Resumo (PT):
O Teatro de S. João, no Porto, obra do arquitecto José Marques da Silva inaugurada em 1920, retomou e evocou, sob a capa de uma nova forma e de uma nova decoração, múltiplos aspectos do anterior Teatro de S. João, construído no Séc. XVIII pelo italiano Vicenzo Mazzoneschi e consumido por um incêndio em 1908.
Se integrada no gosto da tradição barroca, ainda dominante em finais do séc. XVIII, a presença da estípite é absolutamente expectável e natural, o que significa a sua presença e com que sentido foi utilizada por Marques da Silva, num edifício de marcada influência francesa, nas formas e decorações, na natureza e na estratégia compositiva, na evidente tradição da École des Beaux-Arts, onde aquele se formou e onde forjou o seu gosto? Porquê a estípite realizada por um arquitecto que foi responsável pela introdução de novos programas, de novos materiais e de uma abordagem prática e resolutamente moderna na arquitectura portuguesa e portuense de princípios do séc. XX? Que recado, que memória, que evocação nos traz a estranheza desta estípite?
Language:
Portuguese
Type (Professor's evaluation):
Scientific
Notes:
O livro é bilingue (Português e Inglês), com tradução de Anthony Kinnon. O Design foi do Studio Andrew Howard