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A tese de Mestrado em Engenharia Biomédica da Licenciada em Farmácia, Teresa Almeida, permitiu demonstrar as potencialidades duma nova forma de tratamento de tumores, por termoterapaia altamente focalizada.
O material usado, um cimento que pode ser implantado no organismo, com propriedades magnéticas, foi desenvolvido pelo Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), no âmbito de um projecto da responsabilidade de José Cavalheiro. Obteve-se um cimento, que uma vez injectados no tumor, solidifica no seu interior. Posteriormente devido a problemas associados à reacção de presa deste material quando usado em doses elevadas no ratinho, foi feita a modificação do cimento de base, passando a ser usado um cimento silico-cálcico com elevado teor de óxidos de ferro, que agora deverá ser utilizado.
Usando um campo magnético de alta frequência, é possível aquecer com grande precisão os tecidos tumorais contendo o cimento, e só estes, destruindo a rede capilar especial que alimenta o tumor.
A destruição desta rede capilar, menos elástica que os vasos normais, resulta duma alteração dum factor de coagulação e do efeito térmico, provocando a falência do tecido tumoral por falta de oxigénio, acidificação e falta de nutrientes. Foi verificado, que o novo material, agora em estudo, é bem aceite pelo organismo, o que possibilita a repetição do tratamento, que contudo foi conseguido apenas com três sessões de aquecimento do tumor a 45º C, durante 30 minutos. O processo, usando como modelo um melanoma implantado na região dorsal do ratinho, é controlado por termografia( equipamento cedido pelo INEGI).
O processo permitiu diminuir a velocidade de crescimento dos tumores implantados em ratinhos, verificando-se em alguns casos uma drástica diminuição do tamanho do tumor (com desaparecimento aparente, embora tenham sido detectadas células cancerígenas residuais).Verificou-se também que dentro da bobine de alta frequência em que eram colocados os animais havia variações muito  |
Summary
A tese de Mestrado em Engenharia Biomédica da Licenciada em Farmácia, Teresa Almeida, permitiu demonstrar as potencialidades duma nova forma de tratamento de tumores, por termoterapaia altamente focalizada.
O material usado, um cimento que pode ser implantado no organismo, com propriedades magnéticas, foi desenvolvido pelo Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), no âmbito de um projecto da responsabilidade de José Cavalheiro. Obteve-se um cimento, que uma vez injectados no tumor, solidifica no seu interior. Posteriormente devido a problemas associados à reacção de presa deste material quando usado em doses elevadas no ratinho, foi feita a modificação do cimento de base, passando a ser usado um cimento silico-cálcico com elevado teor de óxidos de ferro, que agora deverá ser utilizado.
Usando um campo magnético de alta frequência, é possível aquecer com grande precisão os tecidos tumorais contendo o cimento, e só estes, destruindo a rede capilar especial que alimenta o tumor.
A destruição desta rede capilar, menos elástica que os vasos normais, resulta duma alteração dum factor de coagulação e do efeito térmico, provocando a falência do tecido tumoral por falta de oxigénio, acidificação e falta de nutrientes. Foi verificado, que o novo material, agora em estudo, é bem aceite pelo organismo, o que possibilita a repetição do tratamento, que contudo foi conseguido apenas com três sessões de aquecimento do tumor a 45º C, durante 30 minutos. O processo, usando como modelo um melanoma implantado na região dorsal do ratinho, é controlado por termografia( equipamento cedido pelo INEGI).
O processo permitiu diminuir a velocidade de crescimento dos tumores implantados em ratinhos, verificando-se em alguns casos uma drástica diminuição do tamanho do tumor (com desaparecimento aparente, embora tenham sido detectadas células cancerígenas residuais).Verificou-se também que dentro da bobine de alta frequência em que eram colocados os animais havia variações muito grandes da intensidade de campo, o que originava temperaturas de aquecimento variáveis para as mesmas potencias do gerador aperiódico usado para a criação do campo de alta frequência.
Este problema impede a realização de tratamento simultâneo de mais do que um animal em condiçõe reprodutíveis, o que torna a experimentação bastante pesada devido à necessidade de tratar em várias sessões um número elevado de animais para obter resultados estatisticamente significativos.
Pretende-se agora construir aplicadores que possibilitem tratamentos de forma reprodutível, procurando-se obter zonas de trabalho de maior dimensão, com campos uniformes tendo em vista futuras aplicações clínicas.
Será assim necessário construir novas bobines refrigeradas, efectuar um mapa da distribuição de campo para as várias configurações, determinar a potencia de aquecimento dissipada pelo material e verificar possíveis melhoramentos do mesmo recorrendo à sua caracterização por Rx e microscopia electrónica de varrimento com microanálise. Para o efeito será necessário realizar montagens que possibilitem o posicionamento preciso duma sonda de Hall. Os resultados irão sendo aproveitados para a continuação da vertente biológica do projecto INEB, em que serão avaliados por processos histológicos a destruição das células cancerígenas e processos de apoptose induzida pelo choque térmico (IPATIMUP- Prof ªFátima Gartner) no âmbito da extensão do projecto Aplicação de CerâmicosFerrimagnéticos na destruição de tecidos tumorais e estudo de mecanismos de apoptose e resposta imunológica.
Serão feitas determinações calorimétricas para avaliação da potência de aquecimento dissipada pelo cimento, bem como da influencia da solução em que o mesmo esteja imerso. |