Resumo (PT):
A formação profissional encontra-se, cada vez mais, presente nas sociedades atuais, e tem
tentado resolver problemas de baixa qualificação escolar. No entanto, o conhecimento
científico existente sobre a atividade do formador e sobre a utilização dos referenciais de
formação é ainda bastante reduzido.
O presente estudo pretende assumir-se como contributo para aumentar o conhecimento
científico sobre a atividade do formador e sobre a utilização dos referenciais de formação,
através da exploração dos seus percursos académico e profissional, da perceção que têm do
referencial, da sua utilização e da exploração dos desvios à utilização prevista do
referencial. Foram realizadas doze entrevistas semi-estruturadas a um total de doze
formadores, as quais foram analisadas através do programa “Tropes”.
Os resultados apontam que apesar da variabilidade de percursos individuais dos
formadores existem algumas proximidades nos seus percursos escolares.
A principal contribuição prende-se com o conhecimento da perceção que estes formadores
têm do referencial, a utilização que fazem e os desvios realizados nesta utilização. Conclui-
se que os referenciais são mais percecionados como desadequados por parte dos
formadores da área tecnológica e são mais vistos como adequados por parte dos
formadores das áreas sociocultural e científica. Conclui-se, ainda, que a utilização do
referencial varia de formador para formador, uns utilizam mais do que outros. Finalmente,
conclui-se que existem de facto alguns desvios na utilização do referencial, por
praticamente todos os formadores entrevistados, e esses desvios baseiam-se em adaptações,
ajustes e abordagens modificadas.
Language:
Portuguese
No. of pages:
127