 #TextImage (A4; 15000crt)
Hip. 2 #Video (4-5’)
Hip. 3 #Model (at A3)
(nomeação dos ficheiros/trabalhos #composition_T2t_X_g)
Apresentações/Entrega(s):
(a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Emergentes da “panorâmica de vontades” #postTI_T2 (disposta no espectro ImaterialVisualVisívelAcessívelMaterialHápticoSensível) de cada turma, as #composition_T2 correspondem a trabalhos de grupo (4-5 estudantes), pautados pela reflexão crítica, interpessoal e dialógica, cuja síntese deve perspetivar a ação comunicativa. Os temas arquitetónicos destes trabalhos de grupo devem relacionar-se com as problemáticas da habitação plurifamiliar - casa, bairro, rua, cidade – revelando capacidade de equacionar a questões essenciais (Como se faz uma casa? Como se faz uma casa na rua? Como se faz uma rua com casas? Como se faz uma rua?) Este trabalho deve refletir-se, objetivamente, nos conteúdos do #bookA_T2P3, particularmente no domínio da Disciplina e da Vontade, sendo de relevo secundário para T2 o registo no domínio Laboratório (mais apropriado ao estudo apoiado de P3).
#essayTI_T2
Formato:
Documento escrito #TextImage (A4; até 10000 caracteres com espaços) contendo: capa, título (e subtítulo), resumo (até 250 palavras), palavras-chave (três), introdução, desenvolvimento, conclusão, fontes bibliográficas e fontes iconográficas.
(nomeação dos ficheiros/trabalhos #essayTI_T2t_X_n)
Apresentações/Entrega(s):
(a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Como ação reflexiva (análise), trata-se de um trabalho individual representativo do aprofundamento dos temas de interesse próprio dos estudantes, apontados pelo #posTI_T2 e enriquecidos pela #composition_T2. Este trabalho deve refletir-se, objetivamente, nos conteúdos do #bookA_T2P3, particularmente no domínio da Disciplina e da Vontade, sendo de relevo secundário para T2 o registo no domínio Laboratório (mais apropriado ao estudo apoiado de P3).
#bookA_T2P3
Formato:
A4, Capa preta
#TextImage
(nomeação dos ficheiros/trabalhos #bookA_T2P3t_X_n)
Entrega:
(a definir)
Objetivos, conteúdos e relações:
Entre a Disciplina, o Laboratório e Vontade (1, 2 e 3…, Palomar de I.Calvino), o #bookA_T2P3 constitui-se como uma interface entre Teoria 2 e Projeto 3, reflexo da pesquisa e do estudo individual do estudante, acompanhado nas aulas práticas das duas unidades curriculares. Como conteúdos, na Disciplina, deverão ser registados exemplos de habitação plurifamiliar, no Laboratório, registadas eventuais experiências do processo de trabalho e, na Vontade, refletidos os registos ad hoc do vir a ser (futuro) irrigados peplo elan do “arquitetar (n)a Casa (n)a Cidade” (aCC): dos exercícios em P3, i) abstrato x concreto e ii) treino x jogo; da intervenção urbana, i) infraestruturas urbano-territoriais, ii) morfologia urbana (modelos, processos e concretizações), iii) tipologia edificatória (modelos, tipos e experiências) e iv) linguagem arquitetónica (composição, tecnologias e expressão); da organização do espaço, i) dos conceitos, tradições e culturas, ii) casa, habitação, apartamento e fogo e iii) praça, rua, pátio e transições.
Designação | Peso (%) |
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Participação presencial | 20,00 |
Trabalho escrito | 30,00 |
Trabalho de campo | 20,00 |
Trabalho laboratorial | 30,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Tempo (Horas) |
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Estudo autónomo | 60,00 |
Frequência das aulas | 68,50 |
Trabalho de investigação | 54,50 |
Trabalho escrito | 20,00 |
Trabalho laboratorial | 20,00 |
Trabalho de campo | 20,00 |
Total: | 243,00 |
Participação em pelo menos 75% das aulas teóricas e teórico-práticas, bem como a realização e entrega dos trabalhos/exercícios programados: #postTI_T2, #composition_T2, #essayTI_T2 e #bookA_T2P3.
A classificação decorrerá da Avaliação conjunta do nível de: i) Participação nas aulas práticas (20%), ii) #postTI_T2 (10%), iii) #composition_T2 (25%), iv) #essayTI_T2 (30%) e v) #bookA_T2P3 (15%).