Antigos estudantes da FAUP vencem 15.ª edição do Prémio Fernando Távora
O anúncio dos vencedores decorreu a 7 de Outubro, Dia Mundial da Arquitectura 2019.
Os arquitectos Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva, antigos estudantes da FAUP, são os vencedores da 15.ª edição do Prémio Fernando Távora, com a proposta 'As Fronteiras do México'.
© DRSegundo os autores, a proposta vencedora "explora o impacto da arquitetura e do urbanismo na intermediação dos problemas afectos às demarcações territoriais, às migrações, e à dimensão transfronteiriça do bem-estar dos povos".
O itinerário da viagem organiza-se ao longo da fronteira do norte do México com os Estados Unidos da América, e das fronteiras do sul do México com a Guatemala e com o Belize.
Partindo da diversidade das situações de fronteira do México, os arquitectos Margarida Quintã e Luís Ribeiro da Silva propõem "estudar a diversidade dos sistemas de relações de interdependência que cada situação de fronteira articula". O objectivo é que "através do reconhecimento da unicidade e da complexidade formulada por cada uma destas situações, esta proposta de trabalho procura, em última instância, pensar sobre a eficácia da construção de barreiras físicas no contexto da resolução de algumas das mais urgentes questões humanitárias e ambientais contemporâneas".
Margarida Quintã (1981) é uma arquitecta do Porto. Formou-se na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (2007). É actualmente doutoranda na EPF Lausanne e no Instituto Superior Técnico, onde desenvolve investigação sobre a problemática do comportamento climático das construções no contexto do continente africano. Trabalha desde 2015 no estúdio Ursa em parceria com Luís Ribeiro da Silva.
Luís Ribeiro da Silva (1982) é um arquitecto do Porto. Formou-se na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde lhe foi atribuído o prémio para o melhor aluno do curso de Arquitectura (2007). Obteve o grau de Mestre na
Graduate School of Architecture, Planning and Preservation da Universidade de Columbia em Nova Iorque (2010), e doutorou-se no
Institute for the History and Theory of Architecture (gta) do ETH em Zurique (2018). Fundou em 2011 o estúdio Ursa onde trabalha em parceria com Margarida Quintã.
Em edições anteriores, venceram o Prémio, entre outros, os antigos estudantes da FAUP
Maria Moita,
Sidh Mendiratta,
Paulo Moreira,
André Tavares e
Isa Clara Neves, e as investigadoras do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da FAUP (
CEAU-FAUP),
Susana Ventura e
Maria Neto. Em 2018, o prémio foi
atribuído pela primeira vez a uma proposta em coautoria, da autoria de um coletivo de arquitetos composto por
Filipa de Castro Guerreiro e
Carla Garrido de Oliveira, ambas professoras e investigadoras da FAUP e do CEAU-FAUP, e por
Pedro Bragança, também investigador do CEAU-FAUP.
O Prémio Fernando Távora foi criado em 2005 pela Secção Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos em homenagem ao arquitecto Fernando Távora (1923-2005), em memória da sua figura, que influenciou gerações sucessivas de arquitectos, pela sua actividade enquanto arquitecto e pedagogo. Trata-se de uma bolsa de viagem no valor de seis mil euros, destinada a todos os arquitectos inscritos na OA, e distingue a melhor proposta de viagem de investigação, a seleccionar por um júri nomeado todos os anos para o efeito.
Mais informações em
www.oasrn.org.