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Publication

Trabalhadores galegos no Douro vinhateiro

Title
Trabalhadores galegos no Douro vinhateiro
Type
Article in International Conference Proceedings Book
Year
2016
Authors
Pereira, Gaspar Martins
(Author)
FLUP
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Conference proceedings National
Pages: 81-91
4as Conferências do Museu de Lamego / CITCEM - 2016
Lamego, 15 de julho de 2016
Other information
Resumo (PT): O trabalho intensivo nas vinhas durienses, devido à escassez da mão-de-obra local, dependeu, durante séculos, da atracção de populações pobres das regiões vizinhas. Com o desenvolvimento do comércio dos vinhos generosos do Douro, a partir de finais do século XVII, quando despertaram a preferência do mercado britânico, alastrou a plantação de novas vinhas e aumentou a necessidade de trabalhadores para o seu granjeio. Nessa altura, o Douro passou a atrair também muitos galegos, sobretudo para as fainas grandes das surribas, das plantações, da construção de socalcos, das cavas e das vindimas, que, nas maiores quintas, chegavam a concentrar centenas de trabalhadores. Durante quase dois séculos, até ao início do século XX, todos os anos chegavam ao Douro milhares de trabalhadores galegos, em bandos, acompanhados de «empreiteiros», que negociavam alguns meses de trabalho nas quintas. Depois da destruição provocada pela filoxera, quando foi preciso reconstruir todo o vinhedo regional, muitas surribas e plantações de novas vinhas foram realizadas por galegos. A partir das primeiras décadas do século XX, os galegos deixaram de vir procurar trabalho no Douro. Desaparecidos e esquecidos, os galegos deixaram, no entanto, uma marca indelével não apenas na paisagem vinhateira monumental do Alto Douro mas também na sua população, nos hábitos que se enxertaram nas tradições locais, nos modos de dizer e de fazer, da gastronomia à religiosidade, à música ou ao imaginário popular. Nesta breve comunicação, numa perpectiva histórica sintética de longa duração, pretende-se situar o trabalho dos galegos na construção e reconstrução do Douro vinhateiro.
Abstract (EN): Due to the shortage of local workers, the intensive work in the Douro vineyards has depended for centuries in the attraction of the people from the poor neighbouring regions. With the development of the trade of the fortified wines of the Douro, from the late seventeenth century on, when the preferences of the British market stood out, the planting of new vineyards spread and the need for workers to their ¿granjeio¿ increased. At that time, the Douro attracted many ¿galegos¿ (Galicians), especially for big chores of ¿surribas¿, plantations, construction of terraces, ¿cavas¿ and the grape harvest, which in the larger estates, came to concentrate hundreds of workers. For nearly two centuries, until the beginning of the twentieth century, every year thousands of ¿galegos¿ workers reached the Douro in droves, accompanied by `contractors¿ who traded a few months working on a farm. After the destruction caused by phylloxera, when it was necessary to rebuild the entire regional vineyard, many ¿surribas¿ and new vines plantations were carried out by ¿galegos¿. After the first decades of the twentieth century, the ¿galegos¿ stopped to looking for work in the Douro. Disappeared and forgotten, the ¿galegos¿ left, however, an indelible mark not only on the monumental vineyard landscape of the Alto Douro but also in its people, habits that are grafted on local traditions in ways of saying and doing, gastronomy, religiosity, music or popular imagination. In this brief communication, a synthetic historical perspective of the long term, we intend to place the work of the ¿galegos¿ in the construction and reconstruction of the Douro wine region.
Language: Portuguese
Type (Professor's evaluation): Scientific
Documents
File name Description Size
gaspar_martins_pereira_trabalhadores 2273.48 KB
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