Efeitos benéficos do exercício físico sobre a função ventricular esquerda em condições de sobrecarga aguda de pressão.

• Tipo: Resumo de Comunicação em Conferência Nacional
• Data: 2007

Autores

Gonçalves-Moreira D (Autor) Outra; Henriques-Coelho T (Autor) FMUP; Gonçalves N (Autor) FMUP; Ferreira-Martins J (Autor) FMUP; Santos AR (Autor) Outra; Duarte JA (Autor) Outra; Leite-Moreira AF (Autor) FMUP

Ata de Conferência Nacional

Título: Revista Portuguesa Cardiologia

Página Inicial: II-97

XXVIII Congresso Português de Cardiologia

Vilamoura, 22 a 25 de Abril de 2007

Classificação Científica

FOS: Ciências médicas e da saúde > Outras ciências médicas

CORDIS: Ciências da Saúde > Ciências Médicas > Medicina > Cardiologia

Outras Informações

Resumo (PT): Introdução: O exercício físico crónico dinâmico induz alterações hemodinâmicas que se associam a inúmeros efeitos benéficos a nível cardiovascular. A sobrecarga ventricular, dependendo do tipo de carga e da fase do ciclo cardíaco em que esta é aplicada, pode induzir disfunção sistólica e/ou diastólica. No presente estudo avaliámos as alterações hemodinâmicas no ventrículo esquerdo (VE) induzidas pela sobrecarga aguda de pressão em animais normais e submetidos a exercício físico. Material e Métodos: Ratos Wistar machos (n= 10), foram aleatoriamente separados em 2 grupos: i) Treino (n=4; protocolo de treino de 14 semanas) e ii) Sham (n=6; colocados sobre tapete rolante sem movimento). Um dia após a conclusão do protocolo de treino, os animais foram anestesiados, traqueotomizados, foi colocado catéter venoso e realizada esternotomia. A sobrecarga de pressão sistólica foi induzida por constrição (banding) da artéria aorta torácica descendente (50%-70% elevação da PVEmax) durante 2 horas. Os dados hemodinâmicos foram adquiridos com catéteres de conductância e de pressão. Foram determinadas a pressão máxima (PVEmax), as velocidades de elevação e queda de pressão (dP/dtmax e dP/dtmin), a velocidade de relaxamento avaliada pela constante de tempo tau e a fracção de ejecção (FE). Resultados:Os resultados encontram-se sumariados na tabela e expressam-se como médias ± erro padrão; p<0.05: a vs 0min; b vs Sham. Sham-0min Sham-120min Treino-0min Treino-120min PVEmax (mmHg) 89,3±9,4 77,4±10,4 96,1±3,6 154,7±13,0 a,b dP/dtmax (mmHg/s) 4489±508 3057±997 5126±280 9159±1529 b FE (%) 19,74±1,6 13,4±3,8 29,6±2,6 26,9±4,5 dP/dtmin (mmHg/s) -4142±947 -2407±714 -4864±480 -8864±1769 b tau (ms) 15±1 22±4 a 13±1 13±8 b Conclusão:No grupo treinado, ao contrário do grupo Sham, a sobrecarga VE induziu melhoria da função sistólica com preservação da função diastólica e do relaxamento. Os animais submetidos ao protocolo de treino demonstraram que o exercício de resistência tem um efeito protector a alterações súbitas da póscarga. O estudo dos mecanismos subjacentes irá permitir a identificação de vias sub-celulares protectoras dos efeitos deletérios que uma sobrecarga aguda de pressão pode induzir.

Idioma: Português

Tipo (Avaliação Docente): Científica

Notas: XXVIII Congresso Português de Cardiologia, publicado na Rev. Port. Cardiol. 2007; Vol.26(Supl.II):II-97.