Perturbação dos gradientes de pressão intraventriculares normais nos corações insuficientes.

• Tipo: Resumo de Comunicação em Conferência Nacional
• Data: 2007

Autores

Guerra MS (Autor) FMUP; Amorim MJ (Autor) FMUP; Brás-Silva C (Autor) FMUP; Leite-Moreira AF (Autor) FMUP

Ata de Conferência Nacional

Título: Revista Portuguesa Cardiologia

Página Inicial: II-41

XXVIII Congresso Português de Cardiologia

Vilamoura, 22 a 25 de Abril de 2007

Classificação Científica

FOS: Ciências médicas e da saúde > Outras ciências médicas

CORDIS: Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina > Cardiologia

Outras Informações

Resumo (PT): Recentemente demonstrámos a existência de gradientes de pressão intraventriculares (GPIV) diastólicos e sistólicos e a sua estreita relação com a variação assíncrona dos diferentes segmentos ventriculares. Demonstrámos, ainda, que os GPIV podem estar atenuados, abolidos ou até invertidos em situações que perturbem a função ventricular, tais como aumentos da pós-carga ou isquemia aguda do miocárdio. O objectivo do presente estudo foi caracterizar os GPIV num modelo de insuficiência cardíaca. Coelhos neo-zelandeses normais (n=6) e com insuficiência cardíaca (n=5) induzida pela doxorrubicina foram anesteziados, traqueostomizados, esternotomizados e devidamente instrumentados de forma a monitorizar-se a pressão no ápex e no tracto de saída do ventrículo esquerdo (VE). Os GPIV (entre o ápex e o tracto de saída) foram calculados e comparados nos corações normais e insuficientes. Os coelhos submetidos ao tratamento com doxorrubicina apresentavam insuficiência cardíaca diastólica e sistólica caracterizadas por diminuição (-36,9±2,5%) da pressão sistólica máxima do VE e por aumento (+60,2±5,2%) do tempo de relaxamento isovolumétrico. Os GPIV observados no início da diástole (-4,6±0,7mmHg) e durante o enchimento rápido (+3,6±0,2mmHg) nos corações normais desapareceram nos corações insuficientes (-0,5±0,1mHg e +0,1±0,1mmHg, respectivamente). Durante a fase de ejecção rápida, observámos um GPIV positivo (+0,6±0,1mmHg) que se inverteu (-0,8±0,1mmH) durante a fase de ejecção lenta nos corações normais. Nos corações insuficientes observámos durante toda a ejecção apenas um GPIV positivo (+1,0±0,3mmHg). Na insuficiência cardíaca os GPIV diastólicos que promovem o enchimento ventricular estão abolidos e perde-se o padrão bifásico sistólico de GPIV semelhante ao padrão aórtico-ventricular que facilita o esvaziamento ventricular.

Idioma: Português

Tipo (Avaliação Docente): Científica

Notas: XXVIII Congresso Português de Cardiologia, publicado na Rev. Port. Cardiol. 2007; Vol.26(Supl.II):II-41.