Chegaram com a Primavera e estão agora plantadas no Jardim Fenológico do Instituto Geofísico da Universidade do Porto (IGUP), que integra a Rede Europeia de Jardins Fenológicos Internacionais (IGP, na sigla em inglês). São seis novas espécies: Abeto-falso (Picea abies), Bétula (Betula), Prunus (Prunus L.) , Castanheiro (Quercus), e Tília (Tilia L.) e um novo exemplar de Salgueiro (Salix acutifolia Willd.)
Estas plantas compõem o jardim fenológico do IGUP em conjunto com o Larício europeu (Larix decidua Mill.), o Pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris L.), a Faia-europeia (Fagus sylvatica L.), Choupo-tremedor (Populus tremula L.), , Forsythia suspensa Thunb e Lilazeiro chinês (Syringa chinensis L.).
A fenologia é o ramo da ciência que relaciona fenómenos periódicos da natureza e os ciclos anuais (estações do ano), tendo em conta as variações climatéricas. Com plantas geneticamente iguais dispersas por diferentes localizações geográficas, os jardins fenológicos têm um papel fundamental no estudo e na observação destas espécies.
Em fevereiro, em entrevista ao jornal Público, Helena Ribeiro, docente da FCUP e responsável pelo jardim fenólogico do IGUP, já deu conta de uma chegada antecipada da Primavera, como consequência das alterações climáticas: "Já verificámos algumas flores abertas na Forsythia (lilazeiro chinês) e do Populus (choupo). Os gomos florais da Fagus já saíram do estado fenológico de dormência (incharam e mudaram de cor), o que é usual só acontecer no início de março".