Código: | C305 | Acronym: | SPEN |
Áreas Científicas | |
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Classificação | Área Científica |
OFICIAL | Criminologia |
Ativa? | Sim |
Curso/CE Responsável: | Criminologia |
Acronym | No. of students | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Credits UCN | Credits ECTS | Horas de Contacto | Horas Totais |
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C | 48 | Plano Oficial LCRI | 3 | - | 6 | - |
- Situar a emergência e a evolução da prisão no quadro da evolução dos sistemas sociais, das filosofias penais, dos saberes sobre o crime e as penas e dos sistemas de controlo social nos países ocidentais.
- Analisar as funções, finalidade e eficácia das penas de prisão no quadro das sanções e medidas penais e enquadrar as políticas penitenciárias no quadro das políticas penais.
- Perspectivar a prisão e a pena de prisão em Portugal.
- Especificidades da população cárcere: conhecer os efeitos da prisão e os modos de adaptação à prisão.
- Enquadrar a execução das medidas privativas de liberdade no âmbito internacional do respeito pelos Direitos Fundamentais
- Analisar problemáticas específicas no contexto prisional (e.g. violência, suicídio, parentalidade etc.) e respectivas modalidades de intervenção.
Os conteúdos programáticos transmitidos visam dar a conhecer:
1) a emergência, evolução e finalidades atuais da pena de prisão, com especial enfoque no sistema penitenciário português;
2) as principais especificidades da população prisional e seus mecanismos de adaptação;
3) conhecimento, teórico e empírico, sobre as principais problemáticas que afetam o sistema penitenciário na actualidade;
4) conhecimento sobre os principais racionais de intervenção no contexto prisional, dirigidos à prevenção da reincidência.
I. A emergência e a evolução da prisão: abordagem histórica e genealógica;
- A prisão e a pena privativa de liberdade como pena principal
- A função disciplinar da prisão e o modelo de sociedade que a sustenta, segundo M. Foucault
- Os modelos prisionais, sua evolução e situação actual nas sociedades ocidentais
II.A pena de prisão em Portugal e o sistema prisional português: dados estatísticos e tendências gerais
- As recomendações europeias (ONU, CEDH, CEPT) e a visão do detido (de objecto a sujeito);
III. Problemáticas associadas aos sistemas penitenciários:
- Sobrelotação prisional: causas, consequências, respostas do sistema;
- A violência e o suicídio nas prisões: teorias e investigação empírica.
- A adaptação à prisão: os efeitos da reclusão e os diferentes percursos adaptativos.
- Prisões femininas: a questão da maternidade na prisão.
- Modalidades de intervenção em contexto prisionais: a prevenção da reincidência e intervenção em problemáticas específicas (violência, suicídio, parentalidade etc.).
IV. Estudos etnográficos nas prisões: culturas, identidades e relações sociais.
- Questões teórico-metodológicas;
- Aplicação dos conceitos a contextos prisionais específicos.
Aulas teórico-práticas em que se complementa a exposição de conteúdos com a componente de aplicação dos conhecimentos transmitidos às temáticas apresentadas.
Constituição de grupos de trabalho a fim de analisar e discutir os assuntos por meio de pesquisa de fontes documentais elaborado pelo aluno e, simultaneamente, a concessão da possibilidade de contato direto com o sistema penitenciário, através de visitas às prisões.
Designação | Peso (%) |
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Exame | 60,00 |
Trabalho escrito | 40,00 |
Total: | 100,00 |
Designação | Time (Hours) |
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Trabalho escrito | 15,00 |
Total: | 15,00 |
O trabalho de avaliação distribuída consiste na realização de uma revisão da literatura sobre um dos temas a propor pelo docente da unidade curricular.
A melhoria de nota realiza-se por exame escrito, aplicando-se a mesma fórmula de avaliação distribuída.
Bibliografia complementar
-Antunes, M. J. & Pinto, I. H. (2001).CEP. Código Anotado.Coimbra: Coimbra Editora.
-Celinska, K. & Siegel, J. A. (2010). Mothers in trouble: Coping with actual or pending separation from children due to incarceration. The Prison Journal, 90(4) 447 –474.
-Dye, M. H. (2010). Deprivation, importation, and prison suicide: Combined effects of institutional conditions and inmate composition. Journal of Criminal Justice, 38, 796–806.
-Foucault, M. (1982). Vigiar e punir. Petrópolis: Ed. Vozes.
-Gadon, L., Johnstone, L. & Cooke, D. (2006). Situational variables and institutional violence: A systematic review of the literature. Clinical Psychology Review, 26, 515 – 534.
-Kuhn, A. (2000). Détenus: Combiens? Pourquoi, Que faire? Berne: Haupt.
- Porporino, F. J., & Zamble, E. (1984). Coping with imprisonment. Canadian Journal of Criminology, 26, 403-421.
- Reforma Penal Internacional(1996):Dos princípios à prática: Um manual internacional para uma boa prática prisional.
-LIEBLING, Alison. Doing Research in Prison: Breaking the Silence?. Theoretical Criminology, 1999, vol. 3, pp. 147-173.
- Phillips, Coretta and Earle, Rod. Reading difference differently? Identity, epistemology and prison ethnography. British journal of criminology, 2010, vol. 50 (2). pp. 360-378.