Resumo (PT):
Este relatório incide sobre a implementação e reflexão de uma unidade didática desenvolvida na Escola Artística Soares dos Reis (EASR), no âmbito do estágio do Mestrado em Ensino de Artes Visuais. Problematizando a herança colonialista das práticas cartográficas, a proposta pedagógica centrou-se no conceito de mapas afetivos enquanto ferramenta de exploração crítica, subjetiva e expressiva da relação das pessoas estudantes com o espaço escolar.
O estudo foi aplicado a duas turmas (11.ºB3 e 12.ºA1), integrando exercícios de desenho técnico (perspetiva cónica), representações subjetivas de lugares significativos e um painel coletivo. A metodologia teve como objetivo articular fundamentos técnicos com práticas críticas de representação, estimulando a consciência espacial e afetiva.
Os resultados demonstram diferenças de maturidade e envolvimento entre turmas, sendo a 12.ºA1 mais rápida na apropriação dos enunciados e expressiva na produção gráfica, enquanto a 11.ºB3 revelou maior dificuldade em processos colaborativos. As principais conclusões sublinham a pertinência dos mapas afetivos como ferramenta alternativa didática interdisciplinar e promotora de uma pedagogia crítica, apesar de desafios de integração coletiva e limitações temporais.
Abstract (EN):
This report focuses on the implementation and reflection of a teaching unit developed at Escola Artística Soares dos Reis (EASR), within the framework of the Master's in Visual Arts Education. Problematizing the colonial legacy of cartographic practices, the pedagogical proposal centred on the concept of affective maps as a tool for critical, subjective and expressive exploration of students’ relationship with school space.
The project was implemented in two classes (11th grade B3 and 12th grade A1), combining technical drawing exercises (conic perspective), subjective representations of meaningful places, and a collective panel. The aim was to articulate technical foundations with critical practices of representation, fostering spatial and affective awareness.
Results reveal differences in maturity and engagement between classes: 12th grade students integrated the tasks faster and produced more expressive results, while the 11th grade group showed difficulties in collaborative processes. Findings highlight the relevance of affective maps as an alternative didactic tool for critical pedagogy, despite limitations regarding time and collective integration.
Language:
Portuguese
No. of pages:
105