A chamada "Lei da Reforma Literária", do Governo de Manuel da Silva Passos, trouxe à Cidade do Porto importantes alterações no campo da Instrução Pública: a criação do Liceu Nacional e da Academia Portuense de Belas-Artes, a transformação da Real Escola de Cirurgia e da Academia Real de Marinha e Comércio em novas instituições, a Escola Médico-Cirurgíca e a Academia Politécnica.
Quanto a esta última, que existiu de 1837 a 1911, a intenção era "dotar o País, num dos seus centros mais populosos e activos" de um ensino das "ciências industriais", inspirando-se em iniciativas recentes noutros países. À nova Academia cabia formar "engenheiros civis de todas as classes (pontes e estradas, minas, geógrafos, construtores de navios), Oficiais de Marinha, pilotos, directores de fábricas, comerciantes, artistas, agricultores – além de oferecer cursos preparatórios para Oficiais do Exército".
Para isso eram criadas 11 "cadeiras", de Matemática (4), Desenho, História Natural, Física, Química, Botânica, Comércio, Artilharia e Táctica Naval.
Onze era, também, o número de lentes, seis o de substitutos, um dos quais associado à cadeira de Desenho; mantinha-se o mestre do Aparelho e Manobra Naval, subordinado a um dos lentes de matemática.
|
 |
Academia Polytechnica (Lado da Graça), Joaquim Cardoso Vitória Vilanova, Edifícios do Porto, 1833
|