Resumo (PT):
Esta dissertação, inserida na área da Psicologia das Organizações, procura dar um
contributo teórico e prático ao Modelo Integrado de Desenvolvimento Grupal de Miguez &
Lourenço (2001), através da recolha de dados teóricos oriundos da Psicologia Clínica, no
sentido de compreender e atuar na dinâmica dos indivíduos e dos grupos. Assim, no
âmbito dos seis processos intragrupo elencados pelos autores, sugerem-se estratégias
de intervenção nos processos psicológicos do self no contexto de cada uma das fases de
desenvolvimento dos grupos, de modo a desenvolver a resolução de problemas no
sistema do grupo-como-um-todo. A metodologia qualitativa utilizada, assenta numa teoria
fundamentada (Strauss, A. & Corbin, J., 2008), fruto duma ação reflexiva produtora de
conhecimento e simultaneamente aponta uma prática de intervenção no self dentro do
sistema do grupo-como-um-todo. As fontes de exploração apoiam-se na revisão da
literatura de dois Modelos contemporâneos da Psicologia Clínica: o Modelo SCT
(Systems-Centered Therapy) de Agazarian (2004) e o Modelo TABEIS (Theory of
Attachment Based Exploratory Interest Sharing) de Heard, Lake & McCluskey (2009).
Estes modelos ancoram-se nas descobertas mais recentes sobre as emoções e os
conflitos, tendo em comum o facto de apresentarem métodos e técnicas para
diagnosticar e intervir nos comportamentos defensivos do self, no sentido de promover
comportamentos de exploração quando o self sente uma ameaça ao seu bem-estar. Os
resultados deste trabalho, mostram como estes dois Modelos se complementam e de
que modo o Modelo de Miguez & Lourenço (2001) pode beneficiar dos seus contributos,
para compreender as dinâmicas de funcionamento do grupo-como-um-todo e os
comportamentos predominantes do self em cada uma das fases de desenvolvimento dos
grupos e simultaneamente sugere estratégias de intervenção para a resolução de
problemas que são acessíveis a líderes, gestores, professores e outros profissionais que
desempenhem tarefas de cuidadores.
Language:
Portuguese
No. of pages:
103