Resumo: |
A prevalência de obesidade está a atigir proporções epidémicas (Maggard et al., 2005) e pode-se identificar uma deriva histórica nos países desenvlvidos (McTigue, Garret, & Popkin, 2002) tal como em Portugal (Marques-Vidal & Dias,2005). A obesidade e o execesso de peso em adultos está associada com um elevado decréscimo na expectativa de vida e aumento de mortalidade precoce (Peeters et al., 2003). As consequências da obesidade incluem doença cardíaca, diabetes, hipertensão, hiperlipidemia, osteoartrite e apneia de sono (Maggard et al.2005). o impacto sócio económico da obesidade é enorme (Andreyeva, Sturn, & Ringel, 2004) tal como o impacto sócio económico pessoal (Laaksonen, Sarlio-lahteenkorva, & Lahelma, 2004; Rebecca & Brownell, 2001). Inúmera investigação tem confirmado que o peso das pessoas é uma função complexa de factores genéticos, comportamentais, psicológicos, e ambientais. É difícil perder peso e ainda mais difícil manter a perda de peso: a maioria dos doentes tornam a ganhar peso depois do tratamento (Elfhag & Rosser, 2005), mas os aspectos motivacionais parecem ser decisivos para iniciar um programa de redução de peso e para manter essa redução. Embora os aspectos genéticos expliquem uma variância substancial na obesidade, uma variância considerável continua a ser explicada por variáveis comportamentais, tais como comportamento alimentar e exercício, e pelas suas determinantes psicológicas e ambientais. O presente estudo foca estes determinantes psicológicos e ambientais. O objectivo do presente estudo é compreender o processo pelo qual muitos indivíduos se ajustam ao tratamento da obesidade, o que pode contribuir para melhorar a eficácia da intervenção e facilitar o ajustamento. Mais concretamente visam: descrever a evolução da perda de peso e da manutenção da perda de peso num período de três anos; identificar e descrever os preditores da perda de peso e da manutenção da perda de peso em doentes com obesidade mórbida; Identificar predictor  |
Resumo A prevalência de obesidade está a atigir proporções epidémicas (Maggard et al., 2005) e pode-se identificar uma deriva histórica nos países desenvlvidos (McTigue, Garret, & Popkin, 2002) tal como em Portugal (Marques-Vidal & Dias,2005). A obesidade e o execesso de peso em adultos está associada com um elevado decréscimo na expectativa de vida e aumento de mortalidade precoce (Peeters et al., 2003). As consequências da obesidade incluem doença cardíaca, diabetes, hipertensão, hiperlipidemia, osteoartrite e apneia de sono (Maggard et al.2005). o impacto sócio económico da obesidade é enorme (Andreyeva, Sturn, & Ringel, 2004) tal como o impacto sócio económico pessoal (Laaksonen, Sarlio-lahteenkorva, & Lahelma, 2004; Rebecca & Brownell, 2001). Inúmera investigação tem confirmado que o peso das pessoas é uma função complexa de factores genéticos, comportamentais, psicológicos, e ambientais. É difícil perder peso e ainda mais difícil manter a perda de peso: a maioria dos doentes tornam a ganhar peso depois do tratamento (Elfhag & Rosser, 2005), mas os aspectos motivacionais parecem ser decisivos para iniciar um programa de redução de peso e para manter essa redução. Embora os aspectos genéticos expliquem uma variância substancial na obesidade, uma variância considerável continua a ser explicada por variáveis comportamentais, tais como comportamento alimentar e exercício, e pelas suas determinantes psicológicas e ambientais. O presente estudo foca estes determinantes psicológicos e ambientais. O objectivo do presente estudo é compreender o processo pelo qual muitos indivíduos se ajustam ao tratamento da obesidade, o que pode contribuir para melhorar a eficácia da intervenção e facilitar o ajustamento. Mais concretamente visam: descrever a evolução da perda de peso e da manutenção da perda de peso num período de três anos; identificar e descrever os preditores da perda de peso e da manutenção da perda de peso em doentes com obesidade mórbida; Identificar predictores de bom ajustamento ao tratamento em doentes doentes com obesidade mórbida; comparar a qualidade de vida de doentes com obesidade mórbida, com os valores normativos da população portuguesa. (emparelhados para o grupo etário e para o género). Variáveis em estudo incluímos três grupos de variáveis: variáveis de entrada que incluem variáveis da doença (peso no início do tratamento, gravidade da obesidade e percepção do doente da gravidade da obesidade), variáveis demográficas (idade, nível de escolaridade, estatuto familiar, estatuto profissional), e personalidade; variáveis psicossociais intermediárias (motivação, esperança, estados psicológicos positivos, suporte social, auto-conceito, estigma, adesão); variáveis de ajustamento ou de resultado (qualidade de vida, distress- stress, ansiedade e deptressão-, perda de peso, manutenção da perda de peso, satisfação com o tratamento, e felicidade. Participantes Os participantes constituem uma amostra sequencial de 100 doentes com obesidade mórbida (BMI>40), submetidos a cirurgia ou outro tratamento. Procedimento O desenho é longitudinal e os doentes serão avaliados no início do tratamento para as variáveis de entrada, intermediária e de resultado (estas para definir o ponto inicial com que comparar no fim); a cada seis meses serão repetidas as avaliações para as variáveis intermediárias, em alguns momentos, as variáveis de resultado. A avaliação inicial terá lugar no hospital; as seguintes decorrerão no hospital se possível ou em casa ou noutro lugar de conveniência dos doentes através de contacto personalizado com a equipa de investigação |