Questões Aprofundadas de Avaliação Psicológica
| Áreas Científicas |
| Classificação |
Área Científica |
| OFICIAL |
Psicologia e Saúde |
Ocorrência: 2006/2007 - A
Ciclos de Estudo/Cursos
Objetivos
Aprofundamento teórico-prático e crítico das metodologias e técnicas estudadas na cadeira de Avaliação da Inteligência e da Personalidade (3º ano), valorizando quer os aspectos relacionados com o processo da tomada de decisão na escolha dos dispositivos de avaliação psicológica em contextos específicos, quer o processo de interpretação dos resultados e utilização (destino) da informação recolhida.
Programa
I - A dimensão clínica da avaliação psicológica
1 - A situação clínica como relação interpessoal e intersubjectiva:
1.1 A situação de avaliação psicológica como situação clínica específica;
1.2 Estudos experimentais sobre a interacção sujeito/objecto no contexto da avaliação psicológica.
2 - A avaliação psicológica e relação inter-pessoal: alguns modelos de referência:
2.1 A abordagem psicanalítica;
2.2 A abordagem psicossociológica;
2.3 A abordagem Lewiniana;
2.4 A perspectiva da ecologia psicológica e da psicologia ecológica do desenvolvimento.
3 - Avaliação, exame e psicodiagnóstico: refelexões sobre o espaço semântico dos termos e delimitação dos conceitos:
3.1 A dimensão avaliativa;
3.2 A dimensão nosológica;
3.3 A dimensão do olhar;
3.4 A dimensão discursiva: dizer, escutar, simbolizar/re-simbolizar.
4 - A avaliação psicológica como processo: epistemologia da avaliação psicológica:
4.1 Sabedoria, conhecimento e ciência na avaliação psicológica;
4.2 Teoria e metodologia do método científico aplicado à avaliação psicológica;
4.3 Explicação versus interpretação;
4.4 A avaliação psicológica como processo.
II - O exame como situação privilegiada de avaliação psicológica
1 - O exame como pesquisa intensiva de dados sobre o mesmo sujeito:
1.1 A situação específica do exame;
1.2 A psicometria e o teste/prova psicológica no exame;
1.3 O estudo de caso como paradigma.
2 - A contextualização do exame:
2.1 O enquadramento institucional;
2.2 A contextualização teórica: o(s) paradigma(s) interpretativo(s);
2.3 A análise do pedido e a motivação para o exame/consulta;
2.4 Constituição e gestão do dossier de caso.
3 - Exame psicológico, consulta e intervenção psicoterapéutica:
3.1 Avaliação psicológica e intervenção;
3.2 A consulta terapêutica de Winnicott.
III - Métodos e técnicas do exame psicológico
1 - Questões ligadas à utilização da entrevista:
1.1 A entrevista na avaliação psicológica;
1.2 A entrevista na avaliação psicológica da criança.
2 - Questões ligadas à medida na avaliação psicológica:
2.1 Normatividade, expressividade e projecção;
2.2 As provas psicológicas mais utilizadas em Portugal e questões de aferição;
2.3 A expressividade através do desenho livre, do desenho temático (figura humana, família, squigle de Winnicott) e de técnicas lúdicas;
2.4 A dinâmica projectiva nas técnicas de manchas (Rorschach; Zulliger);
2.5 A dinâmica projectiva nas técnicas temáticas (T.A.T.; C.A.T.; P.N.).
3 - Questões ligadas ao registo de dados:
3.1 O suporte informático;
3.2 O registo video na avaliação psicológica.
IV - Exame psicológico e explicitação da originalidade
(especificidade, diferença e individualidade)
1 - O exame psicológico e a explicitação da originalidade em função do desenvolvimento:
1.1 A expressão da maturidade e as suas vicissitudes através da avaliação psicológica do adulto (O exame psicológico do adulto: estudo de caso integrando dados de diferentes provas);
1.2 A expressão do desenvolvimento na adolescência e as suas vicissitudes (O exame psicológico do adolescente: estudo de caso integrando dados de diferentes provas, com particular relevância para as provas projectivas);
1.3 A expressão do desenvolvimento infantil e as suas vicissitudes através da avaliação psicológica da criança (O exame psicológico da criança: estudo de caso integrando dados de diferentes provas, com particular relevância para as provas projectivas).
2 - O exame psicológico e a explicitação da originalidade em situações específicas:
2.1 A transcrição psicológica do sofrimento físico e a avaliação psicológica do doente somático;
2.2 A expressão de diferentes registos psicopatológicos no adulto e na criança através do Rorschach;
2.3 A expressão de processos anómicos e de desviância através da avaliação psicológica do adulto, do jovem e da criança: assessoria judiciária e estudo da personalidade.
Bibliografia Principal
- BALLESTEROS, R. F. (1983) - Psicodiagnostico: Concepto y Metodologia. Madrid: Editorial Cincel, S. A
- BOURGES, S. (1975) - Approche génétique et psychanalytique de l'enfant: essai de synthèse autour du bilan psychologique. Tome 1: Choix et interpretation des épreuves. Tome 2: La dynamique humaine. Paris: Librairie Riche
- GUILLAUMIN, J. (1977) - La dynamique de l'éxamen psychologique. Paris: PUF
- PERRON-BORELLI, M. PERRON, R. (1982) – L’examen psychologique de l’enfant. Paris: PUF
Bibliografia Complementar
- Anzieu, D. (1983) - Les méthodes projectives. Paris: PUF
- Arfouilloux, J. C. (1978) - L'entretien avec l'enfant: l'approche de l'enfant à travers le dialogue, le jeu et le
dessin. Tolouse: Privat
- Brelet, F. (1988) - Le TAT, fantasme et situation projective. Paris: Dunod
- Chabert, C. (1983) - Le Rorschach en clinique adulte: interprétation psychanalytique. Paris: Dunod
- Chabert, C. (1987) - La psichopathologie à l'épreuve du Rorschach. Paris: Dunod
- Chiland, C. (1985) - L'entretien clinique. Paris: PUF
- Cronbach, L,Y. (1984) - Essentials of Psychological Testing. New York: Harper and Row, Publishers Inc.
- Hersen, M., Kasoin, A., Bellack, A. S. (1983) - The Clinical Psichology Handbook. New York: Pergamon Press (Part IV - Assessment and diagnosis)
- Husain-Zubair, O. (1992) - Essai sur la convergence des techniques dans l'examen psychologique. Lausanne: Payot
- Kerlinger, F. N. (1979) - Foundations of Behavioral Research. London: Holt, Rinehart and Winston (Part 9: Methods of observation and data collection).
- Nunnaly, J. C. (1978) - Psichometric Theory. London: MacGraw-Hill
- Rapaport, D., Gill, M. M. and Schafer, R. (1968) - Diagnostic Psychological Testing. International Universities Press, Inc.
- Raush de Traubenberg, N. (1983) - Le Manuel Pratique du Rorschach. Paris: PUF
- Rausch de Traubenberg, N., Boizou, M. F. (1977) - Le Rorschach en clinique infantile. Paris: Dunod
- Weiner, I. B. (Ed.) (1983) - Clinical Methods in Psychology. New York: John Willey and Sons
PS.: A bibliografia complementar especializada para cada tema é indicada em cada um dos sumários das aulas ou nas fichas temáticas.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
As aulas são organizadas numa perspectiva teórico-prática com base em exposições feitas pelo docente da cadeira e em exposições feitas pelos alunos a partir de dossiers de trabalhos teórico-práticos (T.P.), por eles elaborados, ao longo do curso.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Obtenção de frequência
(10). A nota do T.P. é o resultado da média aritmética das classificações (0-20 valores) obtidas na sua apresentação escrita e na sua apresentação em aula.
(11). A obtenção frequência exige uma classificação mínima de 8,0 valores em cada uma das componentes (oral e escrita) da avaliação do T.P.
Fórmula de cálculo da classificação final
3 - Classificação final:
(01). Para além de apresentarem o dossier de T.P., todos os estudantes deverão sujeitar-se a um exame final, sobre a matéria abordada no curso.
(02). O exame final consta de uma prova escrita e de uma prova oral classificadas de 0-20 valores.
(03). Reprovam no exame final, os estudantes que obtiverem, na prova escrita, uma classificação inferior a 8,0 valores.
(04). Ficam dispensados da prova oral os estudantes que obtiverem a classificação mínima de 9,5 valores.
(05). A nota de exame final coincidirá com a nota da prova escrita - no caso de o estudante ficar dispensado da prova oral - ou com a média aritmética das classificações obtidas nas provas escrita e oral, salvo o exposto no nº 3 (09) destas normas.
(06). A classificação final obtém-se atribuindo a ponderação de 0,60 à nota do exame final e de 0,40 à nota do T.P., salvo o exposto no nº 3 (09) destas normas.
(07). Na falta de qualquer dos elementos previstos para a avaliação formal, será atribuída a classificação de zero valores a cada um dos elementos em falta.
(08). Na classificação final poderão ser tidos em conta elementos decorrentes de uma apreciação qualitativa que poderão alterar o resultado numérico dos cálculos (médias aritméticas e ponderações) utilizados para encontrar a nota final.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
(09) Os alunos que por lei estão dispensados da presença nas aulas, para além do exame final, deverão elaborar, individualmente ou em grupo, um dossier de T.P. de acordo com o nº 2 destas normas. Este dossier será classificado e integrará o processo de avaliação nos termos previstos nestas normas para os T.P.
Melhoria de classificação
(10). A melhoria de classificação final implica a participação em novo exame nos termos destas normas, alíneas 3 (01) e 3 (02), não havendo lugar a nova avaliação do T.P..