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Meet the Staff: Orfeu Bertolami

Departamento de Física e Astronomia


Orfeu Bertolami62 anos, é um físico teórico preocupado com as alterações climáticas que procura originalidade no que faz. Na FCUP há 11 anos, seis como diretor do departamento de Física e Astronomia, concilia as aulas e a investigação, com a escrita de artigos de opinião, livros de divulgação científica e até romances. 

 

  orfeubertolami

© SICC.RS

Departamento 

Física e Astronomia 

 

Há quanto tempo trabalha na FCUP?

Estou na Universidade do Porto desde setembro de 2010. Estive em vários países: Inglaterra, Itália, Suíça, Estados Unidos...Fui contratado depois pelo Instituto Superior Técnico (IST), onde trabalhei durante 19 anos, e depois concorri à FCUP e tive a felicidade de ganhar. Achei que seria uma excelente oportunidade em termos profissionais para fazer coisas diferentes do que fazia no IST. 

Como é o seu dia-a-dia na FCUP?

O meu dia-a-dia na FCUP tem sido muito variado. Pude dar aulas na FLUP, no ICBAS, e encontrei-me com colegas de outras áreas. Gosto de trabalhar com pessoas totalmente diferentes. Há semanas dei uma palestra na Faculdade de Arquitetura. Já tive oportunidade de dar palestras sobre design. Imagine um físico teórico a falar sobre design: o que é o design para um físico teórico? Em comum, é o que todos almejamos: a originalidade. Fui durante seis anos diretor do DFA e o meu quotidiano era totalmente diferente. Nem me sentava aqui no gabinete porque tinha de resolver os problemas do departamento. Sem ser numa altura de pandemia, vinha todos os dias de manhã e só saía ao final do dia. Agora, venho em função das necessidades, por exemplo, de dar aulas em que preciso de um quadro grande para escrever. 

As aulas são para mim uma fonte de prazer e um complemento e é algo que nos obriga a ser muito disciplinados. Nunca perdi uma aula e considero a disciplina muito importante. No intervalo entre as aulas de licenciatura e dos mestrados em Física e Astronomia, eu sei que tenho um par de horas para fazer investigação. É uma relação muito dinâmica. 

Tenho algumas linhas de investigação que nos últimos anos me têm entretido, por exemplo, teorias alternativas da evolução, problemas específicos da teoria da relatividade de Einstein, que não é uma teoria final. Como podemos estender a teoria de Einstein para podermos perceber mais coisas? A teoria de Einstein precisa que o seu conteúdo seja dominado por entidades que nós desconhecemos como matéria escura e energia escura. Estou também a estudar como a matéria escura pode ser obtida de forma natural com dois novos ingredientes. Também estou interessado em problemas de Física do espaço, na área da oceanografia, deteção remota, propriedades gerais (cor, acidez e outros parâmetros da saúde dos oceanos). Estamos a contribuir, ainda que de forma mínima, porque somos teóricos, para a construção de um pequeno satélite, que é o MIT Aerius. O meu grupo de investigação agora é muito pequeno. Tenho um investigador a colaborar comigo e tenho estado a orientar dois estudantes de mestrado, um de Física Teórica e outro de Astrofísica. Estou interessado também na Física Quântica e mais recentemente nas alterações climáticas e na criação de estratégias de mitigação. O que é que um físico teórico tem a dizer sobre isso? Praticamente nada, mas um físico teórico tem disciplina de raciocínio que é frequentemente muito útil quando trabalha com pessoas das Ciências Sociais. Também escrevo artigos de divulgação para jornais para sensibilizar as pessoas e os decisores políticos. 

 

Quais são os maiores desafios no seu trabalho?

Podia citar objetivos da Física Teórica, mas ficava já contente de dar um contributo para a mitigação das alterações climáticas. É um problema tão premente, importante e necessário, que tudo o que fazemos são vírgulas, mas não quer dizer que seja inútil. Por mais humilde e modesta que seja a nossa contribuição, ela é sempre importante. Espero até ao último dia não me coibir de ter novas ideias. 

 

De que mais gosta na nossa faculdade? 

Da diversidade. Gosto de estar ligado organicamente a vários departamentos, que são diferentes. Mesmo o meu departamento tem Física e Astronomia e isso não reflete a riqueza do departamento em que temos uma área fortíssima de Física Experimental. Fico fascinado com o trabalho dos meus colegas. Para muitos, estar ligado organicamente é um problema. Para mim é mais uma mais-valia. Os departamentos têm lógicas e há imensas hipóteses de colaboração. 

 

O que o inspira no seu dia-a-dia?

A originalidade. O que me inspira é fazer coisas novas, como escrever um novo livro. Ser original na investigação. Confesso que não sou um professor muito inovador, mas acho que para ser original é preciso aprender coisas fundamentais, e “marrar”, e aí ainda sou muito antiquado. Aprender Física é degrau por degrau. 

 

Uma mensagem para a comunidade FCUP: 

Continuemos a trabalhar em prol da faculdade, da universidade e do país. Sejamos ambiciosos e rigorosos e críticos e, para sermos críticos, temos acima de tudo de ser críticos de nós próprios. 

 










Renata Silva. SICC. 23-06-2021

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