O Governo Provisório da República criou, em 1911, duas novas universidades, no Porto e em Lisboa. No caso do Porto, a Universidade surge a partir de duas Escolas já existentes, a Academia Politécnica e a Escola Médico-Cirúrgica, transformadas em Faculdades de Ciências e de Medicina.
No entanto, a nossa história começara em meados do século XVIII, nos tempos de D. José e do Marquês de Pombal, com a criação da Aula de Náutica. Em 1762, um decreto real criava "12 tenentes do mar e 18 guardas-marinhas, com aula e residência na cidade do Porto"; no ano anterior o Rei deferira uma pretensão dos principais negociantes da cidade que, "vendo ameaçada a navegação, por piratas e corsários de Argel e de Salé, propunham um imposto especial para a construção e custeio de duas fragatas de guerra, destinadas a comboiar as embarcações, nas suas viagens entre esta cidade e os portos do Brasil".
Em 1779, já no reinado de D. Maria I, surge a Aula de Debuxo e Desenho, que viria a contar entre os seus mestres os pintores Francisco Vieira (Vieira Portuense) e Domingos António de Sequeira. As duas Aulas partilhavam com o Colégio dos Meninos Órfãos, ou Colégio da Graça, as exíguas construções erigidas no local onde actualmente existe o Edifício Central da Universidade; aquele Colégio, criado pelo Padre Baltazar Guedes em 1651, só abandonaria esse local no início do século XX.
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Porto, sec.XVIII, por Manoel Marques de Aguilar, Alumno das Aulas Regias, Náutica, e Dezenho.
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