Resumo (PT):
A humidade ascensional manifesta-se em paredes de construções antigas quando estas estão em contacto com água ou com solo húmido, pelo facto dos materiais constituintes apresentarem elevada capilaridade e de não existir um corte hídrico eficaz. Este fenómeno pode estar associado a águas freáticas e/ou superficiais.
A ascensão capilar progride até que se verifique o equilíbrio entre a evaporação e a capilaridade. Sempre que se reduzem as condições de evaporação com a colocação de um material impermeável, como por exemplo azulejos, a altura da ascensão capilar aumenta até se atingir um novo equilíbrio a uma cota mais elevada.
A altura de progressão da humidade ascensional depende das condições climáticas das ambiências (temperatura e humidade relativa), da insolação, da espessura da parede, da porosidade dos materiais e da presença de sais.
A secagem dos materisis está dependente da concentração de vapor de água na ambiência (Ca') e da concentração de água na superfície dos materiais (Cs'). Nas construções históricas não há grande variação entre a temperatura do ar interior e a temperatura da superfície interior das paredes, pelo que, quando a humidade relativa é elevada, a diferença Cs'-Ca' tende para zero, tal como o fluxo de secagem. Na prática, as humidades ascensionais atingem a cota mais elevada no Inverno, quando a humidade relativa do ar é maior.
Por sua vez, a insolação provoca a elevação da temperatura da face exterior da parede, o que, por termomigração, conduz a humidade para o interior, condicionando o comportamento de fachadas com diferentes orientações.
Abstract (EN):
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
Notes:
Julho/Agosto/Setembro
No. of pages:
5