Intervenção em Vítimas
| Áreas Científicas |
| Classificação |
Área Científica |
| OFICIAL |
Psicologia |
Ocorrência: 2009/2010 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
| Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
| MIPSI |
26 |
Plano Oficial 2007/2008 |
4 |
- |
6 |
54 |
162 |
Língua de trabalho
Português
Objetivos
No final do semestre, o/a aluno/a deverá:
- conhecer as principais teorias explicativas, assim como as causas, dinâmicas e consequências da violência e da vitimação e as dimensões interaccionais do fenómeno que permitam aos alunos compreender, avaliar e intervir em situações de vitimação de crianças, jovens e adultos, sejam situações de emergência e intervenção em crise, sejam situações de apoio psicológico continuado.
- compreender as dinâmicas específicas da violência intra-familiar.
- dominar os conhecimentos básicos necessários à intervenção psicológica e psicossocial junto de vítimas de violência e/ou crime.
- dominar alguns conhecimentos em áreas conexas (e.g., Direito, Criminologia, Medicina Legal).
- ter desenvolvido competências básicas de intervenção em contextos profissionais diversos, como as instituições de apoio a vítimas, hospitais e centros de saúde, instituições policiais, diferentes instâncias do sistema judicial, serviços de consulta psicológica, projectos comunitários, etc; e competências de integração em equipas multidisciplinares.
- ter desenvolvido competências básicas para elaborar relatórios e intervir em processos judiciais que envolvam vítimas de crime.
- compreender a interrelação entre a intervenção em vítimas e a intervenção em agressores.
Programa
- Introdução à Criminologia e à Vitimologia.
- Violência, agressão e vitimação.
- A violência criminalizada; processos de criminalização primária e secundária.
- Principais correntes teóricas psicológicas, psicossociais e criminológicas explicativas da violência e da vitimação.
- Vitimação: estatísticas criminais, inquéritos de vitimação, perfis de vitimação.
- Tipos de violência, de crime e de vitimação; contextos e formas de vitimação.
- Dinâmicas e consequências da violência/vitimação: os casos específicos da violência familiar (violência doméstica, conjugal e contra crianças); da negligência, maus tratos e abuso sexual de crianças; e dos crimes sexuais contra adultos.
- Modelos de avaliação e de intervenção psicológica em vítimas de violência e crime (crianças e adultos) e serviços de apoio às vítimas.
- Modelos de justiça restaurativa, mediação e reparação de danos.
- A relação Vítimas-Sistema de justiça.
Bibliografia Obrigatória
Lutzker John R. ed. lit.;
Handbook of child abuse research and treatment. ISBN: ISBN 0-306-45659-1
Machado Carla 570;
Crianças. ISBN: 972-8747-44-X
Sani Ana Isabel;
As crianças e a violência. ISBN: ISBN 972-8717-32-6
Walker Lenore E. Auerbach ed. lit.;
Handbook on sexual abuse of children. ISBN: ISBN 0-8261-5300-3
Finkelman Byrgen ed.;
Child abuse. ISBN: ISBN 0-8153-1818-9
Walker, L.E.; Abused women and survivor therapy: a practical guide for the psychotherapist, Washington, DC: APA., 1994
Walker, L.E.A.; The Battered Woman Syndrome, New York: Springer., 2000
Davis Robert C. 340;
Victims of crime. ISBN: 0-7619-0155-8
Wolfe David A.;
Child abuse. ISBN: ISBN 0-8039-2833-5
Karp Cheryl L.;
Treatment strategies for abused children from victim to survivor. ISBN: 0-8039-7218-0
Furniss, T.; The multiprofessional handbook of child sexual abuse: integrated management, therapy and legal intervention., London: Routledge., 1991
Karp Cheryl L.;
Treatment strategies for abused adolescents. ISBN: 0-7619-0951-6
Magalhães Teresa;
Maus tratos em crianças e jovens. ISBN: 972-8717-39-3
Machado Carla 570;
Adultos. ISBN: 972-8717-20-2
Cicchetti Dante ed. lit.;
Child maltreatment. ISBN: ISBN 0-521-37969-5
Edleson Jeffrey L. ed. lit.;
Future interventions with battered women and their families. ISBN: ISBN 0-8039-5945-1
Bibliografia Complementar
Gelles, R.J. & Loseke, L. (Eds).; Current controversies on family violence, Newbury Park, CA: Sage, 1991
Canha, J.; Criança maltratada. O papel de uma pessoa de referência na sua recuperação. Estudo prospectivo de 5 anos., Coimbra: Quarteto., 2000
Audet, J. & Katz, J-F.; Précis de victimologie générale, Paris: Dunod, 1999
Browne, K. & Herbert, M.; Preventing Family Violence, New York: Wiley., 1997
Straus Martha B. ed. lit.;
Abuse and victimization across the life span. ISBN: ISBN 0-8018-3637-9
Salter Anna C.;
Treating child sex offenders and victims. ISBN: ISBN 0-8039-3182-4
Bottoms Bette L. ed. lit.;
International perspectives on child abuse and children.s testimony. ISBN: ISBN 0-8039-5628-2
Madriz Esther;
Nothing bad happens to good girls. ISBN: ISBN 0-520-20855-2
Fattah, E.A.; Criminology: past, present and future. A critical overview, London: McMillan Press., 1997
Fattah, E. ; Understanding Criminal Victimization, Ontario: Prentice Hall Canada Inc, 1991
Alarcão Madalena;
(Des)Equilíbrios familiares. ISBN: 972-8717-30-X
Dobash, R.E. & Dobash, R.P.; Rethinking Violence against Women, London: Sage., 1998
Lopez, G.; Victimologie., Victimologie. Paris: Dalloz., 1997
Morgan Marcia;
How to interview sexual abuse victims. ISBN: ISBN 0-8039-5289-9
Marques-Teixeira, J. & Manita, C.; Psychological and Psychiatric Consequences of Violence. In Medical-Legal and Social Aspects of Injuries and Violence – International Master on Community Protection and Safety Promotion., Porto: Porto University, 2001
Doerner, W.D. & Lab, S.P.; Victimology, Cincinatti: Anderson Pub. Co, 1995
Geffner, R.A., Jaffe, P.G. & Sudermann, M. (Eds); Children Exposed to Domestic Violence., Binghamton, NY: Haworth., 2000
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Aulas teórico-práticas com participação activa dos/das alunos/as, individualmente e em grupos.
Discussão de casos práticos.
Elaboração de um trabalho prático pelos/as alunos/as com uma proposta de avaliação e intervenção para um caso prático apresentado nas aulas, trabalho que exige a análise e partilha de conteúdos, bibliográficos e não só, entre alunos reunidos em pequeno grupo.
Orientação tutorial dos trabalhos teórico-práticos a desenvolver pelos/as alunos/as e criação das condições para que estes realizem estudo/trabalho autónomo, incluindo pesquisa e revisões de literatura e assimilação de conhecimentos.
Visionamento e discussão de vídeos com conteúdos relativos aos comportamentos violentos/vitimação e à intervenção em vítimas.
Palavras Chave
Ciências Sociais > Ciências psicológicas > Psicologia
Ciências Sociais > Criminologia
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Peso (%) |
Data Conclusão |
| Participação presencial (estimativa) |
Participação presencial |
56,00 |
|
|
| Avaliação através de exame escrito |
Exame |
2,00 |
|
|
| Trabalho prático individual ou em pequeno grupo |
Trabalho escrito |
38,00 |
|
|
|
Total: |
- |
0,00 |
|
Componentes de Ocupação
| Descrição |
Tipo |
Tempo (Horas) |
Data Conclusão |
| Estudo autónomo |
Estudo autónomo |
50 |
|
| Estudo supervisionado |
Estudo autónomo |
16 |
|
|
Total: |
66,00 |
|
Obtenção de frequência
Através do controlo de assiduidade dos/das alunos/as, mediante assinatura de registo de presença nas aulas. Será considerada frequência válida a presença em 75% das aulas efectivamente dadas.
Em casos excepcionais previstos na lei, a frequência tradicional poderá ser substituída pela realização de trabalhos práticos/de investigação.
De acordo com o estabelecido no regulamento de avaliação (cf. art.º 9), os alunos terão de ter uma classificação mínima de 8 valores no trabalho prático/relatório de caso a realizar, assim como no exame final.
No caso de não apresentação do trabalho prático até à data limite estabelecida com os/as alunos/as no início do semestre, não poderá o/a aluno/a ser admitido a exame final, não podendo, por consequência, obter aprovação final na disciplina.
Fórmula de cálculo da classificação final
Nota final numa escala de 0 a 20.
50% do valor da nota final resulta do exame final, incluindo questões de resposta mais directa a determinados conteúdos teórico-práticos e questões de desenvolvimento, estas últimas implicando a reflexão e integração de conhecimentos teóricos e práticos. Os outros 50% resultam da avaliação do trabalho teórico-prático elaborado pelos/as alunos/as ao longo do semestre. Trata-se de um trabalho a realizar em pequeno grupo, no qual os/as alunos/as terão de apresentar um plano de avaliação e de intervenção psicológica para um caso prático de vitimação que lhes será cedido nas aulas.
Não há lugar a apresentação pública/defesa do trabalho, sendo a avaliação do trabalho/relatório prático feita apenas com base nos conteúdos escritos.
Provas e trabalhos especiais
Elaboração de um trabalho teórico-prático, em pequeno grupo, no qual os/as alunos/as terão de apresentar um plano de avaliação e de intervenção psicológica para um caso prático de vitimação que lhes será cedido nas aulas.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
Em casos excepcionais, previstos na lei, ou em casos devidamente justificados e aceites como válidos pelos órgãos de gestão da Faculdade competentes para o efeito, poderá ser realizada uma avaliação fora do contexto habitual e do calendário previsto, através da realização de um trabalho escrito de teor igual ao que os restantes alunos/as efectuaram para avaliação da componente prática (valendo 50% da nota final) e da realização de uma prova oral ou escrita, versando sobre os conteúdos leccionados na disciplina ao longo do semestre (valendo 50% da nota final). Nestes casos, o/a aluno/a deverá contactar o docente responsável pela disciplina no início do semestre.
Melhoria de classificação
Possibilidade de realização de um novo exame final escrito, para melhoria de nota, na época de exame seguinte oficialmente válida, não havendo lugar a repetição da avaliação da componente prática/melhoria do trabalho prático.
"Os estudantes podem requerer uma prova de melhoria de classificação uma única vez por disciplina, numa das duas épocas, normal ou de recurso, imediatamente subsequentes àquela em que obtiveram aprovação e em que a disciplina tenha prova de avaliação prevista" (Artigo 11.°, ponto 1. do “Regulamento dos princípios a observar na avaliação dos discentes da Universidade do Porto e normas específicas a aplicar nos cursos da FPCE”).