Nos últimos anos temos assistido ao crescimento das potencialidades do digital aplicadas à comunicação e mediação do Património Cultural. Na linha das diretrizes internacionais, como os Princípios de Sevilha (2011), os conceitos enunciados na Carta de Londres (2014) e mais recentemente da Carta de Porto Santo (2021), procura-se, neste Encontro Internacional, fomentar uma abordagem multidisciplinar, que congregue áreas como a Arqueologia, História e História da Arte, Museologia, Estudos do Património, Desenho Digital, Arquivística e Inteligência Artificial. Tal como enunciado na Carta de Porto Santo, a utilização dos “territórios digitais” pode constituir “um espaço aberto de interação, apropriação e promoção da democracia cultural, até do ponto de vista da criação (…)”, bem como um meio de estabelecer a conexão entre as instituições e os cidadãos enquanto membros de uma determinada comunidade. Estas ferramentas devem, por isso, ser úteis às pessoas e envolvê-las nas políticas culturais do património que lhes pertence e do qual necessariamente fazem parte. Pretende-se, neste sentido, promover a necessária reflexão sobre o caráter multidisciplinar destes “territórios digitais” que envolvem tecnologia e criação de conhecimento, com vista a uma melhor comunicação e, consequentemente, usufruto de meios pensados “para o exercício da democracia cultural” (Carta de Porto Santo, 2021), às escalas local, nacional e internacional.

Tendo em vista a relação intrínseca entre o desenvolvimento das tecnologias digitais e a comunicação patrimonial, convida-se a comunidade científica a apresentar propostas inovadoras, numa perspetiva alargada e multidisciplinar, a partir dos seguintes tópicos de reflexão: