Ricardo Correia, CEO da spin-off da U.Porto, revela que a Glintt “foi uma escolha óbvia” para abrir oportunidades em Portugal e no estrangeiro, depois de alguns anos de consolidação do modelo de negócio e da oferta da Healthy Systems: “Percebemos que teríamos dificuldade em aumentar o número de clientes com a estrutura atual, e que faria mais sentido procurar investimento inteligente junto de uma entidade complementar que conheça o mercado”, conta.
Já a Glintt considera que “as sinergias entre ambas as empresas são o maior ativo da parceria”, bem como a “capacidade conjunta de atuar no ecossistema de saúde com soluções que melhoram a eficiência das unidades de saúde e a qualidade de vida dos seus utentes”, revelam os representantes daquela que é a maior empresa de consultoria e tecnologia a atuar no setor da saúde em Portugal. “A Healthy Systems é, sem dúvida, um player de enorme relevo nas áreas de interoperabilidade, segurança e auditoria dos sistemas de informação e, em particular, na saúde. É uma spin-off com uma cultura de rigor, proximidade na entrega, capacidade de inovar e proximidade à academia, fatores que são muito relevantes para nós”, revelam os representantes da Glintt.
Negócios essenciais em tempos de pandemia
“Para que a saúde seja cada vez mais digital, mais ágil e mais próxima, é necessária uma complementaridade de soluções e de conhecimentos que são a base para construirmos esta parceria entre a Glintt e a Healthy Systems”, referem os representantes da multinacional, dando especial ênfase ao momento atual que, este ano, fez parar o mundo: a pandemia da COVID-19.
Para a Healthy Systems, a pandemia “tornou óbvia a necessidade de sistemas de informação em saúde robustos e que promovam a circulação segura de dados”, explica Ricardo Correia, que é também docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e investigador do CINTESIS. Na opinião dos fundadores, esta pandemia – e outras que possam surgir – “só pode ser controlada e vencida com recurso a dados de qualidade, mantendo a matriz de proteção de dados pessoais que tem caracterizado a Europa.” Assim, a área de atuação da spin-off tem sido central nas discussões relacionadas com a COVID-19, e os membros da Healthy Systems esperam que “haja um investimento forte neste tipo de sistemas de informação em saúde nos próximos anos”.
Esta visão é partilhada pela Glintt, o que deu também parte do mote à parceria entre ambas. Para a multinacional, a “capacidade de os sistemas de informação comunicarem é um elemento fundamental na persecução do hospital inteligente, digital e mais humanizado”, referem, acrescentando que o momento atual é “um demonstrador desta necessidade de haver mais tecnologia ao dispor de todos os intervenientes no ecossistema”.
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Renata Silva. SICC. 15-09-2020