Summary: |
A importância da gestão da cadeia de abastecimento alimentar (GC AA) tem vindo a crescer tanto a nível industrial como científico. Este crescimento é causado principalmente por uma expansão da população e pelo aumento do PIB per capita. Para lidar com esta procura crescente, as cadeias de abastecimento alimentares (C AAs) têm de garantir o fornecimento de uma quantidade mais elevada, com maior qualidade e para uma maior variedade de produtos. Além disso, a incerteza na qualidade e quantidade das matérias-primas, bem como a incerteza na procura dos clientes, têm de ser abordadas. Isto implica que as
empresas que operam em C AAs têm que considerar, além dos custos, a relação com o risco e não descurar as questões de frescura, de sustentabilidade e de ética empresarial [MABR06].
Na Europa, a indústria alimentar é responsável por 13,5% dos empregos no setor da manufatura (Fonte: Federalimentare). Em Portugal, a importância do setor alimentar é provavelmente ainda maior pois as indústrias a ele associadas geram um volume
de vendas superior a ¤ 10,6 biliões e serviços no valor de ¤ 150 milhões, o que corresponde a cerca de 7% do PIB (Fonte:
Instituto Nacional de Estatística). Adicionalmente, e de acordo com a FAO (Food and Agriculture Organization das Nações Unidas), as C AAs são responsáveis por mais de 22% dos 36 biliões de toneladas de gases de efeito de estufa produzidos anualmente em todo o mundo.
É amplamente reconhecido que as ferramentas tradicionais de gestão de cadeias de abastecimento têm um fraco desempenho quando aplicadas a GC AA [RAJA11]. Isto é causado principalmente pelas dificuldades em lidar com os problemas mencionados
anteriormente. As características inerentes às C AA são significativamente diferentes das outras cadeias de abastecimento. A principal diferença é a mudança contínua da qualidade das matérias-primas: desde que são enviadas do produtor até que são processadas na fábrica. [AHVI09] explica que as C AAs são mais complexas e mais dif |
Summary
A importância da gestão da cadeia de abastecimento alimentar (GC AA) tem vindo a crescer tanto a nível industrial como científico. Este crescimento é causado principalmente por uma expansão da população e pelo aumento do PIB per capita. Para lidar com esta procura crescente, as cadeias de abastecimento alimentares (C AAs) têm de garantir o fornecimento de uma quantidade mais elevada, com maior qualidade e para uma maior variedade de produtos. Além disso, a incerteza na qualidade e quantidade das matérias-primas, bem como a incerteza na procura dos clientes, têm de ser abordadas. Isto implica que as
empresas que operam em C AAs têm que considerar, além dos custos, a relação com o risco e não descurar as questões de frescura, de sustentabilidade e de ética empresarial [MABR06].
Na Europa, a indústria alimentar é responsável por 13,5% dos empregos no setor da manufatura (Fonte: Federalimentare). Em Portugal, a importância do setor alimentar é provavelmente ainda maior pois as indústrias a ele associadas geram um volume
de vendas superior a ¤ 10,6 biliões e serviços no valor de ¤ 150 milhões, o que corresponde a cerca de 7% do PIB (Fonte:
Instituto Nacional de Estatística). Adicionalmente, e de acordo com a FAO (Food and Agriculture Organization das Nações Unidas), as C AAs são responsáveis por mais de 22% dos 36 biliões de toneladas de gases de efeito de estufa produzidos anualmente em todo o mundo.
É amplamente reconhecido que as ferramentas tradicionais de gestão de cadeias de abastecimento têm um fraco desempenho quando aplicadas a GC AA [RAJA11]. Isto é causado principalmente pelas dificuldades em lidar com os problemas mencionados
anteriormente. As características inerentes às C AA são significativamente diferentes das outras cadeias de abastecimento. A principal diferença é a mudança contínua da qualidade das matérias-primas: desde que são enviadas do produtor até que são processadas na fábrica. [AHVI09] explica que as C AAs são mais complexas e mais difíceis de controlar do que outras cadeias de abastecimento.
A consideração de perecibilidade e risco aquando do desenho e planeamento das C AAs nunca foi abordada na literatura. Neste contexto, o presente projeto propõe uma abordagem quantitativa e inovadora à GC AA, que integra o desenho e planeamento
da cadeia de abastecimento, tendo em conta os principais indicadores da GC AA. O objetivo final desta abordagem é o de melhorar a qualidade das decisões tomadas pelos intervenientes das C AAs. Em particular, este projeto é voltado para empresas que processam matérias-primas alimentares perecíveis e que as convertem em produtos finais perecíveis.
Duas empresas de processamento de tomate serão envolvidas no desenvolvimento do projeto, atuando como casos de estudo.
Depois de se obter uma versão coerente da abordagem a seguir, outros setores agro-alimentares serão abordados. Esta abordagem é inovadora para a GC AAs por duas razões principais. Em primeiro lugar, o impacto das decisões tomadas em níveis mais altos (desenho) será tido em conta nas decisões a serem tomadas em níveis mais baixos (planeamento). Em segundo lugar, o conjunto dos indicadores para a GC AA que serão considerados assegura que todas as complexidades são contempladas. Por isso, além dos custos, questões de risco serão analisadas à luz das fortes incertezas que estas cadeias de
abastecimento estão sujeitas. Indicadores intangíveis, tais como a perecibilidade, a frescura, o nível de serviço, a distância percorrida pelos alimentos e a segurança alimentar, serão também incorporados. |