Sistemas Penitenciários
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Criminologia |
Ocorrência: 2022/2023 - 1S (de 12-09-2022 a 16-12-2022) 
Ciclos de Estudo/Cursos
Acronym |
No. of students |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Credits UCN |
Credits ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
C |
64 |
Plano Oficial LCRI |
3 |
- |
6 |
- |
|
Língua de trabalho
Português
Objectives
- Situar a emergência e a evolução da prisão no quadro da evolução dos sistemas sociais, das filosofias penais, dos saberes sobre o crime e as penas e dos sistemas de controlo social nos países ocidentais.
- Analisar as funções, finalidade e eficácia das penas de prisão no quadro das sanções e medidas penais e enquadrar as políticas penitenciárias no quadro das políticas penais.
- Perspectivar a prisão e a pena de prisão em Portugal.
- Especificidades da população cárcere: conhecer os efeitos da prisão e os modos de adaptação à prisão.
- Enquadrar a execução das medidas privativas de liberdade no âmbito internacional do respeito pelos Direitos Fundamentais
- Analisar problemáticas específicas no contexto prisional (e.g. violência, suicídio, parentalidade etc.) e respectivas modalidades de intervenção.
Resultados de aprendizagem e competências
Os conteúdos programáticos transmitidos visam dar a conhecer:
1) a emergência, evolução e finalidades atuais da pena de prisão, com especial enfoque no sistema penitenciário português;
2) as principais especificidades da população prisional e seus mecanismos de adaptação;
3) conhecimento, teórico e empírico, sobre as principais problemáticas que afetam o sistema penitenciário na actualidade;
4) conhecimento sobre os principais racionais de intervenção no contexto prisional, dirigidos à prevenção da reincidência.
Modo de trabalho
Presencial
Programa
I. A emergência e a evolução da prisão: abordagem histórica e genealógica;
- A prisão e a pena privativa de liberdade como pena principal
- A função disciplinar da prisão e o modelo de sociedade que a sustenta, segundo M. Foucault
- Os modelos prisionais, sua evolução e situação actual nas sociedades ocidentais
II.A pena de prisão em Portugal e o sistema prisional português: dados estatísticos e tendências gerais
- As recomendações europeias (ONU, CEDH, CEPT) e a visão do detido (de objecto a sujeito);
III. Problemáticas associadas aos sistemas penitenciários:
- Sobrelotação prisional: causas, consequências, respostas do sistema;
- A violência e o suicídio nas prisões: teorias e investigação empírica.
- A adaptação à prisão: os efeitos da reclusão e os diferentes percursos adaptativos.
- Prisões femininas: a questão da maternidade na prisão.
- Modalidades de intervenção em contexto prisionais: a prevenção da reincidência e intervenção em problemáticas específicas (violência, suicídio, parentalidade etc.).
IV. Estudos etnográficos nas prisões: culturas, identidades e relações sociais.
- Questões teórico-metodológicas;
- Aplicação dos conceitos a contextos prisionais específicos.
Bibliografia Obrigatória
Antunes, M. J. & Pinto, I. H. ; CEP. Código Anotado., Coimbra Editora., 2001
Aos, S., Miller, M. & Drake, E.; Evidence-Based Adult Corrections Programs: What Works and What Does Not. , Olympia: Washington State Institute for Public Policy., 2006
Bottoms Anthony E. 340;
Alternatives to prison. ISBN: 1843921049
Crewe Ben 340;
Handbook on prisons. ISBN: 978-0-415-74566-6
Coyle Andrew;
Understanding prisons. ISBN: 0-335-21338-3
Dye, M. H. ; Deprivation, importation, and prison suicide: Combined effects of institutional conditions and inmate composition. , Journal of Criminal Justice, 38, 796–806., 2010
Foucault Michel 1926-1984;
Surveiller et punir. ISBN: 2-07-072868-0
Gendreau, P., French, S. A. & Gionet, A. ; What works (What doesn’t work): The Principles of effective correctional treatment. , Journal of Community Corrections, 13, 4-30., 2004
Granja, Rafaela; Beyond prison walls: The experiences of prisoners’ relatives and meanings associated with imprisonment, Sage, 2016
Granja, Rafaela; Sharing Imprisonment Experiences of Prisoners and Family Members in Portugal in Prisons, Punishment, and the Family: Towards a New Sociology of Punishment? (pp. 258-272). , Prisons, Punishment, and the Family: Towards a New Sociology of Punishment? (pp. 258-272). Oxford: Oxford University Press.
Heilbrun, K., DeMatteo, D., Fretz, R., Erickson, J., Yasuhara, K. & Anumba, N.; How ''Specific'' Are Gender-Specific Rehabilitation Needs? An Empirical Analysis., Criminal Justice and Behavior, 35, 1382-1397., 2008
Jewkes, Ivone (ed.); Handbook on Prisons, Routledge, 2013
Johnson Robert 1948-;
Hard time. ISBN: 978-1-119-08277-4
Kuhn, A. ; What can we do about prison overcrowding? , European Journal on Criminal Policy and Research, 2(4), 101-106., 1993
Levan Kristine;
Prison violence. ISBN: 978-1-4094-3390-3
Liebling Alison 340;
The^effects of imprisonment. ISBN: 978-1-84392-217-9
McCguire, J. ; What works in correctional intervention? Evidence and pratical implications. , In Gary A. Bernfeld, David P. Farrington, Alan W. Leschied (Ed.), Offender rehabilitation in practice : implementing and evaluating effective programs. Chichester, 2001
Reforma Penal Internacional; Dos princípios à prática: Um manual internacional para uma boa prática prisional, 1996
Rocheleau, A. M. ; An empirical exploration of the ‘‘Pains of Imprisonment’’ and the level of prison misconduct and violence., Criminal Justice Review, 38(3,) 354-374., 2013
Scott David;
Prisons & punishment. ISBN: 978-1-4462-7347-0
Bibliografia Complementar
Celinska, K. & Siegel, J. A. ; Mothers in trouble: Coping with actual or pending separation from children due to incarceration. The Prison Journal, 90(4) 447 –474., 2010
Gadon, L., Johnstone, L. & Cooke, D.; Situational variables and institutional violence: A systematic review of the literature. Clinical Psychology Review, 26, 515 – 534., 2006
Kuhn, A. ; Détenus: Combiens? Pourquoi, Que faire? , Berne: Haupt., 2000
Liebling, Alison.; Doing Research in Prison: Breaking the Silence?. Theoretical Criminology, 1999, vol. 3, pp. 147-173.
Phillips, Coretta and Earle, Rod. ; Reading difference differently? Identity, epistemology and prison ethnography. British journal of criminology, 2010, vol. 50 (2). pp. 360-378.
Porporino Frank;
Strategies to reduce prison violence
Porporino, F. J., & Zamble, E. ; Coping with imprisonment. Canadian Journal of Criminology, 26, 403-421., 1984
Sykes Gresham M.;
The^society of captives. ISBN: 0-691-02814-1
Observações Bibliográficas
Ao longo do semestre será facultada bibliografia em formato eletrónico, v.g. artigos científicos relevantes.
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Aulas teórico-práticas em que se complementa a exposição de conteúdos com a componente de aplicação dos conhecimentos transmitidos às temáticas apresentadas.
Constituição de grupos de trabalho a fim de analisar e discutir os assuntos por meio de pesquisa de fontes documentais elaborado pelo aluno e, simultaneamente, a concessão da possibilidade de contato direto com o sistema penitenciário, através de visitas às prisões.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Exame |
60,00 |
Trabalho escrito |
40,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Time (Hours) |
Trabalho escrito |
15,00 |
Total: |
15,00 |
Eligibility for exams
A conclusão com sucesso da U.C. pressupõe que o estudante obtenha pelo menos 8 valores em cada uma das componentes de avaliação e que a nota final seja igual ou superior a 10 valores.
Calculation formula of final grade
O trabalho de avaliação distribuída consiste na realização de uma revisão da literatura sobre um dos temas a propor pelo docente da unidade curricular.
A avaliação distribuída terá uma ponderação de 40% da nota final, correspondente a 8 valores em 20. Tendo o exame final, por conseguinte, uma ponderação de 60% (12 valores).
Melhoria de classificação
A melhoria de nota realiza-se por exame escrito, aplicando-se a mesma fórmula de avaliação distribuída.
Observações
Horário de atendimento presencial aos/às estudantes:
- Sextas-feiras, entre as 13h00 e as 15h.
Solicita-se o envio prévio de email à docente (frodrigues
@direito.up.pt).