Resumo (PT):
A presente dissertação foi desenvolvida a partir de uma extensa pesquisa sobre os modos de
habitar coletivos e alternativos aos seus contemporâneos. Em uma primeira parte, o trabalho
traça uma linha evolutiva criando relações e interligações desde os socialistas utópicos do
início do século XIX às primeiras comunidades cohousing fundadas na segunda metade do
século XX. A exemplo disso, podem ser citados: New Lanark, Phalanstère, Familistère, Edifícios com cozinha central, Narkomfin, Cidades-Jardim, Hufeisensiedlung, Kibbutz, Muro
de Berlim, Oscar-Niemeyer-Haus, Unité D’Habitation, Conservatização da sociedade do
pós-guerra, Suburbanização, Hippies, Manifestações de 68, Freetown Christiania, Ocupações ilegais em Zurique, Saettedammen, Skraplanet, Stacken, Autonomes Jugendzentrum,
Karthago, Dreieck, Kalkbreite, Zollhaus, e finalmente a cidade do Porto.
No percurso escolhido, os temas e edifícios acima relacionados elucidaram a linha evolutiva do pensamento e dos aspectos sociais de cada uma dessas iniciativas e experimentos,
destacando a resposta arquitetônica à demanda social pela vida e convívio em comunidade.
A habitação colaborativa é uma entre as inúmeras linhas e ramificações do modo de pensar
coletivo, a qual proporciona um convívio comunitário com base no compartilhamento de
espaços sociais, de bens, e a cooperação mútua entre as pessoas que escolhem esse modo de
habitar como uma alternativa para viver.
No fim, é proposto um ensaio projetual com o objetivo de responder arquitetonicamente a
uma hipotética ocupação de uma casa burguesa portuense, da segunda metade do século
XIX, por uma comunidade de habitação colaborativa.
Abstract (EN):
The dissertation was developed from an extensive research on collective and alternative ways
of living to its contemporaries. In a first part, the work traces an evolutionary line creating
relationships and interconnections from the utopian socialists of the early 19th century to
the first cohousing communities founded in the second half of the 20th century. As an example, they can be cited: New Lanark, Phalanstère, Familistère, Central kitchen buildings,
Narkomfin, Garden-Cities, Hufeisensiedlung, Kibbutz, Berlin Wall, Oscar-Niemeyer-Haus,
Unité D’Habitation, Conservatization of the post-war society, Suburbanization, Hippies,
Demonstrations of 68, Freetown Christiania, Illegal squatings in Zurich, Saettedammen,
Skraplanet, Stacken, Autonomes Jugendzentrum, Karthago, Dreieck, Kalkbreite, Zollhaus,
and finally the city of Porto.
In the chosen route, the themes and buildings listed above elucidated the evolutionary line
of thought and social aspects of each of these initiatives and experiments, highlighting the
architectural response to the social demand for community life and coexistence.
Collaborative housing is one among the many lines and ramifications of the collective way
of thinking, which provides community living based on the sharing of social spaces, goods,
and mutual cooperation among people who choose this way of living as an alternative.
In the end, a project-oriented essay is proposed with the objective of architecturally responding to a hypothetical occupation of a Oporto’s bourgeois house, from the second half
of the 19th century, by a collaborative housing community.
Idioma:
Português